terça-feira, 25 de novembro de 2014

Se toda a violência fosse assim...

Para mim, a roupa da Benetton é roupa de betinhos. Não aprecio o perfume e o logotipo também não é dos meus favoritos. Mas no que respeita a publicidade... É das poucas marcas que consegue há anos satisfazer o meu gosto.

Toda a gente se lembra das fotos a preto e branco ainda no outro milénio, os beijos a cores entre o papa e o imã já neste.
O que eu gosto na Benetton é o choque, o impacto nas nossas mentes se olharmos com olhos de ver. Sim, sim, eles criam polémica para ganharem visibilidade... acham mesmo?!?! Eu acabei de dizer que adoro a publicidade deles e não visto nada da marca... assim... para quem aprecia publicidade ou mensagens subliminares, a Benetton é muito mais do que vender roupa...

Há bocadinho, através da página da revista Stern descobri que hoje, é o dia Internacional Contra a Violência. E a Benetton não deixou passar em branco. Eu li o artigo antes de ver o vídeo, por isso sabia como se ia desenrolar. No entanto... arrepiei-me como se nada soubesse.

Goste-se da marca ou não. Goste-se de polémica ou não. Goste-se de publicidade ou não. Este vídeo não deixa ninguém indiferente.
A mim deu-me pele de galinha e trouxe-me as lágrimas aos olhos. Brutal!



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mais uma etapa em que mereço palmas pela paciência!

Pode vir Deus à Terra dizer-me o contrário, mas para mim será sempre assim:
abre-se o pisca com tempo, olha-se a ver se há algo que impeça  manobra e, caso não haja, segue-se em frente.
Um pisca é um aviso para os outros tomarem as devidas precauções. De que adianta olhar, piscar e seguir?!? Na hora em que olho pode não haver ninguém, mas na hora em que viro pode haver. Ou será que estou assim tão errada?!?!?

Eu fui aprovada no exame de condução. Mas... é preciso ter estômago e muito sangue frio para não esmurrar o bigodes que me avaliou! Primeira MERDA que ele faz: não põe o cinto durante o exame. Como é que é?!?!?!? Ele tem algum poder a mais do que eu?!?!

Mandou-me levantar a mudança para terceira quando eu nem a 30km ia (aqui há muitas zonas de 20 e 30km por hora [o que evita que estes animais se matem um pouco menos]).

Mandou-me levantar mudança para quinta quando estava quase a chegar aos 60km. Que mudança usa aquele homem para chegar aos 120km na autoestrada?!?!

No fim do exame disse que eu tive uma parte do percurso em que fui muito lenta. Sabem como é a estrada que liga o Caramulo a Campo de Besteiros? Ou da nascente do Mondego até Seia? Pronto, imaginem mais apertado, com curvas em forma de ferradura bem fechada, mais a pique e sem rail... agora digam-me: 60km por hora para quem passa pela primeira vez por ali é andar devagar!?!?

A sério que eu fui avaliada por um tipo assim?!?!? A sério que ele desatou aos berros comigo no fim do exame?!?!? Eu fiz quase 4000km desde Setembro até ontem (só no Sábado foram à volta de 200), nunca tive problemas com nada nem ninguém e estes cromos querem-me rebentar com o sistema nervoso?!?!?

Eles que têm uma palavra para cada coisa deveriam ter os conceitos de velocidade excessiva e excesso de velocidade e a partir daí eu já começaria a falar a mesma língua que eles. Até lá... vou continuar a conduzir como faço desde Julho de 2004, pois não me tem dado dores de cabeça nenhumas!

Ah! E para quem pensa que isto já acabou... não.... ainda faltam mais umas coisas que eu nem sei muito bem se servem para mais alguma coisa além de me fazerem gastar dinheiro!!

O homem...

e não a cidade!

Hoje o .ch e o .de assinalam o aniversário de Toulouse-Lautrec.
Faz hoje 150 anos que nasceu o litógrafo Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec-Monfa (haja nome de rei!).


domingo, 9 de novembro de 2014

Aniversários

O doodle do .ch é um querido comigo, é a "pensar" em mim. Estes desenhos... acho que ainda não o tinha visto.


Mas o doodle mais marcante é mesmo o do .de (e outros) que assinalam o 25.º aniversário da Queda do Muro de Berlim.



