quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Imaginem se fosse a pior

Sou contra os créditos. Recuso-me a comprar o que quer que seja a crédito. Se eu não tenho dinheiro para pagar agora, quem é que me garante que daqui a um mês tenho?!? Apesar disso compro coisas com cartão de crédito (primeiro vejo o estado da conta corrente, se tenho dinheiro para cobrir, compro, se não tenho, não compro, logo não é crédito "a sério"), pois há situações que assim obrigam, como é o caso de comprar livros que não aparecem em lado nenhum a não ser nos sites de segunda mão ou bilhetes de avião. Tive que me render. Pois pensei que assim pouparia alguns trocos e evitaria algumas dores de cabeça. Como sou ingénua!! Pelo menos com entidades portugesas a coisa não funciona assim...

Houve para aí uma certa companhia aérea da tugolândia que recebeu o títâlo de mais melhor boa companhia das Europas. Eu gostava de conhecer o júri!!! Ou então gostava de viajar nessa companhia, pois não deve ser na mesma que eu tenho viajado nos últimos anos...

Começando do início e ligando os pontos...
Depois que vim para a Suíça e comecei a ganhar o meu dinheiro, senti-me minimamente segura para pedir um cartão de crédito ao banco. Achei que seria muito mais prático e barato comprar pela internet.
E até é, mas não pode ser na companhia portuguesa. Sempre que compro um bilhete para a minha mãe, tenho que ir ao balcão deles no aeroporto confirmar que é o meu cartão. Se for um bilhete para mim, basta-me mostrá-lo no balcão na hora de fazer o check-in. Ou melhor, bastava. Pois da última vez que viajei para Portugal foi uma bela porra!!

Como viajava no primeiro avião do dia, resolvi fazer o check-in à noite. No dia seguinte teria só tempo de chegar ao aeroporto e entrar no avião. Fui toda pimpona... dou o passaporte à senhora que me diz: o sei check-in não pode ser feito, pois não tem número de bilhete atribuído. Eu disse-lhe que era normal, que bastava mostrar o cartão de crédito e que costumava dar. Pois, mas parece que não é sempre assim. A senhora, muito simpática, mandou-me para outro balcão onde talvez pudessem fazer algo por mim. A outra senhora também tentou, mas... tinha que ir ao balcão da empresa. Só que... apesar de haver voos às 22h, o balcão fecha às 20h (nem comento!!!!!).

Como não podia fazer nada, tinha que me sujeitar a ir mais cedo para o aeroporto. Como o avião era às 6h20, tinha que estar o mais tardar às 5h20 no aeroporto. Como o primeiro comboio só chega às 5h29, tive que arrancar a minha mãe da cama para me levar lá, de modo a que eu resolvesse aquela merdice. Não era a única!! Estava mais gente nas mesmas condições, muito aborrecidos e dizerem o mesmo que eu: só com esta companhia.

A otária da empregada dizia: é para vossa segurança. Mas ela pensa que eu sou parva ou quê?!? Eu comprei o meu bilhete a crédito que foi assinalado no mesmo dia e foi debitado da conta corrente ainda antes de eu viajar. Se fosse mentira... o que acontecia?!? O meu dinheiro já tinha ido com os porcos! Devolviam-mo?!?

Tenho usado sempre o mesmo exemplo: o ano passado quando fui a Itália, viajei com a companhia italiana mais conhecida, parti de Genebra e usei o cartão português. Fui, vim... ninguém me chateou.  Mas já houve mais.... uma vez em que viajei com um bilhete comprado na empresa portuguesa, mas num vôo operado com a empresa suíça. Quando cheguei ao balcão em Lisboa (era a viagem de regresso) meti o cartão de crédito em cima do balcão, junto com o passaporte. O homem fez uma grande exclamação, pois pensava que eu ia pagar o bilhete ali. Quando expliquei a resposta foi engraçada: isso é na outra empresa, nós somos mais práticos
Realmente... quando eu acho que os de cá complicam... neste caso até que são bem simples...

Não percebo a lógica da batata. Eles tiram-nos o dinheiro imediatamente, logo não nos estão a proteger. Quem tem um cartão de crédito (e até de débito) já sabe que tem que ser cuidadoso. Se não o for, arca com as consequências. Se não quer arcar com as consequências, tem dois caminhos a seguir, tem cuidado e analisa os estratos com atenção ou cancela o cartão.
Eu ainda me mantenho pela primeira opção, o que acontece é que, com tanto stress, com tantos aborrecimentos, a empresa portuguesa perdeu um cliente. Apesar de eu poder viajar em vôos operados pelos portugueses (como é o caso da próxima viagem: vou com os suíços até Genebra e depois sigo para Lisboa com os tugas), a partir de agora só compro nos meninos da cruz branca sobre fundo vermelho!!
E depois dizem que estão em crise... com serviços destes?!? Querem o quê?!? É triste deixar a empresa de lado, mas... já estou farta de ter que explicar nos balcões de check-in como é que a coisa se procede e pior... estou fartinha de ouvir os funcionários (com razão) a dizer: Komisch!! (estranho!! mas com sentido mesmo depreciativo) ou Nunca me tinha acontecido isto, é mesmo só com esta empresa...

a tal que é bué da boa...

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