terça-feira, 25 de novembro de 2008

Neva

Esta imagem não é minha, mas não resisti a tirá-la daqui por ter sido tirada em Zurique e ser tão engraçada.











Foto: Christian Hartmann/Reuters

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Tabuletas

Desde há anos que eu acho muito bonita a forma como se apresentam as lojas na Suíça. Aqui não é muito comum vermos neons, luzinhas a piscar, letreiros a mudar de cor... O que se vê sobre as portas dos estabelecimentos são placas em metal e/ou madeira pintadas, recortadas, marteladas, enfim, trabalhadas de forma original.
Sei que existem, noutros países da Europa, coisas semelhantes, mas eu mostro algumas (poucas) das que tenho visto por terras de Guilherme Tell...


E assim se apresenta:
a padaria e pastelaria de um bairro qualquer...
...o oculista...
...uma ourivesaria na "Baixa" da cidade...
... a loja de brinquedos...
...ou um pequeno restaurante com esplanada.

domingo, 23 de novembro de 2008

(Quase) Todos os nomes...

Uma coisa engraçada que por aqui existe é o facto de ninguém se entender com os nomes dos estrangeiros, principalmente com os dos portugueses e dos brasileiros...

O que conta é o Familie Name, não interessa se temos um ou dois ou três nomes próprios. Podemos assinar com qualquer um deles desde que tenha o bendito do nome de família. Só que para eles o nome de família vem numa posição diferente do nosso.

Se uma pessoa tem, por exemplo, como nome próprio "Manuel", nome da mãe "Rodrigues" e nome do pai "Fonseca" vai chamar-se Manuel Rodrigues Fonseca. Certo? Cá não... Seria só Manuel Fonseca ou então: Manuel Fonseca-Rodrigues (sim, com o hífen).
Pois isto é sempre uma confusão. Às vezes, pensam que eu não sou filha do meu pai porque não tenho o último nome dele, outras vezes, colocam-lhe um sobrenome da minha mãe, porque pensam ser o esse o nome de família e que os documentos do meu pai é que estão errados... Sempre que eu assino qualquer coisa, tenho que ver como é que eles escreveram o meu nome para saber como o escrever. Sim, aqui precisa-se dos outros para se escrever o próprio nome...
E se tentamos explicar... não entendem!!! Acham estranho termos os nomes da mãe e do pai... até parece que eles só são filhos de pai...

Outra coisa engraçada, é a pronúncia dos nomes. O meu nome, o meu lindo nome, já foi pronunciado (e até escrito) de tantas formas que às vezes duvido como se pronuncia realmente.

De Luísa eu já passei para: Luise, Louise, Louisa, Luisá, Luitza, Lisa, Lisá, Lis, Louis, Luis (mas com o s tão sumido que quase não se sente).
Na escrita há menos variantes, mas ainda as há: Luisa, Luise e Louisa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Queima das fitas ou Frackwoche

Pois é... neste país frio, coberto de neve, também há folia no mundo universitário. Foi na última semana de Outubro que se desenrolou a semana académica. Não foi a recepção ao caloiro, foi mesmo a semana da queima do Technikum (sim, igual ao Técnico de Lisboa).

Em Portugal existe o traje, que a grande maioria do pessoal compra e vai usando ao longo do curso. Cá não existe nenhum traje que se use ao longo do curso, mas aluga-se um para toda a semana "académica". Aluga-se um fraque, no caso deles, e um vestido de "dama antiga", no caso delas.

Em Coimbra, e outras cidades, existe o cortejo, aqui também, mas é ao Sábado... tem uns carros engraçados, conforme sai da cabeça dos engenheiros recém formados.

No fecho do cortejo, lá aparecem uns jovens formados com o livro de curso na mão para vender por 5 francos (cerca de 3 euros).

O que eu acho ainda mais caricato do que o fraque é que todos os moços andam de charuto na mão e quase todos deixam crescer a barba para esta semana. Devem pensar que ficam com um ar de mais velhos... em oposição aos caloiros que têm que fazer a barba numa fonte da cidade (as raparigas têm que fazer a depilação das pernas).

Aqui ficam umas fotos tiradas de um local seguro, onde não me sujeitei a um banho de confetis...



Suíço que se prese tem um copo de cerveja na mão e uma salsicha na outra...

(também se lembraram das crianças e davam rebuçados aos que apareciam...)




















O engenheiro mais engraçado do cortejo. E não é que aquela motita andava mesmo?!?!?






Eu cá acho que esta ponte está mais segura que algumas em Portugal...














O carro mais estranho da festa...














(segunda parte do carro)

Reparem no moço que está em cima do hidráulico... estava divertidíssimo a mandar confetis para todos os lados...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Negligência "paciental"

Pois é, aqui é tudo tão especial que não podemos acusar o médico de ser negligente. Os pacientes é que podem cometer um erro de diagnóstico e/ou prescrição do medicamento!! Passo a explicar...

Na semana passada fui ao médico "queixar-me" de uma coisa e ele perguntou-me o que costumava tomar para esses sintomas (Quê???). Eu lá respondi o que tomava. Ele responde muito calmamente: "Então está bem. Eu receito-lhe a mesma coisa. Quantas caixas quer?" (Quê???) Depois acrascentou: "Quantos comprimidos tomava? Quando? Se calhar pode fazer a mesma terapêutica, mas se quiser também pode tomar 3 ou 4 ou quantos quiser." (O QUÊ????????)

Esta semana voltei lá para pedir uma receita para o meu pai. Ele tinha ido para o hospital e lá deram-lhe os medicamentos para uma semana e disseram-lhe para pedir ao médico de família uma receita. cheguei e disse que no hospital lhe deram 150mg do medicamento A e 50mg do medicamento B. Ele diz para eu aguardar, que volta num instante. Quando volta, traz a receita e o prontuário terapêutico na mão. Diz que temos um problema, porque o medicamento A vem só em doses de 50mg e 100mg e o medicamento B só tem doses de 100mg. Eu não via problema. O médico pergunta-me: " Ele toma metade do comprimido?" (Quê? É para os apanhados? Se só existem essas dosagens, claro que se dividem comprimidos. Qual é o problema?...)

Pelo que tenho visto, aqui é fácil ser dependente de drogas legais (sem ser tabaco e álcool) e fazer coisas ilegais de forma legal. Se os médicos só nos perguntam o que nós queremos para os sintomas em vez de fazer uma análise como deve ser... Basta saber que nome tem o medicamento para problemas de estômago, chegar lá, queixarmo-nos com dores e dizer que aquele medicamento é bom... e já se tem um produto abortivo. Basta saber misturar os medicamentos para a tosse com mais não sei o quê e aí se tem uma bela dose de alucinantes... se correr mal... azar o nosso...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tudo branco...

No dia 29, eu disse que começou a nevar... a foto mostra como ficou a vista da minha janela no dia 30... até me arrepiei quando vi!!

















A sorte é que as casas e os autocarros são muito quentinhos...