terça-feira, 29 de junho de 2010

Já fostesssss...



Nada que me surpreenda. É bom para mim por causa da aposta no trabalho. Depois, se pensarmos bem... a Itália já foi, a Inglaterra também, queriam milagres contra o campeão da Europa?!?!...

E pode ser que agora os portugueses se dediquem ao que realmente é importante. Se em dia de coiceball o país pára... com o país fora das competições... pode ser que as pessoas se resolvam trabalhar.

Quer dizer... agora vêm as férias... fónix!!!

Verde-Rubra não é cor que combine com os meus olhos...

Portugal está empatado a zero com nuestros hermanos. Estou-me nas tintas para qual dos dois ganha. Simpatizo com o Gana e torço para que a Alemanha ganhe o mundial por causa de uma aposta lá no trabalho. Mas mesmo assim... se nunhum deles ganhar... azar!! Eles é que ganham mais à hora do que eu ganho num dia de trabalho e eu também puxo muito pelo corpo, sem a mais valia de um médico e um massagista sempre em cima de mim!!!

Mas isto para falar dos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo inteiro, em geral, e na Suíça, em particular.
Não merecem o país que têm.
Qualquer canto se vê uma bandeira. Todas as casas de portugueses têm, no mínimo, uma bandeira pendurada (a minha mãe, mesmo contra a minha vontade, tem uma na janela). Todas as firmas, que têm portugueses a trabalhar para eles, têm as carrinhas engalanadas com bandeiras. Os carros particulares, as motas, as roupas... a bandeira verde e vermelha supera todas as outras, inclusivamente a da cruz branca.

Os portugueses orgulham-se em ser do "jardim à beira mar plantado", fazem de tudo para o demonstrar. Mas eu cá cho que são uns otários por o fazerem.
Eles arrepiam-se quando ouvem o hino de um país que os empurra para fora de casa.
Eles vestem a camisola de um país que quer os francos, os euros, os dólares, as libras que eles ganham, mas que não lhes dá garantias nenhumas para o caso de, por exemplo, a sua casa ser assaltada quando estão a suar as estopinhas para depois ir investir no rectângulo.
Eles ficam todos babados por qualquer coisinha de Portugal ignorando que são alvo de gozo e de inveja dos que não se atrevem a mexer-se para mudar.

É que mesmo havendo muitos bacocos, que vestem branco de alto a baixo, que se põem a falar francês quando não sabem sequer escrever bonjour, há muitos que não merecem ser metidos na mesma caixa, simplesmente porque não têm o mesmo rótulo.

E se os emigrantes portugueses conseguem construir casa, comprar carro caro, viajar, etc. e tal, não é por estarem a cantar à porta do metro de Paris. No cimo dos Alpes, sejam eles na parte suíça, francesa ou italiana, só há neve. Quando a neve derrete, só escorre água pelas montanhas. Os francos ou os euros que nos aparecem nos bolsos, só nos aparecem porque primeiro deixámos o coiro na fábrica, no estaleiro das obras, no chão esfregado, na água suja de uma pia da cozinha de um restaurante...

Vendo bem as coisas... não são os portugueses que não merecem o país que têm. É o país que não merece as pessoas que tem.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sempre que oiço o início desta música, lembro-me de Itália. Esta semana, lembrei-me da música, que já não ouvia há muito tempo.



E uma coisa que eu nunca tinha ouvido era esta versão mix de uma música tão antiga...
Parece que está na berra por lá.



Das musicalidades, só me falta agora ter tempo para analisar a tarantella, que me pareceu bem divertida.

Pequenos grandes pormenores

Os italianos são conhecidos por dominarem a moda, por se apresentarem impecavelmente bem vestidos, por terem atenção aos mais pequenos detalhes, mas... falta-lhes muita classe.
Esta semana estive na Puglia e na Calábria. Eram duas zonas de Itália que não conhecia. E, apesar de ter sido uma visita de médico, pude ver coisas muito bonitas, mas perceber como os italianos são uns porcos.
Aquela gente que parece que passou a roupa depois de a vestir, que combina a cor do verniz das unhas dos pés com o grampo do cabelo, não sabe deitar o lixo nos caixotes?!?!? Nunca em toda a minha vida eu pensei ver coisa tão porca. Conseguem superar em anos luz os portugueses, que eu já acho que são bem porquinhos.
Reciclagem?!?! Não há... Cestos do lixo a 2 metros?!?!? Muito longe... atira para o chão. E ali fica tudo, desde a beata do cigarro à garrafa de vidro partida, desde o jornal de ontem até ao frigorífico abandonado num olival qualquer longe da vista dos condutores, mas mesmo à frente de qualquer pessoa que viaje de comboio...

