sábado, 4 de julho de 2015

E a história não pára de se repetir

Noite de Santo António, Lisboa, quase de certeza no ano de 2003. Conseguimos o milagre de arranjar um táxi para ir para casa (por isso é que o Santo não me faz mais milagres e eu estou solteira! :p)

Taxista (sem responder à saudação) - Para onde?
Uma de nós - Cruzamento da Estados Unidos com Roma, por favor. (Como há muito taxista que não sabe, ou diz que não sabe onde é a nossa rua, sempre usámos esta referência.)

Taxista - Para onde?
Uma de nós - Estados Unidos com Roma.

Taxista - Para onde?
A M. completamente passada - Já lhe dissemos que era Estados Unidos com Roma!
Taxista, deixando perceber a voz pastosa de uma bebedeira - Mas é que as ruas estão fechadas e eu não sei se vocês têm um percurso em mente.

E fez-se luz!!! Ele estava engasgado na preposição. Ele queria perguntar /por/, mas não saía de /para/. Graças à "brincadeira", andei meses a avisar toda a gente para não entrar naquele táxi (entretanto já esqueci o número).

Mas como com a sorte que eu tenho, a história da minha vida repete-se... hoje, antes das 7h da matina...
Cliente - Tem selos?
Eu - Sim, temos.
Cliente - Para a Europa.
Eu - Quantos? 
Cliente - Europa.
Eu- Sim, mas quantos? 
C. - Europa. 
Eu - Sim, mas o senhor pode querer mandar para vários países ou parentes e eu não sei quantos. 
C. - Eu já disse Europa. 
Eu - Mas dizer para onde não significa dizer quantos...
 C. - Quero um. 

E lança um suspiro profundo, de enfado, a achar-se cheio de razão. Não tinha razão nenhuma. Já álcool... nem uma gota faltava.

Eu  não mereço!

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