sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Eu sou uma queixinhas

Há tempos fiz uma reclamação sobre o comportamento inaceitável de um funcionário da limpeza. Esta semana queixei-me da pocilga que são os balcões de check-in. Canetas, copos de plástico, etiquetas, velhas e por usar, restos de papel... há de tudo no chão.
Irrita-me porque as senhoras da limpeza são só isso: senhoras da limpeza. Não são nossas escravas pessoas para andarem de rabo para o ar a limpar o esterco que os agentes de check-in deixam por todo lado.
Além disso, os passageiros vêem a porcaria e isso não é bonito. E ainda mais além disso, nós não temos que trabalhar numa estrumeira.
Eu tento tem o meu balcão arrumado. Além dos objectos normais pertencentes a cada balcão (telefone, computador, etiquetas e folha de serviço), tenho um caderno com as minhas cábulas, duas canetas e uns talões que saem de vez em quando da máquina. Eles não servem para nada, então eu aproveito os versos para fazer anotações ou desenhar o esquema dos lugares dos passageiros (para os elucidar da posição deles no avião).
Estava eu muito bem a fazer o meu trabalho quando me aparece uma que não tinha nada para fazer e resolve começar a arrumar o meu balcão. Sim!!! Como não havia nada para arrumarresolve pegar nos tais cupõs para as minhas notas e rasgá-los. Eu nem tive tempo de dizer um ai.

Eu comprrendia se, vamos dizer, "eu estava num momento puff" (quando temos três milhões de passageiros para registar e eu atiro  os papéis para debaixo da mesa até ter tempo de me desfazer de tudo [os bilhetes e etiquetas que não servem têm que ser bem rasgados por questões de segurança]). Mas não, estava tudo calmo, eu tinha a minga mesa arrumada... então, por que raio tinha ela que meter as unhas no meu material de trabalho?!?!

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