Cá acho que se eles perdessem mesnos tempos a verem-se ao espelho e demorassem mais a olhar para a estrumeira em que vivem, talvez conseguissem progredir um pouco mais...

there's no place like home

Já regressei de férias. Foi uma semana interessante e agradável. Estive com amigas que já não via há um tempo. Conheci novos sítios e novas pessoas. Fui à praia. Ah! O mar...
Mas nunca pensei que o regresso do reino bué bué longe me deixasse tão feliz. Quando atravessava os Alpes vinda da "bota" senti-me como uma criança no momento imediatamente antes de abrir as prendas de Natal.













Se há uns tempos alguém me dissesse que ver uma montanha nevada em fins de Junho me deixaria muito feliz, eu iria rir até rebentar...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

I'm a believer















Citando aqui o meu amigo verde, eu vou para bué bué longe. Não é um reino, mas o chefe de governo tem manias de rei.
Segundo o que eu li, vou estar na "Florença do sul". Se é ou não, não interessa. O que interessa é que esteja bué bué calor, porque na terra das vacas continua a chuva. E está frio. Hoje fui trabalhar com t-shirt, camisola e casaco, quando noutras alturas vou só de t-shirt. O aquecimento está ligado (F@£#!!!)... quase uma tragédia grega!


Apetece-me tanto...

Máis grande

domingo, 13 de junho de 2010

Geração do amor

Há quem diga que o vídeo matou a estrela de rádio, há quem diga que a realidade matou a estrela de vídeo...

Não sei quem tem razão, se é que alguém tem razão nisto. Só acho que o vídeo é bonito, mostrando que nem tudo é mau nos EUA e que sonhar é muuuuuuito bom.

Clichês

Segundo o meu patrão (das flores, já que tenho mais patrões!!!), este Maio foi dos piores (se não o pior mesmo) da história da empresa. Tudo porque choveu 99,99999999999999% do mês.
É que os dias cinzentos foram tantos que parecia que nem as plantas tinham cor!!!!!
Em Junho a coisa acalmou (muito ligeiramente, pois hoje já choveu torrencialmente) e deu para ver flores bonitas.
Não sei porquê, este ano há muitas rosas vermelhas. Roseiras que trepam paredes carregadas de flores bem farfalhudas. E apesar de eu não ir muito à bola com as rosas vermelhas, porque são demasiado lugar-comum, não consigo deixar de abrir uma excepção para esta tentativa de Primavera.
Esta vejo-a todos os dias de manhã quando vou tomar o pequeno-almoço. O vizinho tem um amor por um cantinho de terra por trás do meu prédio que investe lá energia como se fosse um latifundiário. Esse amor reflecte-se nesta beleza muito bem tratada.


sábado, 12 de junho de 2010

Ora esta...

Parece que uma selecção de futebol qualquer chegou atrasada para uma cerimónia qualquer por causa de um elefante qualquer. Desde quando é que um elefante à solta na África do Sul é notícia?!?!?

É porque não conhecem a Sabu...

No Domingo passado andou uma 'elefanta' a passear-se pela cidade de Zurique e a tomar banho no lago.
Normalmente vou tomar café para aquelas bandas depois do trabalho. Como sou um animal de hábitos, passo sempre na Bahnhofstrasse, e adoro sentar-me à beira do lago naquela zona. Mas no fim-de-semana passado tinha outros planos e acabei por perder este espetáculo assustador, hilariante e surreal...

Isto sim... isto é que é notícia (fotos giras do banho)...

Preço por PAX

Nunca percebi por que raio as diárias dos hotéis têm preço por PAX. Por paz??? Porque não por pessoa? Ou abreviando... por PES.?? É para não confundirem com o jogo?? Bem... isso não interessa nada agora. Mas como vou falar de hotéis e diárias...

