segunda-feira, 29 de abril de 2013

Palavrões e bom humor

As Segundas-feiras continuam a ser uma porra. Os efeitos secundários do interferão estão muuuuito mais suportáveis. Acho que o facto de eu agora tomar a injecção à noite e fazer efeito durante o sono também ajuda. Mas, mesmo assim!!, ainda acorod mal disposta durante a noite, cheia de sede e com necessidade de tomar analgésicos. E de manhã... olhos inchados, sensibilidade à luz muito mais acentuada e por umperíodo de tenpo mais prolongado. Eu que das poucas bebedeiras que tive nunca ressaquei, agora que não bebo (é aconselhável poupar o fígado, por causa do interferão) é que acordo toda ressacada cada início de semana!!

Hoje ia com humor da treta para o trabalho. A ressaca e saber que não ia trabalhar com o meu chefe (trabalha-se mesmo muito bem com ele, e eu estava mesmo a adivinhar!! saiu-me a croma que acha normal trabalhar 7 horas sem pausa!)... era mesmo humor de cão. Mas a vida não é sempre cor-de-rosa e lá fui eu.

A meio caminho passo por umas obras. Onde era um depósito gigante de combustível estão agora a construir apartamentos. Como é normal, por estas bandas... há portugueses por lá. Um estava danado com o gruista ou com algo que tinha a ver com a grua. Solta um belo e sonoror de um caralho!! e põe-se a fazer sinais e remoer qualquer coisa que já não entendi.

Oh! Eu sou daquelas que não acha piada aos palavrões e comentários dos homens das obras. Não gosto de humor fácil!! E não é que seja contra os palavrões. Eu uso-os, não sou santa. Mas quando chego a este nível, que é bem raro!, quer dizer que eu vou bater em alguém (ou pelo menos é isso que eu desejo). No entanto... hoje, soube-me tão bem ouvir aquele palavrão. Fui o resto do caminho para o trabalho a rir-me feita tonta.

Não sei... às vezes estas coisas podem ser refrescantes... :D

domingo, 28 de abril de 2013

Do snobismo e do respeito

Ontem, depois de escrever o post, reparei que tinha três textos a falar "mal" de portugueses. Pus-me a pensar que me devem achar arrogante. Mas estava tão cansada que resolvi esperar por hoje.

Uma colega portuguesa da estufa disse-me um dia não podes esperar só ter amigos com cursos superiores. Sabes que aqui na Suíça poucos são como tu, a maior parte é como eu [ela não chegou a acabar o liceu em Portugal]. Estávamos a falar da dificuldade de eu arranjar amigos portugueses (coisa que ela também não tinha assim em abundância, não fosse o namorado ter vim de Portugal, acho ela que teria tantos amigos portugueses como eu). Eu concordei com ela e disse-lhe que em Portugal a minha mini-lista de amigos inclui gente com doutoramentos, mas também só com a quarta classe feita há muuuuitos anos. Amigos são-no pelo carácter, não pelo canudo.

Para esclarecer a minha dificuldade contei-lhe vários exemplos de historietas que me deixaram incomodada e me fizeram afastar dos portugueses. É a conversa básica ah agora também estás cá? Já casaste? Mas que raio! Uma pessoa só é pessoa se se casar?!? Quando digo que não, olham para mim como se tivesse lepra. Isso provoca um desconforto que não me permite fazer amizade com a pessoa à minha frente. Depois são as conversas liiiindas sobre carros e casas. Quanto maiores, quanto mais caros... melhor. Eu nem a carta para conduzir na Suíça tenho...

Mas eu "calei" a minha colega com uma história que me veio à cabeça ontem outra vez.
Quando vim para cá, comecei numa empresa de limpezas. Essa empresa assegura a limpeza de alguns supermercados. Uns portugueses iam de férias e foi-me pedido que fosse substituir a mulher nesse período. Assim, quando fui aprender o trabalho, éramos 5 pessoas: o casal que ia de férias, eu, o substituto do marido e uma mulher que não ia de férias. Como éramos muitos, acabámos cedo, mas como tínhamos que picar a carta, tivémos que esperar até à hora certa. Ficámos sentados na sala do pessoal a fazer tempo, na conversa. Meia hora de terror!!

A mulher, mais velha do que eu um ou dois anos, vinda do Porto (note-se que não é um buraco atrás de uma serra onde o Sol nunca bate) começa com o interrogatório. De onde vens? Por que é que vieste para cá? Como? És casada? Tens filhos? Vais estudar para quê? Aqui o C. [um colega da COsta do MArfim que só fala francês e alemão] entende-me muito bem? Não é C.? [ele abana a cabeça sem saber o que ela lhe diz em português].
Ora bem: eu odeio interrogatórios. Eu quero lá saber se são casados, divorciados, amantizados, ricos ou pobres. Isso vai-se descobrindo com o tempo e não com uma folha de interrogatório policial. Depois: que é que ela tem a ver se eu estudo ou deixo de estudar? Eu não fiquei na firma, onde até dava para trabalhar sem falar muito alemão. Mas mesmo que ficasse, considero que o alemão dá jeito em todo lado. Os exemplos que costumo dar são o supermercado e o médico (nunca pensando eu que ia precisar tanto de alemão para este contexto). Se dá jeito é bom que se dê um jeito de se aprender, não?

