A minha mãe baba-se muitas vezes a contar uma história de quando o meu irmão era um meia-leca arraçado de hipopótamo (ele era mesmo muito gordo em pequeno).
Ele foi a casa de uma vizinha fazer uma entrega, mas não chegava à caixa de correio. Então chamou pela vizinha e pediu, por favor, que ela lhe abrisse a porta. Ela gostou da educação e disse-lhe que ele era um menino muito bonito (e era! Gorducho e fofo!). Ele agradeceu o cumprimento e foi-se embora. A vizinha admirada pelo minorca saber usar as convenções da boa educação foi gabá-lo para a minha mãe.
Resumindo, desde muito pequenos que fomos educados a respeitar os outros, a usar as convenções da sociedade, porque ficam bem, mas também porque sabem bem.
E desse modo, ainda hoje uso um por favor ou um obrigado com prazer. No trabalho, convém ainda mais que se seja educada. Danke, please, merci, au revoir, grazie, prego, bitte, por favor, adé (adeus em dialecto), obrigada... vai saindo de tudo, conforme a situação.
Pois bem.. no Domingo, o cromo do tuga que veio de Portugal atrás do rabo de saias apareceu para comprar o jornal. Como sempre disse-me dás-me um saco? Mas acabou por inovar... quando eu lhe disse que eram Xfrancos, por favor... A resposta foi para lá de ignorante: ah não sei para que dizes por favor. Pago e é se quero levar o jornal. Aqui ninguém dá nada. Bem... nem em Portugal.
Quê?!?! Aquele patego diz-se com formação, mas é mal educado e ainda goza comigo por eu seguir as convenções?!?!?
Mas isto é só anormais??! Se ele não sabe a língua e ainda para mais não usa um simples por favor... vai-se dar mal por estas bandas...
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