terça-feira, 23 de junho de 2015

me no like!

Agora a moda é usar psicologia invertida.
É a imagem de um menino a rezar em frente ao seu prato de comida com a legenda "se fosse futebol ou putaria todo mundo fazia like". Ou um bebé fofo, mulato, com uns olhos brilhantes e um sorriso de encher o coração "no me van hacer like por ser negrito".
What the f***?!?  Agora temos que fazer like em todos os posts existentes no livro das caras?!? É isso ou vamos passar por insensíveis, racistas, xenófobos, discriminadores, ateus?!? É essa a ideia?
Se eu não fizer like numa imagem, que até me parece manipulada, de uma bebé a rir-se a apesar de não ter extremidades (pés e mãos) que parecem ter sido amputadas por causa de queimaduras graves que ainda se vêem no corpo despido dela, eu sou uma insensível é isso?!?!
Se a imagem for manipulada, por que raio tenho que fazer like?!? Para louvar os efeitos especiais?!?
Se a imagem for real, faço like perante o sofrimento de uma criança pequena?!?
Se houvesse botão dislike, havia lógica, agora.... assim, não, por favor! Não me convencem a partilhar ou a gostar de coisas trágicas dizendo que sou fria se não gostar disso....

quinta-feira, 18 de junho de 2015

BB is watching you, and you like it!!!!

Quem  tiver um pouco de paciência consegue em coisa de 15 minutos descobrir exactamente onde moro. Em menos de um diário da Casa dos Segredos consegue saber em que campainha tocar. E eu tenho consciência disso!!!

Como tenho consciência disso também tenho consciência que o meu instagram (estou a aorender a usar) me denuncia a localização, como tenho consciência e não faço fotos comprometedoras, não uso caras de amigos em situações comprometedoras, não faço declarações que me tramem a vida. No meu livro das caras, uma vez disseram-me que eu poderia ter problemas no trabalho por dizer que tenho esclerose múltipla.
Para começar aqui é proibido despedir alguém que esteja de baixa, muito pior seria arranjarem-me problemas se eu estou completamente funcional. Depois... acham que sou otária e misturo email de trabalho com email de parvoíce?!? As pessoas acham mesmo que eu me apresento no trabalho com o mesmo nome que me apresento na internet? As pessoas acham mesmo que eu já não testei o meu nome no google e afins e que... vem lá no fim da lista, sem elementos que me constranjam?!?!
Eu não entendo muita gente... percebem mais de tecnologia que eu (maior naba do que eu... acho que só a minha mãe! Eu faço perguntas do tempo do MSDos!!!), mas depois não são capazes de controlar quem vê a página do FB?!?
Pior!!!! Reclamam das cameras de vigilância dos serviços públicos, mas depois instalam aplicativos que permitem controlar cada movimento dos diferentes elementos da família, mesmo sendo eles adultos?!?

Então em que ficamos?!?! Somos contra a vigilância do Big Brother ou somos nós os primeiros a dar-lhe a informação que precisa para nos controlar?!?!

Lembrei-me disto porque eu acho que a minha mãe teve uma conversa telefónica gravada ontem. A sério que acredito mesmo na coisa. Mesmo numa dessas de Snowden e afins. Mas... como cá em casa moram duas malucas, mas duas malucas saudáveis que pagam os impostos, não deitam lixo no chão e muito menos querem conspirar contra qualquer que seja a forma de poder no mundo... nós queremos lá saber se a conversa foi gravada ou não!!! Era uma coisa tão simples como telefonar ao agente de seguros para confirmar o valor do seguro da casa... uuuuuuuh!!! Eu dei informação da minha vida... tendo em conta que me podem vir pedir café... não me parece problemático que saibam que tenho um seguro para uma casa... que por acaso não é esta onde podem vir pedir bolachas...

Eu sei que o BB está a ver. Mas, para quem acredita, o JC (Jesus Cristo) também... e as pessoas continuam a fazer merda (olha o louco que matou aquela gente na igreja jos EUA!!!), acham mesmo que é com o Big Brother que se devem preocupar?!? Ou consigo mesmos?!?

O dono da verdade... cof... cof

Ontem, um cliente chanfrado esqueceu-se de um tazer na loja. (Sim, arma de defesa que dá choques. Sim, parece que é legal por estas bandas).
Graças a isso já se fizeram meia dúzia de piadas. Mas hoje... a minha vontade era ter usado o aparelho pelo menos duas vezes...

Um dos momentos foi pouco antes do fecho. Dois fedelhos, que deviam estar na cama àquela hora, resolveram roubar duas recargas de isqueiros. O meu chefe apercebeu-se, confirmou no vídeo, foi à procura da canalha. Isso fez com que se perdesse tempo e lá andámos nós a correr para fazer tudo a tempo de apanhar o comboio para casa.

