quinta-feira, 10 de setembro de 2009

E não me chamem Velha do Restelo

Num livro da escola primária vinha um excerto de um livro cujo nome e autor, infelizmente, não me lembro. Mas era muito interessante. Resumidamente: depois de começar a chover num dia em que a família estava na praia, a avó que culpa os astronautas pela alteração do tempo. Apesar de ter razão, ela falhava no modo em como eles são culpados, ela dizia que eles iam lá acima trocar a posição de tudo, até do tempo, que quando ela era nova não acontecia nada disso porque não ia ninguém à Lua.
À noite, faltou a água quente e a avó voltou a reclamar. A filha retorquiu dizendo que no tempo dela (avó) também não havia água quente canalizada. A avó teve que se calar e acabou por guardar a loiça para lavar no dia seguinte.

Sempre que aparece algo novo que eu não gosto, acho bizarro, absurdo ou outra coisa qualquer, eu pergunto-me se não serei a avó desta história. Outras vezes pergunto-me se não serei uma velha num corpo de 26 anos que não é do Restelo, mas que não aceita as coisas, tal como o do Camões.

Hoje tive um dessas dúvidas. Mas foi mesmo só enquanto li o título da notícia. No fim de ler a legenda, tive a certeza que por vezes vale mais estar quieto e não tentar descobrir um caminho marítimo ou espacial ou de outro tipo qualquer para o absurdo.

2 comentários:

Joana disse...

Fiquei bastante curiosa em relação a esta história, tenta lembrar-te quem escreveu e o título.

Eu cá achei a avozinha muito inteligente.

Jkas,

Luísa disse...

Hallo!
Eu também acho. Não acerta completamente, mas... que me interessa saber se há água em Marte, quando os recursos são gastos, aqui na Terra, de forma absurda. Se fossem organizados aqui... não precisavam de ir ver se há recursos noutro s+itio qualquer!!!
Se eu não me lebrar entretanto do nome, quando for de férias dou uma volta ao livro e depois digo qualquer coisa. :)