segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BuuUuUuuuuUuuu....

Esta semana li num blog de uma mulher que vive na Suíça há relativamente pouco tempo (pelo menos pareceu-me) que o Carnaval era assustador. Que era barulhento. Que mais não sei o quê.

Se eu visse uma máscara daquelas numa noite de Agosto ou Setembro talvez me assustasse de morte, mas nesta altura do ano não. É normal elas circularem um pouco por toda a parte...
Acho que a senhora não sabe isso, nem deve saber o que significam... a máscara não é só uma forma de esconder a cara para se dizer e fazer o que se quer de forma impune. A máscara serve também para espantar o demónio, para enganar o demónio, para não se ser perseguido pelo demónio... Claro que nos cortejos eles fazem tropelias, mas lá está... as tropelias fazem parte do processo de exorcismo dos demónios que chegam no tempo de morte que é o Inverno.

Também por isso o Entrudo começa no dia 11 do 11 às 11 e 11 (e o ano passado foi o máximo: o ano era... 11!!). O número onze tem diversos significados, mas tem sempre uma conotação um pouco negativa (eu não acho: nasci a 9 do 11).

Segundo li, há imensas teorias. Uns dizem que é o número do demónio. Uns defendem que é um número que "nem é carne nem é peixe", ou seja, é mais do que os 10 Mandamentos da Lei de Deus, mas é menos do que os doze apóstolos, além de ser o número final depois de Judas se ter enforcado (antes de outro apóstolo ter sido "eleito"). Por aqui diz-se que é o número do Narr, o bobo, o bufão, que pode ser descrito como vem na Wikipédia: Bufão é um tipo característico do grotesco. Existe desde a antiguidade, estando presente na corte, no teatro popular, sendo cômico e considerado desagradável por apontar de forma grotesca os vícios e as características da sociedade. O corpo do bufão caracteriza-se pela deformidade e o exagero, sendo o excesso uma de suas principais características. Vestia uniformes espalhafatosos, com muitas cores e chapéus bizarros com guizos amarrados. Isto lembra alguma coisa?!?

Sabendo tudo isto... como é que se pode achar o Entrudo uma coisa assustadora?? É um exorcisar dos demónios, é um afastar das vibrações negativas do Inverno para dar as boas-vindas à Pimavera, ao bom tempo, à produtividade...

E ao saber disto aqui, na terra das vacas, lamento por não perceber como funciona a coisa em Portugal. Porque é que em Podence o "diabo" anda à solta numa data e em Lazarim é noutra, porque é que uns andam com máscaras vermelhas, outros com elas por pintar...
Decididamente... tenho que me dedicar a estudar a coisa por cá e por lá...
Entretanto aqui ficam mais umas fotos do cortejo deste ano.
Tal como em Portugal ou na Alemanha, por aqui também há crítica nos carros alegóricos.
A foto do Bob, o construtor destaca o facto de haver uma obra por terminar há 20 anos. Eu também fiquei espantada!! Mas não sei onde fica tal fenómeno!!
Depois vemos a Grécia em saldo; o porquê de poder ser adquirida pela Suíça e como pode ser rentabilizada: 131957km quadrados de "terra nova"; 19 estâncias de esqui; combustível natural: azeite; 3027 ilhas para férias; muito sol e muito vento para desportos radicais e/ou produção de energia.
Nas duas seguintes vemos a crítica à construção de parques de estacionamento, ao exagero do número de carros, mas apresnetado uma solução de génio: parques de estacionamentos móveis (só me pergunto como funcionarão?!?)

Havia mais carros e havia mais "vítimas" de crítica: a produção de energia atómica; uns miúdos puxavam uns carrinhos onde apresentavam as energias alternativas possíveis na Suíça; e uma vez mais as dívidas, da Grécia, com o acrescento da Espanha e de... Portugal!!!  (se tiver possibilidade ainda as ponho poer cá!)