Mas o momento em que eu teria tido um enooorme prazer em fazer uma boa descarga foi um bocado antes. Chega-me lá um senhor com aspecto limpo que fez um reparo ao preço da revista (com razão). Mas depois acrescenta: é tudo mentira o que aqui está. E eu disse-lhe logo não me diga isso porque eu estava a pensar comprar a revista. 

A Geo é uma revista alemã com publicações mensais, mas que depois tem edições especiais em diversas áreas. A minha área preferida é a que se dedica a países e cidades. No entanto, de vez em quando compro as que se dedicam à história e à Humanidade em geral. A edição em questão aborda o Islão e eu estou a pensar comprá-la para ver se aprendo mais. Não, não me vou converter, mas o saber não ocupa lugar...
Então, voltando ao gajo, depois de ouvir que era tudo mentira fiquei desiludida. Como é que era possível fazerem uma revista, que custa uma fortuna, cheia de mentiras ?!?!

Resulta que o cromo não se referia à revista, mas sim ao Islão. Segundo ele, é tudo mentira, tudo roubado do Judaísmo e só Jesus é que conta. Para se ver Jesus é preciso sofrer, porque amar é sofrer, porque os gregos têm cinco palavras para dizer amor, porque a Bíblia é que está certa, porque eu (eu, Luísa) ainda não sofri, porque ele é um perito, porque ele vê uma pessoa e consegue logo "lê-la"... e porque... eu, Luísa, sou uma grande otária e tenho a mania de dar trela aos clientes...

Só sei que cheguei ao ponto em que disse que não acreditava em nenhum deus, mas que, acreditando no que aprendi, Jesus é amor e que o homem, que se acha especialista, é simplesmente um extremista...

Bolas!!!! Mil vezes falar com o "filósofo mal-cheiroso" (gosto mesmo dele, um dia falo dele) que é um homem tolerante e muito menos delirante do que o arranjadinho e nunca de provocou o desejo profundo do uso da violência!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

mete-te na tua vida!!!

O meu contrato é cerca de 60% com ordenado à hora. Dê o mundo as voltas que der, para mim é a melhor forma de pagamento que existe. Todas as horas a mais desses 60% são pagas e não se precisa compensar horas extra ficando em casa. Isso dá também flexibilidade à minha chefe. Como as outras têm contrato com ordenado mensal, sempre que elas têm horas a mais, a velhota desespera-se a fazer horários porque tem que cortar e não sabe onde. Isso faz com que me vá buscar como recurso e por causa de férias, horas a mais das outras e doença, tenho trabalhado a 100 ou 120%  (literalmente).
A mim... não me chateia nada. Todas as horas que trabalho a mais... ficam para mim. :) Isso, como é óbvio, reflecte-se no meu ordenado no fim do mês (quando vi a minha folha de pagamento depois das férias... fiquei muuuuuuito feliz, uma massagem semi-ilusória ao ego!!! [Ganhei bem porque trabalhei bem, por isso semi-ilusória]).
Mas como a saga do problema de horas continua, eu estou encaixotada para trabalhar 6 dias esta semana e 5 na próxima. No plano também estão o número de horas, mas na realidade, nunca olho para isso. Interessa-me saber os dias e a que horas começo, o resto... é igual! Mas para as minhas colegas não é... ou isso, ou uma paranóia de controlo qualquer...
Pois não é que uma colega me veio com um baita drama porque esta semana eu vou trabalhar imensas horas?!?! Ah porque não é legal, ah porque é demasiado... primeiro, é legal!!!! Segundo... o corpo é meu, a vida é minha. Se eu acho que estou bem... por que raio me chateiam?!?! Se não tivesse tido férias... aí era eu a primeira a dizer que não queria, é que convenhamos... eu estava a meio passo da exaustão completa. Agora?!? Depois de férias... please se não aguento... estou tramada até ao fim de Agosto que é quando tenho mais uma semana...
Fónix... esta gente precisa mesmo de meias para cozer (sim, é um /z/!!!!).

terça-feira, 16 de junho de 2015

Saber ler dava um jeitinho...

Depois de duas semanas de férias em modo como rebentar com a suspensão do seu carro em menos de 15 dias, cá estou eu de volta à terra das vacas, mas com algum katerial de escrita interessante que veio no porão do avião...

