segunda-feira, 28 de abril de 2014

Da exaustão e da maluquice

Hoje saí bem mais cedo do trabalho, no entanto, cada perna pesa, no mínimo, uma tonelada.
Trabalho que me desunho. Sou sempre das últimas a sair do meu turno. Razão tem um puto que entrou esta semana e se virou para mim ontem, depois de eu lhe dizer que tinha que aprender a fazer o trabalho, quem sabe menos, trabalha menos. Mas pronto... não está no meu feitio negar fogo!!! Estou desejosa que chegue Quarta-feira para, finalmente, ficar no ninho até me doer o corpo de tanto estar deitada!!!

No entanto, parece que o facto de eu trabalhar muito só é visto, pelos outros, só de algumas perspectivas. Uns ficam admirados pela percentagem de horas que trabalho (estive a fazer contas e este mês tenho quase 100%, quando o meu contrato é só de 80%). Ou, no caso do Z., olha-se para o dinheiro que vou ganhar. Este mês vais ficar milionária, disse-me ele. Primeiro, é mentira só porque é mentira... Segundo, mesmo que ficasse milionária, mereço cada Rappen que ganhar. Se eu estivesse folgada da vida, estaria a dormir descansada e não sem dormir por causa dos pés a latejar, apesar de ter saído mais cedo!!!

Só que... sabem uma coisa?!?! Estes comentários parvos não são o pior. Sim, quando se pensa que se está mal... eu consigo levar com qualquer coisa ainda pior!

Temos o S., uma figura execrável do Bangladesch, para dar cor aos nossos dias! Não é execrável por ser daquele país, pois há lá um outro funcionário que também é do Bangladesch que é uma simpatia incrível, mesmo daquelas pessoas fofas que dá vontade de fazer bilu bilu... O outro é execrável só porque é parvo...

Tem histórias de trás, mas esta semana superou-se em muito!!! Como misógino que é, foi altamente agressivo quando lhe perguntei com educação se me poderia fazer uma coisa (nem sequer pedi para fazer). A sorte é que a chefe ouviu e foi ela mesma a ir dar-lhe nas orelhas.
Mas a coisa desceu para o chinelo ontem!!! O F. é um gay espanhol. Tem alguns trejeitos de gay e fala alto como qualquer espanhol. Tem conversas parvas como todos os outros, mas trata toda a gente muito bem.
Como a loja e a cozinha são pequenas e a equipa é grande, há momentos em que parece que estamos no metro de Tóquio e temos que nos empurrar, literalmente. Como o F. é um homem alto e forte, quando ele nos empurra, quase que parece que voamos. Mas tenho a certeza que não é por mal.
Ontem, uma vez mais, ele fez isso com o S.. Sem maldade, sem nenhuma intenção ordinária, até porque o F. nem é de ter conversas ordinárias/maldosas com os homens (com as mulheres a conversa muda de figura). Pois bem... o languinhento do S. eriçou-se todo, berrou com o F. feito louco. O F. a tentar explicar-se, ele não deixava... Estava a ver que o F. ia à cara ao outro... Passei a tarde toda a fazer recados ao F., pois ele recusava-se a aproximar do outro e ser mal interpretado.
Podem imaginar a situação... eu de moça de recados, só porque aquele ser rastejante tem uma mentalidade mais fechada que um ovo de codorniz... Ah! Está mal?!?! Que volte para a terra dele. Porque na Europa, por muito preconceito que possa haver, sempre  há mais tolerância do que aquela que ele merece!

Sem comentários: