terça-feira, 27 de outubro de 2015

Un peu moins ennuyeux

Depois de almoço lá seguimos para Le Locle, sempre na esperança que fosse mais interessante. Bem.. a terra... aborreciiiiida. Tem o edifício que era da junta de freguesia e agora é um tribunal. Um jardim com uma estátua em frente à casa e prontosssss... 



Valeu a visita a um museu. A entrada não era cara e nós acabámos por não ver metade, pois andámos embasbacados ah! Que giro. Ah! Que bonito!  Ah que interessante. Ah! AH! Aaaaaah!


Logo no jardim havia coisas interessantes. Uma árvore plantada no 700.o aniversário da Confederação.
E numa espécie de tenda estavam os pesos de um relógio de torre.

Um relógio solar e ainda um pêndolo. Não mostra as horas, claro, mas os pêndolos fazem parte dos relógios. Este pêndolo é do autor e foi criado no ano para exposição.

Achei piada aos sinos (não tocam). Mas fiquei fascinada com esta clepsidra. Não está em funcionamento, mas... é linda!
Ao lado, uma clepsidra de outra natureza. Uma casca de côco com um furo. Coloca-se sobre a água e espera-se que afunde e já passaram uns 3 ou quatro minutos...


No museu havia uma exposição temporária com o nome Porquoi je t'aime? ou les 5 temps de la industrie horlogère.
Pegaram em diferentes tipos de tempos e apresentaram-nos de forma deveras interessante.


Em 1741, ali juntinho ao centro do corte da árvore, morreu Daniel Jeanrichard, pioneiro na indústria relojeira no século XVII na zona de Neuchâtel. E assim se marcou o Tempo Natural. Ao lado estava o Tempo Matemático, mas se me dissessem que era o tempo chinês também servia... eu nem alguns dos símbolos consegui identificar... :p

Achei piada ao Tempo Profundo, mas... aquilo também não podia ser tempo natural?!?!?
Ao lado, temos uma imagem de uma das sete etapas de Les Temps Vécu. O nascimento, a infância, a idade adulta e por aí fora. Gostei especialmente desta: os 100 anos, a idade da imbecilidade ou da infância.

Da secção Les Temps des Saisons resolvi colocar uma foto do mês de Novembro, por ser o meu mês. Ao fundo um desenho onde se podem ver os signos do mês. As folhas de azevinho. O culto dos mortos.
E deu-me vontade trazer metade daqueles calendários... cada um mais mimoso que o outro.


Depois temos o tempo por aproximação (é o que entendo por Les Temps Aproximatif). Estes novos relógios que funcionam com luzes e dão "mais minuto, menos minuto" não são propriamente a minha onda...
Mas ali aqueles astrolábios... siiiim, valem bem a pena!


Depois na secção do Tempo Cronológico temos frisos cronológicos segundo milhentos calendários, alguns dos quais eu nunca tinha sequer sonhado, que mostram se são calendários solares, lunares, quando começaram e/ou acabaram em relação ao calendário gregoriano... E depois há exemplos físicos desses mesmos calendários. Como o calendário muçulmano (primeira foto, em cima) ou o calendário nepalês e tibetano aqui em baixo.

Também havia um calendário dos Maias, em gesso, parece-me, mas... com o fim do Mundo em 2012 toda a gente sabe como era o calendário deles, por isso dediquei-me a fotograra mais umas preciosidades relojoeiras...





Não sei como se podem ler as horas neste relógio, mas ali o V e o IIII estavam em janelas, por isso, parece-me que há um mecanismo que faz rodar as peças lá dentro. Também achei piada à folha de ponto. Eu trabalhei numa fábrica onde a carta tinha mais ou menos este aspecto, mas não era de picar, nem de escrever à mão, era mesmo carimbado automaticamente na máquina.



Na terceira foto há um crucifixo relógio que me pareceu um bocado sinistro. Mas no todo... os detalhes, ponteiros minúsculos, rendilhados, encastrados... ah! quem me dera ter metade da arte desta gente...

Devido aos muitos aaaah! ficaram outras secções por ver, e muitos relógios, principalmente os modernos, que podemos ver em publicidades ou em casa de algum amigo rico, foram vistos a correr contra o tempo (piada gira, não?!?! :p)





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