Pois bem. Estava aqui descansada a ouvir a algazarra do churrasco dos vizinhos e aproveitar o Sol de fim de tarde quando ouvi no telejornal a notícia BUÉ DA IMPORTANTE sobre os preços das diárias dos hóteis das diferentes selecções de futebol presentes no Mundial da África do Sul. Honduras é o país mais poupadinho, gasta 105 euros por PAX, por dia. Quê?!?!?!?!? Isso é realmente importante nas nossas vidas?? Ou é uma forma de nos deixarem ainda mais deprimidos face à crise que não podemos sustentar???

Qualquer dia falam da marca das cuecas dos jogadores. Quer dizer... de alguns... porque o CR e o Beckham... já se sabe... vestem Emporio...

vícios

Por mim, passava a vida a ver publicidade. A analisá-la como fazia com os romances na faculdade. O porquê de uma imagem. O público alvo. O jogo de palavras. A combinação do som com a imagem, com as palavras e com o produto. Se está bem concebida. Até que ponto me convence. Até que ponto é má, do estilo: "Oh! Meus amigos... que coisa tão básica!" Ou então se é mazinha, do estilo: "Oh! São uns safadinhos... do que se foram lembrar agora!".....

O meu irmão foi descobrir o primeiro vídeo a um baú qualquer. É a publicidade mais antiga de que me lembro, a não se que uma do whiskey JB, que eu procuro há anos, seja mais antiga. Como eu achava fascinante beber café à beira mar enquanto se via o nascer do Sol. Qer dizer... só facto de o Sol nascer do lado do mar... já era fascinante para mim que só tinha visto (e ainda hoje é assim) o pôr-do-Sol no mar...

As outras foram no seguimento. É que os vídeos do youtube são como as cerejas...







sexta-feira, 11 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pois não, não és só isso...

Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!

*

Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há "papo-de-anjo" que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para ó meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.

Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...
Alexandre O'Neill

Ouvi há coisa de minutos: "[qualquer coisa que foi cortada] não é só comer bacalhau, não é só ser religioso. É ter orgulho em ser português." Eu pergunto: Mas afinal o que é ser português? Não me venham com a história do fado, dos descobrimentos ou da saudade.
Fado não enche barrigas (os fadistas não contam). Se é para descobrir... vamos descobrir Neptuno, porque a coisa das caravelas já está meio para o anacrónico. E saudade... isso é muito bonito para se dar nas aulas de Português, para se ensinar a estrangeiros (a ver se consigo fazer isso em alemão amanhã com o I.!!!!), mas não é a saudade que nos faz andar para a frente. A não ser que tenham saudade do IVA antigo. Isso já compreendo, mas isso é fácil de resolver. Nas próximas eleições não votem em quem lá está agora (que por acaso estava com uma tromba quando a Eunice Muñoz recebeu o título de grande oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Da realidade e da ficção















São quase 22h. Estão 20 graus. Sentada na minha varanda de um terceito andar, aproveito a réstea de luz do sol. Aproveito também para ver uns emails e para escrever sobre um pensamento que me ocorreu quando regressava a casa...

Nesta altura o trigo e a cevada já têm mais de 50 cm de altura. O cereal está verde, mas faz um efeito bonito quando é soprado pelo vento.

Hoje, na descida de um planalto vi como o vento passava a sua mão suave e carinhosamente sobre as espigas. E daí os meus pensamentos voaram para os livros que tenho lido ao longo da minha vida.

Quando era miúda tentava recriar as histórias que lia. Sei que havia um texto num livro da escola primária que se chamava algo como "Ana e os anões". Ela fez uma casa numa raiz de uma árvore. Forrou-a com musgo e com paus fez a porta. No pátio da minha escola havia uma árvore enorme (um vimeiro que foi cruelmente cortado) com um buraco entre as raízes. Convenci o meu melhor amigo da época a construir a casinha para os anões. Só a porta foi um fiasco. Faltava-me a linha para prender os paus uns aos outros.

Mais tarde, também no livro de Língua POrtuguesa da escola primária, li o texto com o nome "O Cacho de Uva". Nunca me esqueci de Branca, que era o contrabalanço no alforge (palavra esquisita, difícil de dizer e impossível de entender para uma miúda). Havia um burro com um nome engraçado, Platero. Já na faculdade, li o livro de Juan Rámon Jiménez, mas a loucura de procurar um cacho dourado esquecido foi vivida durante várias vindimas muitos anos antes. Não eram uvas douradas, não tinha um burro com dentes grandes para as partilhar, mas sentia-me a quinta criança do texto.