No entanto, não foram estas perguntas e estes comentários que me escandalizaram. Lá pelo meio do inquérito na secção referente à família, ela começa com Vieste para cá com o teu marido? Não és casada? Mas tens namorado. Não?!?!? E depois de uns segundos de pausa, ela pergunta com as letras to-di-nhas numa exclamação só possível se Deus viesse à terra: Quando é que tu fodes? Não contente, vira-se para o tal colega da Costa do Marfim e com gestos, palavras soltas em português e alemão, pergunta-lhe como é que ele acha que eu tenho relações sexuais sem namorado ou marido. Se ele percebeu foi discreto e ignorou a palhaçada. Mas eu não me livrei de ficar bastante embaraçada.

Assim, digam-me, como é que é possível conviver com portugueses?!? Se eu tenho sexo ou não, com namorado, amigo, amante, protituto ou prostitura... ninguém tem nada a ver com isso. Eu não admito uma conversa destas ao meu melhor amigo, que me conhece há 27 anos, quanto mais a uma pessoa que acabei de conhecer.

Se ser snob para os portugueses é não querer ser afrontada com gente deste nível, então sou snob com o maior dos gostos. Tenho muita pena por assim ser. Pois eu vejo os italianos a juntarem-se, os dos países da ex-Jugoslávia são unidos como tudo, os turcos... só os portugueses tentam tramar os portugueses e quando tentamos uma aproximação... tens sorte em trabalhar aqui (feita a pulso)... Não tens um carro XPTO? Como é que é possível?!?... Não tens namorado? Como é que f***s?!?

Haja paciência!

sábado, 27 de abril de 2013

É trabalho, muito trabalho!

Não sou uma pessoa de sorte. Jogo sempre no Euromilhões e nunca me saiu mais do que 20 francos. Tirando umas moedas que encontro de vez em quando no chão (já achei uma moeda de 1 franco no meio da multidão da Street Parade!), nada me cai no colo, nada me aparece à frente por acidente.

Hoje andava eu de volta do pão (o choninhas do meu chefe gosta de mandar para lá...), quando oiço alguém a cumprimentear-me em português. Viro-me e vejo que era uma conhecida dos meus pais. Se falei com ela umas três vezes antes do dia de hoje, foi muito. Queria-me perguntar algo sobre a promoção de um determinado artigo. Mas só disse bacoradas!

A primeira foi perguntar sobre a promoção que só começa na próxima semana. Os folhetos são para várias promoções, mas também várias datas e isso está lá escarrapachado!!
A segunda foi mostrar que não sabe falar, nem português, nem alemão. Ah vem no folheto que este produto está em acção. Eu tenho que explicar: aqui usam-se várias palavras quando se referem aos descontos. As mais comuns são Rabatt (alemão) e Aktion (alemão suíço). Tuga que se preze fala em produtos que estão em acção. Eu não ligava nenhuma a isto, nem viria para aqui escrever sobre ela (é tão banal ouvir isto que eu já não ligo) se ela não dissesse um terceiro disparate... Então, achei que poderia escrevê-los todos.

A terceira asneira foi quando ela perguntava se eu trabalhava ali. Não, estou aqui a mexer nos botões do forno porque me apetece. E, não contente, comenta: ah que sorte. Eu tive vontade de me voltar para trás e partir-lhe os dentes com brilhante que ela tem (já está fora de moda, não?!?!).

Eu fui para aquele supermercado, por mérito. Mandei o meu currículo, fiz uma mini-entrevista ao telefone. Fui fazer um dia de prova. Fiz mais duas entrevistas presenciais. E depois assinei contrato. E, mesmo assim, estou em período de experiência. Eu estou ali porque me mexi.

Mexi-me quando cheguei cá e comecei a aprender alemão. Mas lá está, eu preferi comprar dicionários, ela prefere colar brilhantes foleiros nos dentes (aquilo dá saúde ao dente?!). Eu não aceitei as condições dos trabalhos anteriores e fui à luta. E garanto-vos uma nega numa candidatura de trabalho é tão frustante em alemão como em português. Eu não me sentei à espera que me dessem coisas. Eu não tive sorte, eu trabalhei. Eu trabalho todos os dias para conseguir o que quero, embora a maior parte das vezes fique muito aquém do que almejava (devo sonhar muito, ou ter muito azar). Tudo o que tenho (pouco ou muito, bom ou fraco) foi conseguido por mim. Pelo meu trabalho, pela minha preserverança, até pela minha casmurrice.

