sábado, 1 de outubro de 2011

Pequenez

Vi agora uma coisa na televisão e lembrei-me de duas histórias com anões.

Uma com mais de 20 anos.
A minha mãe, numa festa, comprou um balão ao meu irmão. E vendedor queria atar o balão ao pulso dele. A minha mãe disse-lhe: vá, dá o braço ao senhor. Oh mãe, não é um senhor, é um anão. A minha mãe ia morrendo. O senhor foi compreensivo e ignorou o que a peste do meu irmão disse (ele ainda não tinha 5 anos!).

E outra com cerca de dois.
Eu e uma colega passámos por um anão e ela vira-se: Já viste este homem? E trabalha! Eu não percebia a ligação. E achei muito feio ela, brasileira com mistura de índio, negro e português, estar a discriminar um anão. Mas ela deve ter visto a minha cara e explicou: É anão, mas não se encosta a ninguém. Vive a sua vida autonomamente, trabalhando.

O meu irmão aprendeu que um anão é um senhor e nunca mais repetiu a palhaçada. E a minha colega tinha razão em fazer o comentário. É que há pessoas com mais facilidades na vida e encostam-se à sombra da bananeira...

Eu só não tinha a noção que os anões eram assim tão discriminados. Para mim, são pessoas como qualquer outra. Um colega meu tinha uma irmã anã e a única coisa que me dava pena era o facto de ela sofrer de uma doença relacionada com o nanismo, que a fazia ter dores ou algo do género.
Era a irmã do Bruno... e mais nada!

Não merecem desrepeito, se não desrespeitam os outros... Simplesmente acho que os multibancos e outras coisas lhes deviam estar acessíveis. De resto... não vejo nada demais ou de menos em pessoas com nanismo. Mas, ao ver a reportagem da SIC, fiquei chocada ao saber que nos tempos modernos uma criança sofre de descriminação por uma coisa como o nanismo. A sério que estou de queixo caído.

Uns são pequenos de corpo, mas outros... são pequenos de mente...

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