Ontem fui à loja para dar um recado, que passado um bocado teve que ser anulado... afinal trabalho mais uma semana no Zoo. Ganho menos porque faço menos horas, mas o facto de não aturar a cabra da chefe... deixa-me como a Floribela... :D
Mas não é isso que vem ao caso. Foi o que se passou lá em coisa de meia hora.
Primeiro, a cabra (ou outra chefia) não estava presente. Eu admiro isto... não devem conhecer o ditado: patrão fora, dia santo na loja. Mas... don't care... eu sei como a minha consciência me deixa dormir à noite. Se as coisas não batem certo com os outros... azarotes!
Segundo, a A. faz mesmo parte da equipa. Por um lado porque não acreditava que eu me pudesse estar a divertir no Zoo. Please, há mais sítios interessantes no mundo. E, além disso, há lá coisa mais bonita e ao mesmo tempo engraçada do que a histeria de uma criança de três anos a receber um gelado depois de andar a ver animais fofinhos?!?!
Por outro lado, ela faz parte da equipa porque foi logo contar as tragédias que se passaram nas últimas semanas (aquilo é uma cambada de cuscos!). O que eu gostei mais de uma história de uma que passa a vida a fazer asneiras (eu pergunto-me quem faz um recrutamento tão mau!) Pois bem, ela suplicou para fazer crepes e lá conseguiu. Mas depois... uma cliente perguntou: não tem crepes sem ser salgados? os doces já acabaram? O que se passou foi o seguinte: a moça (quase 40 anos) em vez de colocar 400gr. de açúcar na receita... colocou... 400gr. de sal. O açúcar refinado tem o aspecto do português, embora às vezes seja de beterraba e não de cana. Já o sal deles (é mesmo deles, das minas do Reno) é como o nosso sal fino. [Também há sal grosso (aí já é sal marinho e não há em todos os lados) mas eles não sabem cozinhar com ele.] Eu já tentei várias vezes perceber como é que ela se confundiu (além dessas diferenças, há os pacotes, as etiquetas...) Nem comento!!!
O terceiro ponto dessa meia hora é para rir à gargalhada: a iluminada da Luzia!
Como eu ia dar o recado antes de ir para o Zoo, tive que ir cedo. A Luzia olhou para mim como se visse um ET. Que fazes aqui? Como se eu fosse uma estranha que invadisse a loja. Eu virei-lhe uns olhos que ela tentou emendar: vens trabalhar tão cedo porquê? Mas quem é que disse que eu vinha trabalhar?, perguntei eu. Ela só não se meteu pelo ralo da pia abaixo porque era muito pequeno.
Depois lá se pôs a dizer que se calhar não nos víamos mais e coisa e tal porque ia embora no fim do mês (ela é tão boa empregada que nem mesmo sendo a favorita da chefe se salvou!!!!!!!!) e tal e coiso e mais umas vezes tal e coiso (foi o que o meu inconsciente conseguiu traduzir do alemão... aquilo interessava-me tanto que... coiso!) e rematou tudo isso com um abraço. Eu já sabia que ela ia embora, mas não me denunciei, respondi-lhe com um altamente seco e desprovido de emoção Ah! Ok! Eh, pá! Eu sei que foi mau, mas era isso ou um altamente provido de emoção Aleluia! e eu achei que havia um mínimo. :p
E pronto... foi assim que começou o meu dia! :D
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