Dá-me uma raiva... é que não é só esta, há muitas mais pessoas a pensarem isto de mim e principalmente da minha mãe. Pois como ela trabalha nas limpezas e tem os direitos legais todos sem problemas e elas não... mas elas trabalham a negro... assim, é impossível irem para a frente...

Esta gentinha ainda não meteu na cabeça que a sorte... somos nós que a fazemos.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Chicos Espertos...

Eram uns quatro ou cinco parados no meio de um corredor lá do supermercado. Falavam alto, não deixavam as pessoas passar. E parecia não quererem arredar pé. Será que os portugueses só gostam de se encontrar e comunicar uns com os outros no meio de supermercados?!!?

Não lhes disse nada e, confesso, tentei fazer com que não percebessem a minha identidade.

Vinha eu com um porta-paletes meio carregado e eles no meio do caminho. Estava ver que não se mexiam, mas depois um deles apercebeu-se e disse aos outros para se arredarem. Eu ia para agradecer em alemão (eu sei que parece snobeira, mas só quem cá está é que percebe!), quando uma mulher do grupo, com voz de gozo se põe Passe, passe, minha senhora. Passe, passe!

Eu aí denunciei-me e disse Obrigada. Ficaram todos encvacados. E ela, que não me ouviu, perguntou Mas ela é portuguesa? Ouvi outro a dizer, Pelo menos disse obrigada. E a "tóina" Ah imagina se eu a tivesse tratado mal?!?!

Pois. Imaginem isso... Armam-se oa pingarelho e qualquer dia têm azar... Por que raio não conseguem ser seres normais?!?!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Não tenho emenda...

A minha mãe costuma limpar um escritório ao Sábado. Como este fim-de-semana não deu, acabei por a ajudar no Domingo de tarde para ser mais rápido. É uma porcaria trabalhar ao Domingo, principalmente a limpar, mas... eu não me sentia bem se não fosse ajudá-la. Íamos nós muito bem no autocarro para lá, quando uma mulher mete conversa connosco. Ah é tão bom ouvir falar português.

Em segundos, já a temos a lamentar-se dos portugueses e dos suíços desta zona, em comparação aos da parte francesa (sim, são diferentes; há muitas Suíças dentro da Suíça). A queixar-se de estar desempregada e a ser martirizada por familiares. E a perguntar se não sabíamos de sítios onde procurar trabalho.

O meu coração apertou-se. Lembrei-me de uma empresa de limpezas que tinha contactado uma italiana amiga da minha mãe uns dias antes para um trabalho que ela não pôde aceitar por incompatibilidade de horário. Poderia ser que ainda estivesse em aberto... Mas como estávamos a chegar à nossa paragem e ela ia seguir viagem, a única coisa que conseguimos fazer foi trocar números de telefone e a promessa de nos contactarmos mais tarde.

Claro que ajudei a minha mãe a limpar o escritório, mas também queria tomar café, apreciar o resto da tarde de Domingo. Assim, só junto à noite, quando cheguei a casa, é que lhe liguei (o telemóvel fica smepre em casa!). Ela já tinha ligado duas vezes. Liguei-lhe, mas ela não atendeu logo. Passado um pouco manda-me toque. Devo confessar que não gostei. Lá vai o tempo em que funcionava com toques e, se eu a ia ajudar, o mínimo que ela podia fazer era ligar. Mas... fechei os olhos, se estava assim tão mal, podia ser que ela estivesse atrapalhada com o dinheiro...

Lá combinámos encontrar-nos na Segunda de manhã, às 10horas para eu a levar à tal firma de limpezas e falarmos de outras possibilidades de trabalho.

Chegou atrasada... Calma, Ana Luísa! Atrasos podem sempre acontecer...

Lá fui com ela à firma, mas a senhora que faz o recrutamento está doente. O patrão recebeu o currículo e prometeu entregá-lo quando ela regressar. No fim disso, fomos tomar café para acertar agulhas, trocar ideias.

Ela sabia tudo. Oh miga eu sei isso muito bem. Então não sei, miga? Primeiro, odeio expressão miga e, nós não somos amigas. Nem conhecidas. Quanto mais amigas! Segundo, se sabia tudo porque pediu ajuda?!? Mas pronto... às vezes as pessoas estão tão na merda que precisam dizer que sabem, só para alimentar o ego.

Lá combinámos ela passar na Terça de manhã cá em casa. Eu iria fazer mais cópias do currículo dela, iria procurar contactos de agências de trabalho temporário e alguns trabalhos. Quando ela viesse, eu também lhe explicaria como funciona o site do centro de emprego.

Terça de manhã eu não tinha nada para fazer e fiquei por casa. Ela não apareceu. Nem disse nada todo o dia. Pronto! Lá se foi a minha preocupação. A minha mãe ainda me perguntou se eu não queria ligar. Claro que não queria!! Eu não tenho filhos... logo não tenho que me preocupar com os filhos dos outros...

