Ontem fui controlada no comboio. Durante anos usei aquela linha e nunca me chatearam, agora chego a ser controlada duas vezes ao dia. Como tinha o passe em ordem... não me preocupei, mas é sempre chato interromper a leitura pro causa destas cenas.
No banco à minha frente iam duas estrangeiras. Uma sacou do passe anual e apresentou-o à pica.
A outra... ai a outra... Ela tem aspecto físico de quem é da Eritreia ou ali perto. Com lenço na cabeça a demonstrar que era muçulmana. Um semblante afectado que dava dó, dava vontade de pegar nela e abraçá-la. Quando viu que havia controlo, olhou para dentro da mala e não se mexeu. Quando a controladora apareceu tentou dizer em alemão que tinha esquecido o porta-moedas. Não conseguiu. Foi a amiga que esclareceu a coisa.
Tinha que se resolver a situação e só faltou à controladora fazer o pino para tentar comunicar com a mulher porque ela não falava alemão, mas também não parecia muito interessada em fazer-se entender... A controladora, no desespero, virou-se para a amiga e usou-a como tradutora. Sempre a sorrir, a controladora deu uma caneta e um pequeno formulário para a mulher preencher. E agora vem o mais engraçado...
Ela preenche o papel, devolve o bloco dos formulários à pica e mete a caneta na mala. A controladora, sempre a sorrir, fica a olhar para ela. Como ela não se mexesse, diz-lhe: a caneta é minha. mas eu acompanho-a (elas iam sair naquela estação de comboio). A gaja que até ali não tinha dito uma de jeito, vira-se e diz num tom trocista que a pica já não deve ter ouvido: oh Schade!. (Oh que pena!)
What the f***?!?! Resumindo: Ela não tem o passe. Ela (porque não sabe ou porque não quer) não consegue comunicar com a controladora. A controladora é simpática e educada com ela. E ela tenta roubar-lhe a caneta e ainda goza com a situação?!?!
Depois não querem que os suíços não se passem... Convenhamos... eu detesto pagar impostos para sustentar esta gente... têm azar no país deles? tenho pena, respeito e não me importo que venham para cá. Mas assim... é uma caneta, mas... a índole está lá.
Agora chamem-me radical, racista e tudo o que quiserem. Mas... só gostaria de saber quantos não se importariam de sustentar este tipo de pessoas... É que este é só um exemplo. Porque se eu um dia resolver falar da minha vizinha do rés-do-chão e dos seu amigos... vê-se que a croma de ontem, infelizmente, não é um caso isolado.
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