quinta-feira, 17 de abril de 2014

Frustradas que querem frustrar os outros

Apesar de ter algumas esquisitices na hora de comer, sou defensora que se deve comer um pouco de tudo. Apesar de não ter estudado medicina, ninguém me convence que comer um punhado de nozes é o mesmo que comer carne. Pode ser um substituto de vez em quando, mas carne é carne, peixe é peixe e... atum é atum... :p
Agora fora de brincadeira, as dietas malucas (olha a Peaches Geldof, que parece que morreu por causa dessas coisas da Detox), a ausência de proteína animal... no meu entender (pelo que leio, escuto e tenho visto com amigos) são coisas perigosas. Por isso acho que ser vegan é de malucos...

Santa paciência, é o que eu acho... Mas, além de achar que pode ser prejudicial para a saúde física, também defendo que estas dietas afectam em muito a parte psicológica. Não sei... um hamburger bem gorduroso de vez em quando... até dá outra cor à alma!!! Eu ando a comer há mais de um mês numa cadeia de hamburgers e... eu ainda não enjoei, apesar de comer seeeeeeempre o mesmo menu. É que na meia hora de almoço (que pode ser na hora do lanche, quase do jantar) eu consigo descarregar as frustrações a mastigar o hamburger e elas desfazem-se depois com os sucos gástricos!

Por tudo isto, acho que começo a perceber a minha chefe. A cabra é cabra em vários sentidos. Um deles é no que à comida diz respeito. Desde o início que reparei que ela aquece uns pratos mal-cheirosos e com aspecto sinistro no micro-ondas e vai comer sozinha para o escritório que é na cave. Há dias estava ela toda contente a furar a película de mais uma comida pré-cozinhada e a explicar que era uma nova receita vegan. Pronto... meio caminho para saber que a frustração lhe vem, também, pela alimentação. Sem uma proteínazinha de animal na dieta dela, é de compreender que ela tenha oscilações de humor e que alucine quase como um doente bipolar. Ora veja-se o dia de hoje...

Ainda antes da abertura, estava a cabra na loja a ensinar umas coisas a uns novatos e eu na cozinha a preparar umas frutas. Como me surgiu uma dúvida cheguei-me à porta que separa a loja da cozinha e chamei pela A. para lhe perguntar. Eu só disse o nome da moça e ia para começar a perguntar quando a cabra manda um berro Hey! Hallo! Eu até me assustei. Olho para ela e ela começa a disparatar que está a explicar as coisas e que não quer ser interrompida. Eu não explicito aqui o que me deu vontade de lhe fazer, pois é crime na maior parte do Mundo, mas garanto que me segurei muuuuuito, não disse nada, virei costas e esperei que a A. deixasse o trabalho que estava a fazer para me explicar o que poderia ter sido explicado se sua excelência caprina não se sentisse assim tão incomodada.

Ó despois, estava eu muito bem a acabar o que tinha começado, aparece-me a cabra anã a pedir desculpa porque ela não se consegue concentrar se houver mais gente a falar ao pé dela e que se passa o mesmo ao telefone e pede-me desculpas e ainda me faz festinhas no braço. Eu ignorei. Não disse nada e não lhe olhei para a cara. Se ela se incomoda com uma pessoa a fazer uma pergunta a uma terceira pessoa, a uns metros de distância... que está ela a fazer numa loja de gelados que em dias bons recebe mil clientes e que tem 6 vendedores de gelado a trabalhar ao mesmo tempo?!?!?

A sério... eu nem sei como não me saiu fumo pelas narinas... acham que isto é de gente normal?!?!? Eu não lhe estava a berrar aos ouvidos (nem sem ser aos ouvidos), eu não estava ao pé dela, eu não estava a falar para ela, nem para nenhum elemento do grupo que ela supostamente estava a formar... assim... qual é o drama?!?!
Se não é capaz de trabalhar assim que vá viver para o Carmelo ou se achar eu isso é muito à frente... que resolva as suas frustrações de carne e da carne (ninguém se coíbe de comentar o desespero dela em encontrar um homem...) para toda a gente poder trabalhar em paz!

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