Ao deixar os meus olhos seguirem o correr daquelas ondas em terra e os meus pensamentos voarem mais alto que as nuvens, percebi que nos dias de hoje uma criança, em Portugal, dificilmente se imaginará a Ana do texto da escola ou um acompanhante de um burro.

Os burros estão em reservas. As searas de trigo, se as há, serão só vistas por alguns, apreciadas por muito poucos. Os agricultores são cada vez menos, os campos estão ao abandono. Quantos adolescentes sabem o que é esconder-se no meio de um milharal e ficar todo cortado pelas folhas? Ver os pescadores a chegar da faina (O que é isso?)... onde?
E isto sem falar dos meninos da cidade que pensam que o leite é mungido (Quê?!?) no supermercado, directamente para o pacote.

Não quero dizer que todos devam passar por experiências como as minhas. Não quero dizer que hoje não haja outras realidade que me vão escapar por completo e que os mais novos vão dominar como ninguém. Mas quantos são capazes de se deitar na erva (relva não conta) fresca a observar as nuvens a passar?!?
Não sei explicar... se eles têm que ler O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, é justo que eles saibam pelo menos onde dormem as andorinhas... não?

Agora vou tomar um duche e dormir. Amanhã tenho prova de alemão e de certeza que não me vai aparecer (muito infelizmente) nenhum excerto da descrição do Ramalhete, nem "Ninguém!".

terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu tenho muitos...



Ando há que tempos para ver se o raiio do filme sai em DVD... :S

Colocar o volume bem alto, para se ouvir a doçura do violoncelo.

Bons Sonhos!

Atrasada...

Mas é mais forte do que eu...

E apesar de já não termos nada disto para vender, com excepção de um resto da terceira foto, aqui ficam:
- Lewisia. Há pelo menos flores brancas, laranja e rosa. A flor é muito bonita, mas a folhas... coisa mais feia... principalmente quando ficam meladas... :s
- Lithodora (em alemão: Steinsame). São bonitinhas. Ficam bem a cair em cascata num muro de pedra.
- Verbena. Há muitas cores: Rosa, azul, branco, vermelho, burgundi, sim... a parecer com Burundi e que não passa do que nós chamamos cor de vinho. O mais estranho neste nome é o facto de o ano passado se chamar purple.
- Alcaleia (foto 4 e 5). Muito bonitas, mas que poderiam ser uma prga em climas temperados...















domingo, 6 de junho de 2010

Como já estava com saudades...

Tem-se uma sexta assim:














E depois regressa a chuva... :(



sábado, 5 de junho de 2010

I. e a música tradicional portuguesa

Lusitânia Playboys foi o último CD que comprei antes de vir morar para a terra das vacas. Faz agora dois anos. Estava calor. Já sofria de saudades sem ainda ter saído de Lisboa. Nunca fui à Afurada, mas vejo os estendais quando escuto a música. E sinto-me um dos putos que rouba maçãs. Acabei de agarrar a maçã vermelha com veios amarelos e verdes que denunciam a acidez do pomo. Corro com ela na mão. Sim, é uma fuga ao dono do pomar. Mas é também a excitação da conquista.

Ontem tivemos a festa da firma. Fiquei sentada ao lado do I.. Um alemão muito simpático, mas reservado. Durante o jantar perguntou-me se havia música tradicional portuguesa. Um outro comensal falou do fado. Tentei explicar. O fado não é o que mais gosto, logo não sei explicar muito bem. Em alemão ainda mais difícil é.

Amanhã trabalho no turno da manhã. A única coisa que devia estar a fazer neste momento era dormir. Mas por causa da conversa com o I., dei comigo a procurar músicas, a re-ouvir coisas, a re-sentir coisas que eu pensava que estavam na gaveta encravada do fundo.

É Junho, hoje esteve bastante calor. Faz-me falta descer a Av. das Forças Armadas a pé à hora de almoço. O comboio para o Tamariz. A esplanada cheia do Luanda. A Av. de Roma em hora de ponta. A piscina do Areeiro. O Quarteto e o "Big Ben" do cinema Londres. O cheiro das tílias da Av. da Igreja.



E isto que não gosto de fado. Se gostasse, o que mais me faria falta?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Insecto de Junho

Hoje de manhã, quando saí da cama e olhei para a rua, vi, mesmo sem óculos, que tinha estado a chover. Fui à casa de banho e percebi que o aquecimento estava ligado.
Cá acho que o mês de June está com um bug qualquer... Quero a Primavera...