Olhar o passado para perceber o presente?

Já ouvi/li algures que sair de casa é a melhor forma de nos descobrirmos. Pode ser. O que é certo é que depois que saí de Portugal descobri coisas que não sei sobre mim e/ou sobre o meu país. Descobri o que gostaria de saber, mas que não sei como recuperar isso!
Quando era garota, muito antes de ler o Lendas e Narrativas, ouvi a história da Dama de pé de cabra na versão da minha aldeia, que nem sequer tinha esse nome e envolvia um velhote alcoólico que já tinha morrido há uns anos. Só sei que a coisa me impressionou tanto, mas tanto que, ainda hoje, tantos anos passados, me impressiona passar junto ao cruzeiro da minha terra. Nem com a análise profunda a alguns contos recolhidos pelo Herculano, nas aulas de literatura portuguesa na faculdade, em Lisboa, bem longe da aldeia... nem com isso! me passa o medo completamente irracional do sítio. Como este, há mais dois ou três sítios que eu evito, de dia ou de noite, sozinha ou acompanhada.
E apesar desta patetice estas crendices é uma das coisas que eu descobri que gostaria de ter aprendido e não aprendi.
A minha mãe é devota, sem ser beata, é crente, mas não vai em crendices. Isso fez com que as histórias de assustar e as rezas e mesinhas ficassem à porta. Como eu lamento... não tenho avós para me contarem as histórias ao borralho, os vizinhos não estão aí virados e aprender dos livros... além de não haver um livro sobre estas coisas na minha terra... não é a mesma coisa ler em papel e ouvir da voz de uma velhota com um lenço preto apertado debaixo do queixo, junto a uma lareira no Inverno ou à sombra de um pátio no Verão...
Lamento não saber quando se fazem certas coisas que dependem da Lua, como se deseja o bem e o mal, como se invocam os santos e os demónios, como nos protegemos do mau olhado... como e porquê se misturam rituais pagãos e cristãos...

Tudo isto porque um dos rituais que me tem atraído é o Entrudo de cá. Começa em Novembro e acaba em Fevereiro/Março, depende... da Lua! E para mim tem muita relação com os rituais pagãos que existem em Portugal. Não me refiro à Terça-feira Gorda, refiro-me às matrafonas, às bexigas, aos caretos, às arruadas que se vão vendo à solta no Inverno. Posso estar enganada... mas isto está mesmo tudo interligado e vai muito mais além das máscaras de madeira...

E porque me terei eu lembrado do Entrudo hoje?!? Simples: hoje foi o último dia do Entrudo por estas bandas. E eu fiz fotos. E vi muitos caretos... que inveja!!!!!!! Como eu queria ir ali com eles... :s
Alguns, como estes aqui, repetiram-se. Outros eram novidade. E agora que já entendo melhor o alemão e sei procurar e perguntar e tudo e tudo... compreendo melhor o Entrudo, percebo os porquês das datas e vejo a importância de tudo isto na Suíça (pelo menos na parte alemã) e na Alemanha.




sábado, 25 de fevereiro de 2012

Arte de rua

São considerados criminosos. São considerados uns seres à parte da sociedade. Há quem pense que todos consomem drogas. Mas para mim os grafitters não são propriamente isso.
Neste mundo há criminosos, sim! Mas também os há noutras áreas. E não é por pintarem paredes que o são. São-no porque não respeitam a propriedade privada, porque embadalhocam as paredes de edifícios com história, mancham as ruas de zonas típicas de uma cidade, como o Bairro Alto, ao abrigo de certa "arte" (que ninguém ouse dizer que isto é arte!!).

Eu sou defensora de que as câmaras municipais  disponibilizem espaços para este tipo de arte. Santa paciência! Quer queiram, quer não, é uma arte 'só' pelo trabalho que têm (eu não sei pintar com lápis, quanto mais com latas de spray e diferentes caps) e é uma coisa que está entranhada na sociedade de uma ponta à outra, pelos mais diversos motivos e desde há muuuuitos anos, só que com variações. Vejam os romanos, vejam os suíços, os alemães, o marido da Frida Khalo...

