domingo, 14 de fevereiro de 2010

O preto é o novo vermelho

O dia dos namorados, o dia dos namorados... coitaditos! em 365 dias só têm um dia para eles?!?! Têm que fazer qualquer coisa ou esses ralcionamentos dão para o torto... Ou só sou eu a armar-me em parva! :P
Toda gente cede ao dia de São Valentim e eu até acho bem. Pode ser que o comércio se anime um pouco e a crise não afunde tanto. Isto sou eu a ser parva outra vez! :D
Bem, o que eu quero mesmo é mostrar a minha bola nova.
Fui tomar café e passei em frente a uma montra com coisas alusivas ao dia dos namorados. Observei com muita atenção, porque achei interessante haver tantos objectos para oferecer e ser tudo muito preto. Peluches pretos, caixas pretas, molduras pretas, só com pequenos toques de vermelho e branco com as mensagens do costume. Ao ver isso encontrei três bolas com neve (eu já tinha dito que aqui tudo serve para fazer destas bolas). Uma era com uns bonecos, outra tinha bonecos e a possibilidade de se pôr uma foto dos "pombinhos" lá dentro. E a terceira, a que eu comprei, acaba por ser um pouco universal. É uma palavra que se pode aplicar a quase todas as situações e lembra uma exposição itinerante do senhor Robert Indiana, que até já passou por Lisboa.

A minha mãe foi para Portugal e levou a máquina digital (que por acaso até é dela). Assim, tirei com o telemóvel e ficou um bocado "ranhosa". Mas aqui fica...














Dedico-a a todos os que, como eu, encalhados e todas encalhadas por vontade própria (acho que assim deixam de ser encalhados, não?).
E desejo que os que estão à procura de um amor percebam que mais importante do que sermos amados por alguém é ter amor-próprio e que por mais importante que possa ser a partilha da vida com o outro, o namoro (ou casamento) não é uma profissão.

Agora vou-me embora que o meu namorado espera-me para oito horas de amor intenso, isto é: trabalho no pior sítio do aeroporto num dia em que toda a gente chega para fazer férias a esquiar...

2 comentários:

teresa disse...

Alusiva ou não ao S. Valentim, a bola é linda!

O termo «encalhado» não faz actualmente sentido, Luísa (penso eu 'de que'), aliás, para mim nunca o fez. Quando na adolescência, as colegas de turma tinham 'metas' para a idade de casar, etc., eu dava sempre comigo a pensar que só teria 'a minha própria família' se houvesse o tal 'clic' (que houve, mas podia não ter sucedido), a meta que defini na altura era a de ter a minha autonomia, uma profissão que me desse prazer, a minha casa. Os tais planos de metas para namorar/casar/etc. fazem lembrar aquelas séries americanas de 'barbies'.

Tudo de bom:)

(as datas 'para namorar', para se ser considerada 'igual em oportunidades profissionais/sociais', etc., provocam alergia, parece que nos outros dias não se namora ou não se é considerado profissionalmente...)

Luísa disse...

Até é contraditório... nunca vi nenhum comandante de um navio encalhar um barco só "porque sim". Isso aplica-se neste contexto.

Quanto a objectivos de vida e "clics". Não sei a idade da Teresa, nem interessa, mas não somos da mesma geração e apesar dessa diferença de idades entre nós, não há assim muitas diferenças de mentalidade das pessoas dos meus 27 anos e as dos 27 da Teresa. Tanto as mulheres portuguesas aqui, como muitas a residir em Portugal, pensam em juntar os trapos, mesmo quando vêm com o discurso de mulheres independentes. Constroem uma bela fachada, mas se lhe tocamos no ponto certo... perecebe-se que se fosse por elas casavam-se logo no dia a seguir à conclusão da licenciatura.

É que eu cá também sou adepta dos "clics" e da independência das pessoas.