Hoje falo de livros, porque fica em contexto (estou no comboio a caminho do trabalho).
Na semana passada tive que passar no supermercado e, como tinha algum tempo, dei uma espreitadela na papelaria/livraria que estava ao lado. Andava só a olhar, mas depois lembrei-me de procurar José Rodrigues Miguéis (eu sonho com o dia em que vou encontrar uma prateleira cheia só com livros dele). Só que... deu-me vontade de tirar os livros todos das prateleira e começar a arrumar. Na literatura estrangeira havia alguma ordem agora na portuguesa... só faltava ter livros de pernas para o ar. Mesmo assim acabei a comprar dois livros. Quando me cheguei à caixa disse à senhora que era inadmissível os livros estarem daquela forma. Ah é impossível arrumá-los todos bem. 
Pronto... saltou-me a tampa!!! Saquei dos galões e disse que trabalhava num sítio bem maior e bem mais movimentado (aquela loja deve ter numa semana o mesmo número de clientes que a minha loja tem à Segunda de manhã, o dia mais calmo) e nós conseguíamos ter alguma ordem. Já não digo que sejam perfeccionistas. Mas coloquem /p/ com /p/, /f/ com /f/... já seria uma enorme ajuda!!!

Oh pá!!! Se tivessem clientes que se divertem a trocar os livros nas prateleiras... eu gostaria de saber como seria... se são ignorantes e não são capazes de organizar os livros por ordem alfabética, vão para a escola aprender. Mas nunca me tentei fazer passar por parva, principalmente depois de eu saber verdadeiramente o que custa arrumar toooooodos os dias as prateleiras e as gavetas (estas desorganizadas pela colegas que não sabem distinguir o nome do livro do nome do autor... jurooooo!!!!!)

E deixa-me ir. Ontem arrumei a gaveta e as prateleiras dos crimes, da saúde, do exotérico e do comportamental. Falta-me a história, a biografia, o inglês, as viagens, o francês e a enoooorme selecção de romances (acho que vai sobrar para amanhã!)

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ajudas, ajudas...

Isto de ajudar tem muito que se lhe diga. Ah porque o actor X ou o jogador de futebol Y tem muito dinheiro. Eles é que deviam ajudar. Tem o seu quê de verdade. Mas quantos ajudam sem precisarem de publicidade?!? Quantas vezes se descobre que A ou B ajudaram pessoas que necessitavam porque alguém não conseguiu guardar segredo?!??

Depois é África, Ásia ou América Latina.
Durante anos sonhei ir para África ajudar. Cheguei a estudar algumas organizações, mas depois percebi que afinal não estava talhada para isso. Apesar de não ter sido educada no luxo, não me imagino a viver sem água corrente, sem luz e, pior que tudo, no meio de bicharada. As minhas freiras têm também programas de voluntariado, mas nem pelas minhas pinguinas eu consegui aventurar-me.

No entanto posso dizer que fiquei completamente estupefacta, surpreendida, estarrecida, seja lá que palavra queiram aplicar quando vi algumas notícias sobre o Nepal. Um português que tinha ido para lá como voluntário queria regressar a Portugal e estava aborrecido com a embaixada espanhola porque não o levou no avião. Então... se os espanhóis não sabiam de nada... iam fazer o quê?!?
Mas o que e choca não é isso... no momento em que ouvi a notícia formou-se uma pergunta na minha cabeça: no momento em que mais se precisava de voluntários, o voluntário resolveu fugir?!?!  Ah é bonito para o currículo, mas de facto... a coisa dói.
Podem argumentar que ele era voluntário na área de ensino,  as eu contra-argumento já... em momento de crise qualquer um consegue limpar feridas, acartar água, transportar tijolos. Não é preciso ser especialista para aplicar pensos rápidos ou dar palavras de apoio. Ou é?!?!
E um argumento bem mais forte veio de outra notícia. Dois portugueses que andavam a passear pelos orientes foram apanhados pelo caos. Em vez de seguirem viagem ou voltar para a segurança do lar, ficaram. Os loucos, como uma voluntária carinhosamente lhes chamou, não eram voluntários de nada, mas tornaram-se em duas fortes ajudas com cabeça, braços e dinheiro (palavras de um deles).

É!!! Ajudar, ajudar, mas é só se for fixe. Porque se fizer calos... foge-se. Vale mais não sair do conforto do lar e ajudar de verdade, sem nos tornarmos em ratos no primeiro momento. Recolha de alimentos, juntar tampinhas, fazer donativos, dar roupa aos pobres, levar as compras a vizinha... há tantas formas de ajudar... e se num dia não conseguirmos ajudar também não nos tornamos ridículos como o tal indignado...

(Estou entedeada no autocarro a caminho da santa terrinha... dá para pensar em tudo. :p )

As americanas...

Ontem aparecem-me duas de Chicago na loja... o que é aquilo? São cigarros?  Eram cigarros slim, nada de outro mundo. Ah so sweet! Are they good? Quêêêê?!? Cigarros fofinhos?!?! Sei lá se são bons. We don't have those in America!!! (Não percebi se era a marca ou os slims de modo geral!!) Ai sim?!? E o que é que isso me interessa?!?!

Bolas... um espalhafato por um pacote de cigarros... imagino como se terão comportado a ver as montanhas suíças ou a comer queijo...