Por aqui a coisa funciona mais ou menos em ordem. Mais ou menos porque há sempre um esperto ou outro que gosta de fazer uns tags em sítios proibidos ou pintar comboios de alto a baixo (até que ficam giros, mas depois não se vê nada para a rua, porque eles também pintam os vidros). De resto... se é proibido e forem apanhados, não saem impunes. E se forem educadinhos têm spots para deixarem a sua arte fluir.

Um exemplo é este mural em Zurique. Primeiro que eu conseguisse chegar lá... eu passava de comboio por cima, numa ponte, mas as estações eram sempre muito longe dali. Depois descobri uma perto e... fiz estes cliques. Não me digam que não têm pinta!!
Reparem: há vários grafitters-karatecas pequeninos espalhados no mural, como se fossem o fio condutor do 'quadro'; também há espertinhos que gostam de destruir o trabalho dos outros (última foto); quando li o que está lá escrito pensei: sim, tu que pintaste por cima és um garnde arschloch (asshole)!

Nota: há aí uma data de termos (itálico) que pertencem a este mundo que podem ser descodificados neste artigo da wikipédia (eu li-os e posso afirmar que todos os que mencionei estão bem definidos por lá).







Só para que se saiba...

Nem o Camões disse que Portugal "é um jardim à beira mar plantado", nem o Tirol é na Suíça.

Quem diz o contrário ofende a memória dos dois poetas (o Camões e o Tomás Ribeiro) e ofende os suíços, os austríacos e os italianos...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

There's joy not far from here


Snow Patrol, this isn't everything you are

Todas iguais...

E depois há as características que irmanam cidades.
Sankt Gallen liga-se a outras cidades, pelo menos suíças, pelas construções em gaiola (post anterior), pelos 'graffitis do antigamente' e pelas tabuletas...




Todas diferentes...

Cada cidade tem uma característica que a diferencia da outras, não é mesmo? A luz de Lisboa, os canais de Veneza, as sete colinas e as sete vias de Roma, as ruínas de Atenas, os neons de Las Vegas, o metro de Moscovo, os nove milhões de bicicletas em Pequim... e as sacadas de Sankt Gallen...

Nota bem: as últimas duas não são iguais!!! :p





São Galo

Não, não é nenhum galinácio que foi promovido a santo. É mesmo o nome em português de uma cidade e respectivo cantão que deriva do nome do Heiliger (santo) Gallus.
Reza a lenda que durante uma noite em que o monge Gallus estava acampado com um outro monge, apareceu-lhe um urso. Em vez de se assustar, ele pediu ao urso que, em nome de Deus, fosse buscar lenha para a fogueira. O urso assim o fez, recebendo em troca um pão. Quando Hiltibod (o outro monge) acordou disse a Gallus: Agora sei que o Senhor está contigo, porque até os animais da floresta obedecem à tua voz.
Por isso, podemos ver o urso nas armas da cidade. Cheguei a pensar que o facho do brasão do cantão tinha a ver com essa recolha da lenha. Afinal tem a ver com política e representação do Direito.

E como seria de esperar, tal como em outras terras com santos importantes, a cidade de Sankt Gallen (nome alemão para cidade, cantão e santo) tem uma catedral. Simplesmente estonteante!

