Eu não trabalho para as companhias aéreas. O meu contrato é com uma empresa de handling (que trata de praticamente tudo em terra) que por sua vez serve diferentes companhias aéreas. Em muitos casos somos nós que damos as soluções para os problemas. Noutros, a coisa não é assim e temos que encaminhar o passageiro para a companhia aérea em questão. Uma dessas situações tem a ver com as compensações pelo facto de uma mala não ter chegado.
Nós preenchemos um relatório sobre o objecto extraviado, explicamos o procedimento a seguir e damos os contactos para serem colocadas questões e/ou pedir as tais compensações.
Hoje apareceu-me um parvalhão que não quis compreender os procedimentos, que não me quis ouvir e, não satisfeito com isso, ainda me levantou a voz, berrou, tratou mal, ofendeu. Eu sozinha, cheia de trabalho até às orelhas, e o palhaço em vez de despachar a coisa perdeu tempo a discutir.
Exigiu saber o meu nome e eu não mostrei medo, escrevi-lhe o nome completo. Acabei o meu trabalho e expliquei tudo uma vez mais. No fim da figura virar costas, fui ao ficheiro dele e acrescentei que ele foi agressivo e tinha praguejado contra mim e contra a companhia aérea.
Sinceramente, eu não consigo compreender como é que uma mala fica para trás num vôo directo. Acho isso estúpido demais. Mas, mesmo achando a situação ridícula, eu não tenho poder para mudar a situação, nem tenho culpa que aconteça todos os dias... Ele não tem direito de me enxovalhar só porque é otário e deixou as chaves de casa dentro da mala...
Não espero que todos sejam como a senhora M. que ficou sem a prancha de snowboard ontem e apanhou uma seca do tamanho do mundo hoje à espera dela. E, apesar de tudo isso, me trouxe chocolates!!!!! Mas... no mínimo, ouvir o que tenho para dizer e não me tratar mal.
A sério... eu acho que a minha mãe me educou muito mal. Se ela me tivesse ensinado a não respeitar ninguém talvez eu compreendesse melhor esta gentinha que anda por aí à solta a dar cabo dos nervos de qualquer um...
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