Eu fiquei espantada por haver em tantos sítios do mundo um pedaço desta história, mas ainda por perceber que só em Portugal é que o pedaço está tapado com um vidro...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Voar

Em alemão os verbos podem confundir-se com nomes, com plurais de nomes... Mas como eles, ao contrário dos anormais que resolveram passar os nomes próprios de tanta coisa em Português para nomes comuns, usam maiúscula para todos os substantivos. Aí torna-se um bocadinho mais simples. Mas não completamente, imaginemos que as coisas, por um motivo ou por outro estão escritas em garrafais...

Então, ao procurar a palavra FLIEGEN podemos encontrar vôo, voar, moscas, fugir... uma língua bué da fácil, não?!?!
Pois bem, tirando as moscas, o tema da exposição de abóboras em Seegraben, este ano, era nada mais nada menos do que Fliegen: Voar.


 
A minha mãe que tinha lá ido com uma amiga vinha confundida. Como é que os cogumelos se relacionavam com voar. A inocente!!! Como é que ela não pensou em cogumelos mágicos?!?

 
A águia mão precisa de esclarecimentos, não é mesmo?!?! A abóbora ao lado nem era das maiores tinha só à volta de 300 kg. Comparada com a campeã da Europa (mais de 1000km) é uma anã! 
 
 
Uma outra estátua que nem ela, nem eu, nem quem foi com ela ou comigo entendeu foi a do pianoforte. Eu ainda pensei, numa onda mais lírica, que tivesse a ver com o som do piano que nos faz voar. Nada a ver! Afinal tem mesmo a ver com questões de nomenclatura... Para nós aquilo é um piano de cauda. Para os falantes de alemão é qualquer coisa como "piano de asa"! (Klavier é o nome que eles usam para um piano sem serem específicos, para o de cuada usam simplesmente a palavra Flügel [asa]).
 
 
Do avião gostei de dois pormenores: ser um verdadeiro avião suíço e os aviadores... é o não é um pormenor de se lhe tirar o chapéu?!?! 


E pronto... mais uma daquele cantinho que eu não me farto de visitar...




quinta-feira, 6 de novembro de 2014

E paga-se uma aula para isto...

Quem pensa que me conhece acha que eu sou uma rebelde que vai contra todas as regras. Já lá vai o tempo em que era!!...
De há uns anos para cá a coisa mudou. Não, não me tornei conformista. Simplesmente percebi que há regras que não vale a pena, de todo, quebrar. Assim, só em contextos muito específicos é que, por exemplo, me vêem a desrespeitar regras de trânsito (onde não ponho ninguém em risco, isto é, a estrada está vazia, ou em sítios onde a sinalética simplesmente é ridículo... ai aquele STOP ao pé de minha casa!!...).

Ainda há umas semanas, resolvi ir até ao Porto. Nunca lá tinha estado com tempo e queria estar com uma colega. Fiquei de passar na Régua para a ir buscar e depois seguiríamos para a Invicta. Ela disse-me precisas de cerca de uma hora para chegar. Depois pensou melhor e disse para ti é preciso coisa de 1h15. Eu tenho o pé mais pesado. Pois, como ela me conhece, sabe que eu só arrisco onde sei que posso fazê-lo. Como a A24 era mundo novo para mim... ela sabia que eu não me iria esticar...

E é assim que eu sou. Tento poupar nas multas, evitar sustos e acidentes. E é com desespero que eu vejo a data de exame de condução a chegar e os meus conhecimentos de condução a andarem para trás.

Hoje aparece-me um gajo da escola de condução onde eu ando para uma simulação de exame de condução. O carro mal tinha começado a andar já eu tinha problemas.
Num cruzamento, estou eu a chegar e está um otário à minha direita que tem prioridade independentemente do sítio para onde vai, pois ele está pela direita.
Como não se mexe, chega um pela minha esquerda e a prioridade fica toda bloqueada pois:
- o da minha direita quer ir para  minha esquerda, mas fica bloqueado pelo da minha esquerda;
- eu quero ir em frente mas fico bloqueada pelo da minha direita;
- da minha esquerda quer ir para a minha direita, mas fica bloqueado por mim.

Se o otário da direita se tinha mexido, ele tinha passado, depois passava eu e depois o que chegou mais tarde iria ter tempo de passar sem esperar. Mas como aqui é uma cambada de nabos que só deveriam conduzir carroças...

Vira-se o tal do instrutor-simulador-de-examinador, ah aqui nós temos que fazer sinal com as mãos. Mas que raio?!?! Porquê? pensei eu.
O da minha esquerda mexeu-se, meteu-se a tralhão e passou à frente e a coisa arranjou-se. Mas aquilo ficou-me a bater na cabeça.... por que raio teria eu que fazer sinal? Se o da direita tinha sido competente não tínhamos ficado encravados.

