sexta-feira, 1 de maio de 2020

Na terra da nata, do queijo e dos Aliens

Há dias estiver a ler um artigo qualquer e fartei-me de rir. Falava de um certo cidadão de Zurique. Eu achei aquilo estranho, pois eu tinha a ideia que ele era de Chur (Coira). Fui dar uma volta e percebi a coisa. Acho que aqui deve ser como com os santos, adoptam a naturalidade do sítio onde morreram… :D
Toda a gente neste mundo conhece o trabalho de H. R. Giger, mesmo que não saiba que é dele. Os "bichos" dos filmes Alien são dele. Quem conhece o trabalho dele compreende quando eu digo que não é um artista consensual. Mas é sempre interessante ver outras representações...

Apesar de ter nascido no cantão do romanche e ter vivido na zona de Zurique, ele criou um museu para expor a sua arte numa vila no cantão Friburgo: Gruyères. É uma vila adorável, lá no meio das montanhas, com um queijo de zona demarcada e com uma iguaria daquelas que comer e chorar por mais. Chama-se crème double (nata dupla), tem um teor de gordura mais elevado e, repito, é de chorar por mais.
A vila tem um burgo medieval, com jardim a condizer, meia dúzia de casas típicas, quase todas com um restaurante na parte de baixo, e o pequeno palacete que o senhor Giger comprou para expor o seu trabalho. As pessoas opuseram-se, era demasiado alternativo para o lugar. Mas ele levou a dele por diante e agora até um bar temático há. Podemos sentar nos bancos de esqueletos alienígenas (ou que definição lhe queiram dar) enquanto apreciamos um merengue com crème double ou um absinto. Até o tecto é de outro mundo.

Não é a arte que eu mais gosto. Tem inclusivamente uma sala que é demasiado hard core para a minha pessoa. No entanto, vale  apena o passeio. Pelas paisagens, pelos museu, pelo burgo, pelas casas e...

 Não era permitido fazer fotos do interior do museu, mas na rua há alguns elementos do trabalho dele.




 O tecto do bar. Há um outro em Chur. Tenho que lá ir um dia, para ver as diferenças e ver o que servem. Pode ser que descubra uma sobremesa deliciosa… :D

… a comida.
estando numa zona de um queijo específico, até era feio comer outra coisa. Por baixo daquela crosta deliciosa estava pão e carnes fumadas. Ao lado as sobremesas. A minha é a verdadeira sobremesa: a taça de nata extremamente cremosa e os merengues. A nata não tem açúcar, mas consegue-se comer à colherada sem mais nada e não se enjoa (fala o ser humano que não aprecia natas sem açúcar!!!).
Estou a escrever isto e a salivar… 


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