Ontem, às 11h da manhã, lembrou-se de mim. Queria os documentos. Mas eu estava fora e ia chegar tarde a casa. Ficou combinado que ela ia a minha casa às 19h e a minha mãe lhe entregava a tralha. Às 18h59 ela manda-me mensagem a dizer que não vai lá. No coments!!

Hoje, perto do meio dia, mandou mensagem que queria os documentos para ontem. Mas eu estava fora de casa e só iria chegar ao final da tarde. No fim de não sei quantas mensagens com teor cada vez mais complicado, às 22h perguntou-me se poodia cá passar. Eu pensei que estivesse nas redondezas e disse que sim. Chegou eram quase 23h com ar descontraído, de quem tinha andado no passeio o dia todo.

Eh pá! Eh pá! Se estamos no desespero, corremos logo para quem nos oferece ajuda. Ou sou só eu?!?

Eu ajudo quem me pede ajuda. Não quero dinheiro, não quero prendas, não quero palmas. Mas agradeço que mostrem um mínimo de respeito pelo meu tempo e trabalho. E esta... afinal queria era que lhe fizessem o trabalho todo. Mas se continuar assim... não vai longe (e não falo por mim, que dei o caso por encerrado e selado).

Aqui a otária teve pena dela. Aqui a otária chateia-se por ter pena das pessoas que abusam da sorte e da boa vontade dos outros. Aqui a otária arrepende-se por ajudar as pessoas.
Mas... é mais forte do que eu e o pior é que esses sentimentos só duram até à/ao próxima/o que me apareça com a lágrima no canto do olho.

Sempre?

Conversa entre Fulana e Fulano, no mural de Fulana, no livro das caras. Ela colocou primeiro:
25 de Abril

Fulano comenta: Comuna! Hehehe
Fulana responde: Eu só mencionei a data, não disse mais nada e tu chamas-me de nomes... já fui trabalhar hoje de manhã!

Surgem várias perguntas na minha cabeça oca:
Nos dias de hoje, dizer comuna é "chamar nomes"? Eu sou mais do género filho da tua mãezinha...
E os comunas não trabalham? Ou só quem não é comuna é que trabalha no 25 de Abril?

Ou será que o problema é destas pessoas e já nem sabem bem o que escreve, nem o que relacionam?!?

É que pelo que eu percebo, toda a gente trabalha nesse país, nos dias noemais e nos dias feriados, em casa, no escritório e, inovação dos tempos modernos, até se governam câmaras municipais a partir da prisão. Haja liberdade!

Honestamente... não percebo os do texto de lá de cima, mas percebo ainda menos os que mandam lá de cima.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Descontracções

Ok ok! Querem poupar no pessoal e usam os tradutores automáticos para as legendas dos filmes e séries. Está bem! Poupem lá o que quiserem! Mas ao menos arrajem tradutores decentes.
Já começa a chatear não ver a contracção da preposição de com o artigo definido. É um absurdo ver que o artigo definido desapareceu antes dos nomes próprios...

- Onde está Josh?
- Josh está a caminho.

- Onde estás?
- Estou em casa de Josh.
- A fazer o quê?
- A ver as fotografias das férias de Annie.

Será que agora só a minha barriga é que se contrai?

sábado, 20 de abril de 2013

Depois fico toda convencida!

Tive uma semana de merda!! Um dia a entrar às 5h, dois às 5h30 e um às 6h. Passei os dias a pensar na minha mãe e no M.. Lembrava-me do alemão, quando tinha que parar de fazer o meu trabalho para arrumar o caos dos outros e quando reparava que alguém me tinha tirado as coisas sem avisar. Diziam que ele era arrogante, mas como eu nunca lhe estorvei o trabalho, nunca senti a arrogância (no meu entender, era a razão a falar). A minha mãe vinha-me à cabeça, quando via tudo desarrumado, quase ao abandono. Só pensava em como ela acharia o meu quarto arrumado. É que eu sou muuuuito desarrumada no meu quarto (defeito sem cura!), mas odeio desorganização e desarrumação nos espaços comuns, sejam eles em casa ou no trabalho.
O pensamento de hoje foi ainda mais longe. De tão mal que me estava a sentir, só pensava por que raio não sou eu rica?!?