Vamos andando e ele começa a dizer o que eu devo fazer ou não. Algumas coisas contrárias ao que a minha instrutora tinha dito antes!!!!!!!!! Mas a pergunta que começava a surgir na cabeça era: se ele é um simulador de examinador, quer dizer que o examinador não se cala no exame?!?!

Mas ele começa com picuinhices que eu não consigo compreender e ainda tenho a coisa de fazer sinal com a mão na cabeça. E ele manda-me parar para me explicar a regra, mas a regra eu até a sei, só não percebo cada vez menos quem é o nós por que raio é que nós temos que fazer sinal e mais não sei o quê.

Ah não podes pensar tanto, diz-me ele. Eu explico-te o problema depois. Mas que raio, como é que se pode passar à frente dos problemas até haver uma vaga para esclarecer?!?!? Mas continua-se a debater a coisa: ah porque tu não tens que fazer sinal com a mão. Então... nós não implica eu?!?!? Se nós temos que fazer sinal, eu não tenho que fazer sinal?!?? Resultado, eles é que têm que fazer sinal... Resultado... eu percebo melhor chinês falado por um japonês com dislexia e paralisia cerebral! 

Mas como se eu não estivesse enervada o suficiente, ele, por causa de uma merda que ninguéééééééém faz, vira-se e diz: tu és contra as regras! Foi a gota de água. Eu já tinha o carro parado para ouvir a explicação do que não tem explicação (ou é ou não é, porque regra de prioridade não é filosofia). Desliguei o motor e saltei fora do carro. Ah para onde vais. Eu? Eu vou a pé que já estou farta desta conversa.

Eu tenho dar o tudo por tudo para conduzir à maneira deles. Só sei que há dias a minha mãe me mandou um berro a perguntar o que estava eu a fazer... pois bem... eu estava a conduzir à suíço... E este otário que não me conhece de lado nenhum diz-me que eu sou contra as regras?!?! Que não respeito a lei?!?!

E além destas coisas lindas todas ainda remata com a bela pérola: a teoria é separada da prática. Pois... agora está explicado por que raio quem está pela direita perde prioridade, quem está pela esquerda provoca acidentes porque entra quando não tem prioridade, por que raio eu ia sendo atropelada por uma bicicleta que não parou num vermelho e eu a meter-me à passadeira não levei com o gajo por pouco.

Mas pronto... enquanto a minha instrutora primeiro me perguntava o que se tinha passado, mas depois já me dizia não estive lá, não penses tanto, um cromo, ao estacionar mesmo junto a nós, bate com o carro...

Pois, os suíços conduzem muito bem, rematei eu antes de virar costas...

domingo, 2 de novembro de 2014

A dor da injustiça

Há praticamente dois anos que tenho que tomar as injecções. Por vezes pergunto-me se serve de alguma coisa, já que novas crises têm aparecido, mas... como os efeitos secundários imediatos se estão a tornar cada vez mais fracos, tenho tolerado o facto de as injecções me condicionarem imeeeeeeeeenso as férias.
Só que hoje... hoje eu chorei de dor como não chorava há anos! Nunca em toda a minha vida eu tive uma dor tão má, tão forte, tão profunda como a que tive hoje ao injectar o interferão da semana. Há quase uma hora e porra da perna ainda me dói!!!

Já aqui desabafei antes sobre o momento de solidão e tristeza que é o tempo de me injectar. Mas hoje revoltei-me. E por mais incrível que pareça, não foi com a doença que me revoltei. Foi com as pessoas. Algumas pessoas com o passar do tempo parecem duvidar que eu tenha alguma doença. Como disse antes, não quero ser a coitadinha, mas acharem que eu inventei esta doença...

Pensam o quê? Que eu tenho prazer em ter as pernas todas roxas depois de cada injecção? Que eu adoro a sensação de ressaca com gripe (foi a melhor definição que encontrei para explicar o dia seguinte)?

Ou será que por eu não ter uma perna partida, um braço ao peito já não estou doente? Quantas doenças há que não se vêem?!?!?

Ou ainda, como eu decidi enfrentar a vida de frente e (tentar) não ir abaixo significa que não estou doente?!? Será que devia ter feito o que um colega meu me recomendou?!?! Será que eu deveria, como ele me disse, tentar sacar uma pensão, quando ainda sou capaz de pagar o meu sustento?

Há já um tempo que me sentia um bocado frustrada por me aperceber que as pessoas pensam que estou a fazer cena. Mas depois de uma dor destas... a raiva subiu cá acima...