domingo, 22 de abril de 2018

Da América, com amor

Duas velhotas bem gordas, lésbicas, do Illinois. Tiradas de um filme cliché qualquer. Vão fazer um cruzeiro. Não querem cheirar mal no cruzeiro. Ficam num hotel numa área da moda da cidade. A sério? Mas eu já não aguento muita farra. Agradecem por eu colocar a morada certa numa folha. Temos que ir à alfândega declarar o tabaco. Sim. Eu não tenho quem me pague a fiança. Muitas piadas engraçadas e gargalhadas francas. Perguntam-me se sigo os famosos americanos. Digo que sim, só para ser educada. Ah então tenho uma coisa para si. E vai a correr à mochilla. Estas duas obras primas da literatura. Levei-as para casa. Até porque um colega meu folheou-as e tem um artigo de viagens que parece interessante. No entanto, nada disso tem importância. Só o sorriso e a boa vontade com que me foram dadas já valem por tudo. E na realidade eu só fiz p que me competia: fazer um relatório de malas perdidas.


Uma mala chegou e a outra não. Telefonei para acertar a entrega da mala, pois o hotel tinha sido mudado. Muitos agradecimentos e palavras meigas. Entretanto eles mudaram de hotel outra vez e foram ao escritório para mudar a direcção para entrega da segunda mala. Eu não estava, mas a P. atendeu-as com a sua simpatia. Resultado: Como é que você se chama? E a sua colega? Escreva aqui. Muito obrigada. E dê um cumprimento very warm à Luísa.

São estas as coisas que me fazem esquecer as coisas más que quase me levam à loucura.

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