Sim, a minha semana foi mesmo má. Devia aprender a tratar do departamento dos legumes e frutas. Na Segunda, por falta de trabalhadores, tratei dos legumes e do pão. A minha treinadora aparaece de tarde e pergunta está a cozer pão porquê? Eu estava cansada e só encolhi os ombros. Na Quinta, no fim do dia, aparece a treinadora e diz que há falta de pão e que eu é que tenho que tomar conta disso. Lá fui eu a correr feita louca para os fornos e se fosse a lenha... eu pegava fogo à loja com a pressa!!
Ontem, lá consegui conciliar, muito mal (outra vez por falta de trabalhadores) o pão e os legumes. Mas andei sete horas sem fazer uma pausa. Tive que suplicar a pausa. A resposta da chefe substituta eu ainda não tive a pausa. Primeiro, eu era a que tinha o trabalho mais cansativo a nível físico. Segundo, ela resolveu alterar umas coisas que atrasaram o meu trabalho o dia todo. Terceiro, se ela é semi-chefe porque raio não se queixa? Quarto, se ela consegue trabalhar sem comer, força!. Eu tenho que repor energias de x em x tempo.
Hoje fiquei responsável só do pão. A primeira vez que fiquei responsável desde o início do turno, a primeira vez de manhã e a primeira vez ao sábado. Mas numa só hora tem que se cozer 230 croissaints de manteiga - fora tudo o resto. Uma corrida contra o tempo e contra os clientes esfaimados que entram a correr logo às oito da manhã. Uma porra mesmo!!!

Mas eu sou boa. Eu sou muuuuuito boa. Mesmo muuuuuuuuuuito boa. Apesar de achar que me estava a correr tudo mal, o meu chefe elogiou-me umas quantas vezes e, a olhar por cima do ombro, disse-me com voz de segredo se todos os funcionários fossem como você, eu não tinha problemas nenhuns.

Apesar do stress, do choro (na Quinta passei-me, porque ou bem que se trabalha com ordem ou bem que nos sentamos quietos que é menos contraproducente), dos joelhos completamente pisados e de dores musculares, até em músculos que não tenho, eu vim para casa bem disposta. Sabe muito bem ouvir o chefe e a treinadora a dizer que fizemos o trabalho bem feito.

A única coisa que realmente estragou a tarde foi a neve que não parou de cair desde hoje de madrugada...


Um texto laudatório, à minha pessoa... :p  só para apresentar a foto do sítio onde eu sonho sentar-me depois do trabalho. Mas, como diz a minha mãe quando está danada com injustiças/cunhas, quem há-de gabar a noivaP é a [p-palavrão] da mãe que a quer ver casada... :D :D :D

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O busílis não está aí...

A lei do álcool que vai entrar em vigor em Maio, em Portugal, já existe por aqui há muuuuuuito.
Dos 16 aos 18 bebem vinho e cerveja. Só a partir dos 18 podem beber espirituosas e alcopops (aquelas vodkas com sabor a não sei o quê e por aí fora).
Ah porque os miúdos podem continuar a beber sem parar. Mas será que ninguém se apercebe que apanhar uma bebedeira de vinho ou cerveja não é o mesmo que apanhar uma bebedeira de vodka?!?
Vários motivos ÓBVIOS! Toda a gente sabe que as bebidas destiladas são mais prejudiciais à saúde do que as fermentadas.
Depois, para se beber o mesmo teor alcoólico de vinho e de vodka bebem-se diferentes quantidades de liquído. E isso faz duas coisas, que o estômago se queixe mais cedo ou mais tarde que está cheio, esvaziando de alguma forma. E outra... enquanto vão fazer um xixizinho, principalmente da cerveja, não estão a beber...
A proibição em relação aos horários... é parcialmente indiferente. Eles compram noutras horas. Mas no caso de aparecer mais gente do que a conta para beber ou num dia em que não se precaveram... o risco de bebedeira forte é minimizado, nem que seja só um pouco.

Agora, os intervenientes na história é que têm que ser responsabilizados:
- os pais, em primeiro lugar. Um adolescente pode ser insubordinado, irresponsável. Os pais têm que educadar, formar e responsabilizar os filhos pelos seus actos: fazes merda, ficas de castigo. À séria!
Os pais têm também o dever de ver se os filhos vão realmente fazer a festa do pijama a casa dos amigos. Por fim, os pais têm a obrigação de não deixar crianças de 12 anos andar na rua a partir de certa hora.
- os donos dos estabelecimentos. Deveriam colocar a mão na cosnciência, pensar como se sentiriam como seria com os filhos, os sobrinhos, os netos deles. Se não tiverem consciência, ao menos que seja pelo medo das multas, da perda de licença. E se pensarem bem, garotos bêbedos a vomitar em todo o lado, a destruir tudo... não atrai clientela!
- os inspectores. Uma loja que dava um jeito enorme no sítio onde cresci foi fechado pela ASAE, por minhoquices. Mas isto de correr os bares a ver onde anda a ilegalidade, a irresponsabilidade, a cegueira dos lucros e a estupidez da adolescência... isso não, que dá trabalho!
- os professores, educadores. Sim, os professores são para ensinar, não para educar. Mas se lhes aparecem miúdos constantemente alterados na sala de aula, de vez em quando dar umas dicas, não fica mal a ninguém!
- os jovens, os adolescentes, as crianças... o meu irmão considerava-se um homenzinho quando lhe dava jeito, quando tinha que fazer a cama, chamava a minha mãe de ditadora ou algo do género. Era hilariante ver aquele meia-leca/bola em idade de infantário a esticar-se todo e a dizer oh mãe mas eu já sou um homem. Todos (não acredito em excepções neste caso), em algum momento da vida nos comportámos assim. Dependendo das consequências, podemos relevar ou bater de frente com o adolescente e levar a nossa adiante. Se de pequenino se torce o pepino, os meninos têm que aprender desde cedo que os actos têm consequências e que as consequências podem ser sérias.

Sim, eu sei que a Vida não é tão linear. Mas... antes de implicarem com a lei (não sendo a melhor, também não é a pior), olhem para dentro de casa, do escritório, da sala de aula e vejam o que andam a fazer com os vossos filhos, com os vossos clientes, com as vossas inspecções...


segunda-feira, 15 de abril de 2013

que TEDio

Tenho uma ideia genial que iria fazer diferença na minha aldeia. A sério! Só falei dela com uma pessoa (lamento, mas não quero que ma copiem). Tenho a certeza que iria ser um sucesso. Falta-me dinheiro para isso.
Em compensação há uns gajos que pagam mil euros para ver uns gajos a falar...

E depois há uns otários que vão falar de Portugal numas conferências e invocam que as melhores caixas de multibanco do mundo são portuguesas. Mas sem mencionar que não são feitas em Portugal e que a única firma que produz as caixinhas... está em risco de fechar...

Eu penso nestas conferências de três letras. Nos primórdios era de um grupo muito exclusivo. Acho que se devia ter mantido assim.
Agora todos querem ir falar. Trocar ideias... Mas que quando vemos bem bem a coisa... o que os conferencistas querem é aparecer e quem organiza quer meter dinheiro aos bolsos. Sete mil euros para ir lá, mil euros para ver em casa... isso é o quê...

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dois pesos e duas medidas?!?

Estive a ver uma reportagem sobre um prémio para jovens inspiradores. Uma miúda de 13 anos toma conta de três irmãos para a mãe poder acabar o curso de direito. Dá o lanche, prepara as cadernetas dos irmãos, quando há recados, para a mãe ler, abre o computador. Sabe que disciplinas a mãe tem. Ou seja, a mãe pode estudar porque tem uma babysitter de borla.

Dois reparositos...
O primeiro, por esta perspectiva, também eu fui uma jovem inspiradora. Com 17 anos ajudava as freiras a tomar conta de mais de vinte crianças e adolescentes. Eu fui uma adolescente sobrenatural!!

O segundo reparo é mais grave: não é isto trabalho infantil?!?
Eu ajudava a minha mãe: lavava a loiça, lanchava sozinha, fazia a minha cama, ia comprar açúcar ou arroz à loja ali pertinho, sem atravessar nenhuma rua movimentada e ao fim-de-semana limpava o meu quarto. Era suficiente responsável para me deitar a horas, vestir sozinha (muito antes dos 13 anos!!!!) e fazer os trabalhos de casa sem grandes baldas. Mas eu ajudava a minha mãe para ela ir trabalhar.
Ela que foi a aluna mais inteligente da turma dela não estudou por falta de dinheiro e de oportunidade. Ela ainda tentou fazer até ao 9.º ano no sistema nocturno, mas achou que era prioridade alimentar os filhos e acompanhá-los minimamente na sua vida. Quando tinha que nos deixar, para ir trabalhar, a comida ficava pronta. E havia uma vizinha com a chave de lá de casa que estava logo disponível quando ouvia um simples espirro nosso. Eu ajudava a minha mãe, mas via televisão, brincava, fazia disparates como uma criança normal e a minha primeira tarefa, depois do regresso a casa, não era o lanche do meu irmão...

São estas duas bitolas que eu não entendo...
Um miúdo filho de um dono de café, numa tarde de Sábado de chuva, não pode ajudar os pais a lavar copos. É trabalho infantil. Miúdos que são bons actores, sonham ser actores a vida toda e andam nas telenovelas da TVI... depende de quem avalia... se gosta da TVI, está bem. Se não gosta, é trabalho infantil...
Esta mãe tem uma secretária/governanta/ama à disposição... e a miúda ganha prémios como jovem inspiradora, vai à televisão e toda a gente bate palmas.

Ora... decedAm-se!!!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que eu não entendo...

Quase sempre que se ouve falar de insolvência de uma empresa os empregados dizem: temos trabalho.

Então expliquem-me lá que eu estou cada vez mais burra e entendo cada vez menos estas coisas... Como é que se permite a insolvência?!?! Se os senhores directores fizeram merda que assumam as responsabilidades. Nem que para isso todos os seus bens lhes sejam retirados - não estou a falar em congelar, porque o gelo, em Portugal, é coisa que derrete muito rapidamente.

Se houvesse regras claras, se as punições fossem exemplares... eu gostaria de saber quantas empresas estavam em processo de insolvência!!!!!!!!!