Associadas à catedral existem algumas curiosidades que eu gostaria de destacar:
* a igreja original era românica, mas não sobreviveu. Depois construiu-se a catedral barroca que, em conjunto com o bairro onde se insere e a biblioteca do mosteiro, é Património Mundial da UNESCO;
* normalmente as torres de uma igreja são "por cima" da porta principal, que por sua vez fica oposta ao altar, neste caso não acontece nada disso: porta principal é lateral (em relação ao altar). As duas torres ficam "por cima" do altar;
* a bibliteca foi criada na abadia no século IX e tornou-se um centro de cultura e ensino muito importante (essa eu já sabia antes de a visitar, tive um professor na faculdade que falava na biblioteca todas as aulas!!!). É uma coisa linda de se ver: o chão é trabalhado, as paredes são forradas com estantes trabalhadas e cheias de livros; pode ver-se lá uma múmia e os respectivos sarcófagos (não sei quem é, porque aquilo me dá arrepios e das vezes que lá fui não me consegui aproximar para ler a informação :s) e, agora, a reprodução do globo da dor de cabeça entre a cidade de Zurique e de Sankt Gallen: o St. Galler Globus (um globo que tem o mapa terrestre e o astral, uma obra de arte espectacular, com uma história engraçada, mas para contar noutra altura);
* para se andar na biblioteca temos que calçar uns chinelos gigantes por cima dos nosso sapatos. O que recomendo é que deslizem e não tentem caminhar... é que pode ser traiçoeiro... :D
* apesar de eu gostar muito desta biblioteca e de reconhecer o seu valor no que diz respeito às Belles Letres, eu acho que a Biblioteca Joanina em Coimbra é muuuuuito melhor (não me vão acusar de anti-nacional!).

Bem... no fim de tanto palavreado, vou aqui colocar algumas imagens do interior da catedral. Na biblioteca não é permitido fotografar, mas eu deixo uns links. ;)
Fotos: Nave principal; altar-mor; confessionário; púlpito.
O texto está em alemão, mas não interssa, aqui podem ver uma foto da biblioteca e uma imagem aérea da catedral.
Aqui podemos ver as Pantoffeln (pantufas) da biblioteca.




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Orgulho nacional?!?

Eu tinha esperança que fosse um belga ou outro de uma nacionalidade qualquer, mas não. Tinha que ser um português a tramar outro português. Já está mal aproveitarem-se da fraqueza da pessoa (o desemprego) e não declararem os empregados. Mas isto... abandonar uma pessoa como se fosse um cão sarnento?!?!
Espero que todos os intervenientes neste caso macabro apodreçam na prisão. E os outros, que foram apanhados nesta teia, que aprendam: lutem pelos vossos direitos, pelo trabalho declarado. Porque se tiverem que morrer de um acidente de trabalho, ao menos que morram com dignidade e não como um bicho.

Senhor primeiro... ponha os olhos nisto (Seja caso isolado ou não. Sinceramente, duvido que o seja.) e veja ao que nos têm obrigado tantas politiquicess ao longo de tantos anos...

Ainda há dias ia sendo crucificada por estar a dizer que a Suíça pode ser tão interessante como Portugal ou outro país qualquer. Falavam-me em orgulho por Portugal e pelos portugueses. A sério?!? Com exemplos destes, quase que quero ser daquelas coreanas que choraram baba e ranho no funeral do chefe de estado delas!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Impotência

Já por aqui disse que deixei de ver/ler notícias com regularidade. Ou porque me dá vontade de bater em alguém com certas aberrações que me "aparecem em casa" ou porque as notícias são tão tristes que eu fico deprimida e não consigo dormir.
A semana passada deu uma reportagem que eu não vi, nem sei bem porquê, mas a minha mãe ficou tão impressionada que ma relatou da melhor forma possível (isto é, com muitos pormenores). Eu devia ter-lhe dito para se calar, mas achei que ela precisava de falar e que, por ser de forma indirecta, a reportagem não me iria afectar. Quanta ingenuidade!!

