segunda-feira, 27 de maio de 2019

A saúde das coisas

Eu estou quase a trepar pelas paredes. Fui operada à tiróide há uma semana e estou de baixa, ou seja, a dar em louca.
Como não estou incapacitada de caminhar, posso ir passear quantas vezes me der na telha. Não faço assim tanto porque: a) o tempo não tem estado assim tão convidativo (o melhor foi mesmo ontem e eu saí); b) as pessoas saudáveis estão a trabalhar e eu perdi a paciência de andar no 'fandolírio' sozinha…

No entanto, estes dias têm-me permitido adiantar uns trabalhos manuais, a leitura e pensar nas diferenças entre terras helvéticas e terras lusas. E a fazer-me ter a certeza que é aqui que quero ficar.

Comecemos pelo facto de se poder sair estando de baixa. Quando é que se mete na cabeça que o facto de não se poder trabalhar, não quer dizer que não se pode sair de casa?!?!? Eu tenho um corte fresco na garganta. Trabalho com pesos das malas e com passageiros o que me faz falar horas a fio. Assim, devido à minha profissão, não posso trabalhar durante um tempo (se trabalhasse em casa só com o computador… até quando estive internada o podia fazer. Mas como o corte é na garganta, posso sair de casa para apanhar ar. Para me movimentar  e não desenvolver outras doenças como a depressão. É que uma pessoa com depressão é bem mais cara do que uma pessoa que está em casa três semanas (amanhã vou tentar fazer com que sejam só duas) e dá uns passeios pela vizinhança do que uma pessoa que entra em parafuso porque não pode sair ou, se for louco o suficiente para sair, andar a ver se alguém a vai denunciar ou se lhe aparece uma inspecção à frente.


Outro ponto tem a ver com todo o processo que começou em Janeiro e, se não houver alterações, terminará em 9 de Julho, a consulta do controlo pós-operatório (pós-operatório para alterações hormonais, porque o resto é amanhã mesmo).  Se me der uma crise qualquer, pode ser que eu venha descrever os últimos meses. E mostrar que, siiiiiiim. nós pagamos o seguro de saúde, mas… ele funciona.

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