Sentimentos verdadeiros, mas sem nenhum saudosismo

Quando era miúda, mesmo muito miúda, ficava sentada em frente à televisão a ver passar o programa cultural do país. Condes, S. Jorge 1Nimas, Quarteto 3, Quarteto 4... Eu sabia ler, mas ainda não sabia muito bem o que aquilo queria dizer.

Depois fui morar para Lisboa e vi que já não havia Condes. O Nimas "encolheu" depois de eu ver lá O Gosto dos Outros (genial!) e Rasganço.
O Quarteto era o cinema perfeito: ficava a cinco minutos de minha casa, o que me facilitava a vida com os horários das freiras, e tinha cinema de todos os tipos. Eu vi lá A MúmiaO Fabuloso Destino de Amelie Poulain, coisas que não me parece que sejam de meter no mesmo saco. Quando fechou, ia-me dando uma coisa má. Ao que aprece foi a ASAE. Ok... se o filme era calmo ouvia-se os tiros na sala ao lado, mas... será que merecia fecho?!?
O que mais me cativou no S. Jorge foram as casa-de-banho. Lembro-me que fui lá uma vez e tinha flores verdadeiras no tocador.

Agora fiquei a saber que nem o Londres se safou! A primeira vez que lá fui passei uma vergonha!! Quando me sentei, levantei-me a correr pois penasava que a cadeira estava estragada. :s
Eu adorava a calmaria das sessões da tarde. Adorava o facto de não haver ruminantes na sala. A pausa a meio. O charme da senhora da lanterna (não me lembro agoroa do nome correcto). E o Big Ben... O Londres?!? O Londres?!? Como é que foi possível acabar com isto?!?!

Acho que a fase da indignação, da irritação já me passou. Acho que agora é só mais a tristeza que me preenche o coração. Era """só""" um cinema, mas... é o retrato de tanta outra coisa a fechar, a desaparecer, para, quase de certeza, nunca mais voltar. Qualquer dia é pior que um deserto... :s

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Resumo da semana

Ir de transportes públicos para o meu trabalho é possível. Mas é completamente ridículo! Ou vou de autocarro até um sítio e depois vou a pé, ou vou dar uma volta enorme e apanho um segundo autocarro. Depois de tudo analisado, o mais ajuizado é ir e vir a pé. São cerca de 20 minutos sem pressas nem grandes subidas. Uma parte do trajecto até é do mesmo que fiz durante a temporada no meu primeiro trabalho por cá. Poupo no passe e ainda faço "desporto", que se o meu neurologista sabe que voltei a ficar sedentária...

Tenho um horário chatééérrimo. Como estou só a 60%, trabalho uns dias e fico outros de folga. Esta semana trabalhei Quarta, fiquei livre Quinta e trabalhei de novo hoje. Para a semana trabalho Segunda, Terça e Sábado. Acrescente-se a isso o facto de trabalhar por turnos. De manhã tenho que entrar às 6h ou às 6h30 (depende dos dias da semana). De tarde posso dair às 9h ou às 9h30.

Doem-me os pés. Já rebentei com o pulso direito por causa das caixas pesadas. E tenho a impressão que amanhã vou ter os joelhos pisados (para não cair nas arcas frigoríficas que são baixinhas, preciso de encontrar pontos de equilíbbrio para o meu corpo grande com  caixas pesadas nas mãos... esses pontos são os meus joelhos contra a parede da arca...).

Mas estou feliz. Fui trabalhar. Não há nada melhor do que a sensação de missão cumprida a não ser a sensação de que não se é um parasita da sociedade.

 
A foto foi feita no regresso a casa na Quarta. Lá em cima há um banco debaixo de umas aveleiras. Estou desejosa que as árvores se encham de folhas... vai ser delicioso sentar-me ali depois de oito horas de trabalho!

Roubar ideias...

Já há muito tempo que me apercebi que o Google não é igual para toda a gente. Toda a gente sabe que os doodles variam ao longo do ano em função do país e do domínio em que se está. Já por várias vezes que apanhei bonecos no domínio .ch e/ou .de que não existem noutros sítios ou que aparecem mas noutra data, como é o caso do dia da mãe, que por estas bandas é no segundo Domingo de Maio e que umas vezes usa o mesmo doodle do domínio .com outras vezes não.
Baseando-me num blog que ninguém lê (desculpe lá!), vou começar a postar os doodles do .ch (e, se me lembrar de ver, faço-o também com o .de). Hoje apresento os retroactivos. :D

 
225.º aniversário de Joseph von Eichendorffs, 10 Março 2013

 
150.º aniversário de Adalbert Czerny, 25 de Março
366.º aniversário de Maria Sibylla Merian, 2 de Abril
 
100.º aniversário de Henry van de Velde, 3 de Abril

 


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Promete

Comecei hoje no novo trabalho e estou a ver que a etiqueta "artigo do dia" não vai desaparecer. :D