Falava-se dos portugueses com problemas na Suíça. Mostraram dormitórios onde portugueses dormem com asilados de outras latitudes. Falou-se do problema da língua, que é um entrave enorme na procura de trabalho ou de, pelo menos, ajuda. E alguém disse que teve que ir ver, para crer, os homens que dormem na estação de comboio de Zurique. Eu achava que não ia ficar muito afectada, mas hoje percebi que não é nada disso.
Inscrevi-me num curso de francês à noite, uma vez por semana. E é em Zurique. Assim, todas as Terças-feiras, por volta das 19h15 chego à estação principal e por volta das 21h45 regresso a casa. Hoje, mal saí do comboio, comecei a olhar para a estação de forma diferente. Parecia que procurava algo fora do normal. Quando me apercebi que procurava sinais de alguém abandonado, a precisar de ajuda. Era cedo demais para tal. Mais tarde, a estação estava mais calma, como é habitual, mas os sinais de pessoas a quererem dormir também não estavam lá. No entanto estava uma coisa horrorosa: o frio.
Algumas estações de comboio têm como que uma salinhas de espera com aquecimento. Mas eu acho que a de Zurique não tem. Quem dormir ali tem tanto frio como se estivesse numa berma de uma estrada.

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, não olhei para a estação de Zurique com bons olhos, como  algo apelativo e vim o caminho todo até casa a aguentar as lágrimas.
Eu sei que há sem-abrigo em todos os lados e sempre me impressionou vê-los qm qualquer parte por onde passei. Mas ser sem-abrigo assim... deve ser bem pior. Há sem-abrigo que fizeram más escolhas e por isso não têm nada e desses, lamento!, não tenho muita pena. Mas a mairoia dos que por aqui andam vieram porque teve que ser. Porque já não havia esperança no "jardim à beira-mar plantado", porque ainda tinham esperança noutro sítio. Essa esperança, por algum motivo vai sendo tirada a pouco e pouco.

Imaginem-se sem amigos, sem a família, sem saberem falar a língua para pedir ajuda, sem trabalho e sem casa. É uma merda, não é? Agora juntem os 4 graus negativos que estão em Zurique neste momento...

Quiseram tirar o Carnaval porque é preciso trabalhar. Recomendaram a emigração. Se soubessem o quanto custa sem ter privações... estavam caladinhos e mandavam esses merdosos com nome de bebida russa dar uma volta. Se sonhassem como é com privações... então nem sei bem o que poderia acontecer de positivo para o nosso país.

Se vocês soubessem como me sinto triste por saber que neste preciso momento está gente a tentar não morrer gelada a 26km de mim e não eu sem poder fazer nada... vou tentar dormir.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

20 mil euros?!?!

Eu li esta notícia e fiquei parva...
Ele não fez a melhor coisa...era lixo. Mas se analisarmos bem... não é lixo radioactivo; era um caminho agrícola; e, caramba... até estava ajudar toda a gente!!!

Analisando ainda mais aprofundadamente: ele retirou tudo no mesmo dia.
Eu pergunto: e as empresas que continuam a empilhar entulhos por todo o lado? E as pessoas que deixam os frigoríficos e fogões velhos espalhados por todo o lado? E as pocilgas que continuam a descarregar para os rios (nota: nestes casos não há nenhuma volta a dar)?
Vá... que lhe queiram dar um castigo... até compreendo (mais ou menos... era entulho inócuo!). Mas para isso aplicavam-lhe uma pequena coima (não é um crime daqueles... e, repito, ele retirou tudo), davam-lhe um trabalho na câmara a limpar/arranjar as ruas e descontavam-lhe um x por mês do ordenado...
Uma vergonha!!

Fonte: Mundo Português, 10 Fevereiro 2012

Rheinfall como num conto de fadas

A queda do Reno (Rheinfall) é um espectáculo da natureza que não se deve perder quando se vem para estas bandas. Normalmente é o primeiro lugar onde levamos as visitas que aparecem por cá (fica perto e no primeiro dia de visita nunca saímos de casa antes da meia tarde).

