Por vezes, pergunto-me como é que hei-de pedir uma factura de um café. Aqui não há número de contribuinte... se vou a Portugal de férias, que hei-de fazer?! Eu rio-me com as possibilidades que me surgem e que sei que deixariam um inspector das finanças atarantado... :D
No entanto, não é tema que me tire o sono, como anda a tirar a toda a gente.
O problema todo é que as pessoas não entendem que se estão a concentrar no ponto errado!!!
Lá na loja a maior parte dos clientes dizia que não queria o talão porque não se pode descontar no IRS. Ouvia esta piada inúmeras vezes ao dia! O papel sai automaticamente. Por causa disso, eu proibi os miúdos de fazerem compras às pingunhas. Simplesmente para poupar papel, pois alguns são capazes de fazer 5 compras consecutivas!!!
Mas, senhores!!, factura de um café não pesa a ninguém. Trazem o papel, deitam-no no caixote do lixo mais próximo e não se aborrecem.
No entanto, sou da opinião que as pessoas não deveriam ter sido obrigadas a mudar as caixas. Já foram tomar uma ginjinha à baixa de Lisboa?!? A coisa ficou mesmo descaracterizada!! Devia ter sido progressivo: todas as casas que abrissem de novo deveriam ter caixas novas, e conforme os comerciantes tivessem que mudar as caixas (porque avariam) a reposição seria feita só com novas. Escusavam os comerciantes de andar aí feitos doidos...
Considero ainda que toda a gente deve pagar e não bufar (devia ser pagamento à proporção!), logo, se a solução for as facturas, que sejam as facturas... Embora eu não acredite nada nisso. Basta haver confiança entre o cliente e o funcionário para se registar só um café no lugar de dois cafés e duas natas... A factura sai na mesma, o cliente está imune às finanças e o vendedor fugiu na mesma ao fisco...
Em vez de andarem a chamar filhos disto e daquilo aos funcionários da finanças (que só fazem o que lhe mandam, quer gostem, quer não gostem), as pessoas deviam concentrar-se em pedir contas a quem de direito. Perguntar aos senhores grandes onde estão as facturas verdadeiras de despesas tantas obras que ninguém sabe para que foram feitas, de despesas de almoços fartos em certas assembleias, facturas de festas de inauguração, de compra de bancos falidos, de estudos orçamentais de projectos megalómanos inconportáveis para um país como Portugal...
Isso, sim, seria a revolta correcta. Seria a justiça merecida.
Olhem para o que é necessário, chamem os outros à razão, chamem-lhes nomes... mas, por favor, também não desçam demasiado o nível como o outro que mandou o outro it "tomar no cu"... É que há um limite que, ao ser ultrapassado, nos tira a razão!
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