Ontem fui à central da empresa (uma multinacional sobre a qual falarei com mais detalhe noutra altura) para um dia de formação: higiene e segurança no trabalho; manuseamento do material de trabalho; direitos e deveres; sansões; relação com o cliente. Eu e todos os que foram à formação viemos carregados com tralha: roupa, crachá, caneta (que o meu chefe me pediu emprestada hoje e não me devolveu!!!), navalha para os cartões, luvas, manual de formação (sim!!! vou fazer um teste daqui a umas semanas!!!!!!!)... E lá pelo meio vinha uma lista que vou ter que decorar para esse teste. São os códigos de todas as frutas, legumes e pães que se vendem e têm que ser registados na caixa. Se eu não souber responder a um número mínimo não posso fazer caixa!!Toda a gente se espantou com a lista. É enorme!!! Mas o engraçado foi o comentário de uma: os números são difíceis. Ainda por cima a Zuchini é parecida com Gurken! Whatiiiii?!?!? Desde quando é que a abóbora (courgette) é parecida com o pepino?!?!? É que nem nos nomes em alemão!!!!!!!! Vão no bom caminho. Não?!?  :/

A piada do dia de hoje é nacionalista. Chega-se uma senhora toda sorridente e pergunta-me se não há carne de frango suíça. Esclareço que sou nova ali e peço para esperar um pouquinho enquanto vou perguntar ao meu superior. Regresso com a reposta negativa, hoje só havia frango alemão. A senhora agradece e lamenta é que sabe eu preciso de alimentar os meus animais (não identificou que tipo) mas eles só comem carne suíça. Eles não comem outra carne e eu estou farta de os ouvir a resmungar com fome...

Eu sorrio e não comento. achei que seria mau verbalizar o único pensamento que me ocorreu: Haja animais finos!!

E isto é só o começo!

O jardineiro a usar o ferrari é que não!

A minha mãe é empregada de limpeza em casas privadas, trabalha para umas dez famílias e normalmente vai a duas casas por dia. Gosto de todos eles. Cada um à sua maneira é especial.
A maior parte das famílias é constituída por pais com formação superior, sendo que ensino é a área profissional da maior parte deles.
À Quarta-feira ela começa numa família muito especial. Andam meses sem lhe pagar, depois dão-lhe flores que os alunos lhes ofereceram e não tê pudor em dizer: elas morrem todas aqui, fica tu com elas. No que diz respeito ao trabalho da casa: tu é que sabes. Faz o que te pareça melhor. Tu és super! Quase todas as semanas ela traz uma história para casa. A de hoje é hilariante.

Pela manhã só o pai é que estava em casa. Despede-se a correr, com pressa para ir dar aulas. Passado uns minutos aparece ofegante (da cave até ao segundo andar ainda é uma estafa!!!): E. preciso de um favor teu. Tens o teu carro aí? É que o portão não abre. E o comboio já passou... emprestas-me o teu carro?! A minha mãe lá lhe disse que sim. Eu trago-to às 3h. É tarde? Então trago-o à 1h.

Passado um bocado, toca a o telefone e a minha mãe pensa Ai que ele bateu com a carroça! Como é que vai ser?!?! Afinal não: Olha é H.. [como se ela não conseguisse ler no ecrã do telefone]. Afinal só posso levar o carro às 3h. Não te importas?!?! 
Ela aceitou, iria mais tarde para a outra família. E como trabalha para aqueles doidos duas vezes por semana, hoje adiantou o trabalho para amanhã.

E lá foi o senhor professor com o renault clio mais velho que sei lá o quê (se eu mandasse, aquele carro já tiha iddo para a sucata há muito tempo [não é um carro poluente, pois ele passa num controle todos os anos, que eles aqui não brincam, mas...]). Eu pergunto-me que professor faria isso em terras lusas. Que professor se """"rebaixaria"""" ao ponto de pedir um chaço velho emprestado à empregada de limpeza?! E o contrário?! Quantos professores, engenheiros, médicos se disponibilizariam a emprestar o carro à empregada de limpeza?!? É que eu sei que mesmo sendo doidos varridos, eles não teriam qualquer problema em emprestar o carro à minha mãe, caso ela precisasse e o portão da garagem não estivesse avariado!!!  

terça-feira, 2 de abril de 2013

Sem palavras!!!!!!!!!!!!

Se não consegues gerar 100 euros por mês vais ter muitos problemas no futuro. [Citado de cabeça]

Várias coisas contra esta frase, primeira, menos importante de todos: ele conhece o seu interlocutor de onde para o tratar por tu?!?
Segunda: quem é que só precisa de 100 euros por mês para estudar?!?
Terceira: onde é que há empregos (ainda que em tempo parcial) que uma pessoa pode manter durante os seis semestres de uma licenciatura das novas?!?
Quarta: quanto é que o otário que disse isso recebeu para fazer propaganda?!
Quinta: sabem o que signifca propaganda?!?!

Estou tão revoltada com o tom daquela abécula que não consigo dizer mais nada do que estas perguntas...