Mas concretizando um pouco: o Reno tem uma depressão no seu leito numa zona entre Zurique e Schaffhausen que atrai muitos turistas e loucos. Pode ser vista do lado de Zurique e do de Schaffhausen, sendo que os mais corajosos podem ir até ao cimo das rochas que estão mesmo no meio da queda. Faz-se uma pequena viagem de barco até lá (às vezes, o barqueiro tem tantas dificuldades em chegar ao cais que desiste de atracar) e ainda se pode subir por uma escada mesmo até ao cimo.
A média do débito do caudal é de 600 metros cúbicos por segundo no Verão e de 250 no Inverno (não, não me enganei, nesta zona, os rios andam ao contrário: menos água no Inverno, mais na altura do degelo, ou seja, Primavera/Verão) . Estar por cima do deque de observação pode ser uma experiência estonteante: se fixarmos o olhar na água que corre por baixo de nós podemos perder o equilíbrio e cair devido à velocidade da água que nos "hipnotiza".

Como a queda de água tem cerca de 15 metros, podem imaginar que há muitos salpicos na zona... no Verão há sempre uma nuvem enorme na zona: salpicos e evaporação... ficamos todos pegajosos. :D
No Inverno... é possível fazer fotos magníficas como esta. Vinha num jornal da semana passada e eu tentei procurá-la na página deles, mas como não achei... aqui fica uma digitalização. Na caixa diz que estavam 14 graus negativos nesse dia, o que provocou este aspecto de Wintermärchen (histórias de encantar de Inverno).

Foto: 20minuten

domingo, 19 de fevereiro de 2012

nothing to lose

fire away
            fire away
                        ...
                          i'm titanium

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E a fechar...

Stein am Rhein tem algo em comum com Lisboa. Nesta há o Castelo de São Jorge, naquela o Kloster St. Georgen. Embora pareça, não é a mesma coisa. É o convento ou mosteiro de São Jorge.
Estas últimas fotos foram tiradas junto a este pequeno mosteiro. Bem à beirinha do Reno, onde se podem ver umas ilhotas (será que é por isso que se chama "pedra junto ao Reno"?!?).

A primeira foto foi tirada no Fischmarkt (mercado do peixe), uma praça minúscula que não me parece que sirva mesmo de mercado...




Aproveitando o lusco-fusco das fotos, vou dormir. Amanhã ou depois passo por aqui para postar mais algumas coisas giras. ;)

Mix

Mais gaiolas, mais uma tabuleta e uma estátua muito gira. De repente, não parece que o gato quer entrar na loja de artesanato?!?





Gaiolas

É uma estrutura muito comum por aqui. E a parte mais engraçada é que, de cidade para cidade, podemos ver diferenças na construção da casa em gaiola. Algumas diferenças são mesmo muito grandes, e vão desde a cor à posição da madeira, passando pela distância entre traves.
Estas casas são tortas com o raio, mais velhas que sei lá o quê, mas estão aí para durar. Pois há orgulho e brio para manter este património. Património vivo. Isto é, casas que são usadas por comuns mortais e não mantidas como museu de uma época remota!





...mesmo...





há-as em todo o lado...

Se houver uma cidade onde eu for e não tirar fotos a pelo menos uma tabuleta... das duas uma, ou não há ou eu estarei a ficar louca! :D

Nestas andanças, eu e a Sa. apercebemo-nos que a águia é um animal importante por estas bandas. Há sempre uma loja, um restaurante ou uma pensão chamada ou relacionada com Schwarzer Adler (águia preta).

                                           




Sobre a gratidão...

...era chamada pelos homens e dos animais antigamente conhecida.
tornei-me hoje rara, honra-me a arte do Sul e do Norte.

É mais ou menos isto que está por cima de uma porta em Stein am Rhein. No seguimento, encontram-se várias imagens com frases alusivas à ajuda, ao agradecimento, ao cuidado de outras vidas. Achei espectacular, por isso deixei num post só (eu sei que as imagens estão estranhas, mas a luz já não ajudava e aqui a otária esqueceu-se que o flash já foi inventado!).