sexta-feira, 6 de abril de 2012

Odeio quando me dizem: não adianta!

Ser médico por estas bandas não tem nada de engrandecedor. No entanto, ser economista ou professor é coisa de nos porem uma passadeira vermelha à frente dos pés e é coisa para dar um salário para cima de um dinheirão.

Considero que ser professor (e não estou a puxar a brasa à minha sardinha) é coisa de se louvar. Até parece que os senhores doutores médicos (como se eles tivessem mais grau que os outros licenciados) não precisaram de professores... parece que são uns iluminados que vieram da barriga da mãe a saber ler e escrever, contar e desenhar e que só precisaram de estudar na faculdade de medicina...

Apesar de achar que merecemos mais respeito que nos dão, não nos acho como deuses superiores que mereçam reconhecimento acima da média. Acho que o salário justo, as palavras justas, os horários justos são suficientes para um professor se sentir bem.

Mas, ao que parece, há muita gente que vai para a sala de aula à espera de receber um reconhecimento qualquer. E como não recebem essa coisa subjectiva que não consigo identificar... acham que não adianta esforçarem-se por fazer cada dia melhor.

A mentalidade portuguesa dá-me cabo do sistema nervoso... Como eu não sou reconhecido/a com algo de valor, não me vou esforçar, porque não adianta, posso ficar sentado à sombra da bananeira, só faço as acções de formação que me foram impostas só porque me foram impostas, porque se não fossem eu mandava-os dar uma volta... E por aí fora...

Se estavam à espera de vida fácil dedicavam-se a arrumar carros (que também há-de ter as suas dificuldades) ou casavam-se com alguém podre de rico. Se querem medalhas... os Jogos Olímpicos estão aí... candidatem-se!!

Sem comentários: