A lei do álcool que vai entrar em vigor em Maio, em Portugal, já existe por aqui há muuuuuuito.
Dos 16 aos 18 bebem vinho e cerveja. Só a partir dos 18 podem beber espirituosas e alcopops (aquelas vodkas com sabor a não sei o quê e por aí fora).
Ah porque os miúdos podem continuar a beber sem parar. Mas será que ninguém se apercebe que apanhar uma bebedeira de vinho ou cerveja não é o mesmo que apanhar uma bebedeira de vodka?!?
Vários motivos ÓBVIOS! Toda a gente sabe que as bebidas destiladas são mais prejudiciais à saúde do que as fermentadas.
Depois, para se beber o mesmo teor alcoólico de vinho e de vodka bebem-se diferentes quantidades de liquído. E isso faz duas coisas, que o estômago se queixe mais cedo ou mais tarde que está cheio, esvaziando de alguma forma. E outra... enquanto vão fazer um xixizinho, principalmente da cerveja, não estão a beber...
A proibição em relação aos horários... é parcialmente indiferente. Eles compram noutras horas. Mas no caso de aparecer mais gente do que a conta para beber ou num dia em que não se precaveram... o risco de bebedeira forte é minimizado, nem que seja só um pouco.
Agora, os intervenientes na história é que têm que ser responsabilizados:
- os pais, em primeiro lugar. Um adolescente pode ser insubordinado, irresponsável. Os pais têm que educadar, formar e responsabilizar os filhos pelos seus actos: fazes merda, ficas de castigo. À séria!
Os pais têm também o dever de ver se os filhos vão realmente fazer a festa do pijama a casa dos amigos. Por fim, os pais têm a obrigação de não deixar crianças de 12 anos andar na rua a partir de certa hora.
- os donos dos estabelecimentos. Deveriam colocar a mão na cosnciência, pensar como se sentiriam como seria com os filhos, os sobrinhos, os netos deles. Se não tiverem consciência, ao menos que seja pelo medo das multas, da perda de licença. E se pensarem bem, garotos bêbedos a vomitar em todo o lado, a destruir tudo... não atrai clientela!
- os inspectores. Uma loja que dava um jeito enorme no sítio onde cresci foi fechado pela ASAE, por minhoquices. Mas isto de correr os bares a ver onde anda a ilegalidade, a irresponsabilidade, a cegueira dos lucros e a estupidez da adolescência... isso não, que dá trabalho!
- os professores, educadores. Sim, os professores são para ensinar, não para educar. Mas se lhes aparecem miúdos constantemente alterados na sala de aula, de vez em quando dar umas dicas, não fica mal a ninguém!
- os jovens, os adolescentes, as crianças... o meu irmão considerava-se um homenzinho quando lhe dava jeito, quando tinha que fazer a cama, chamava a minha mãe de ditadora ou algo do género. Era hilariante ver aquele meia-leca/bola em idade de infantário a esticar-se todo e a dizer oh mãe mas eu já sou um homem. Todos (não acredito em excepções neste caso), em algum momento da vida nos comportámos assim. Dependendo das consequências, podemos relevar ou bater de frente com o adolescente e levar a nossa adiante. Se de pequenino se torce o pepino, os meninos têm que aprender desde cedo que os actos têm consequências e que as consequências podem ser sérias.
Sim, eu sei que a Vida não é tão linear. Mas... antes de implicarem com a lei (não sendo a melhor, também não é a pior), olhem para dentro de casa, do escritório, da sala de aula e vejam o que andam a fazer com os vossos filhos, com os vossos clientes, com as vossas inspecções...
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