Depois de fazer um teste de português, ajudar um colega a fazer o seu. A professora mandou-me calar, como não obedeci... marcou-me falta (tive sorte porque ela não resolveu anular os nossos testes!).
Ir para o estaleiro das obras da constução das piscinas da cidade pisar o chão acabdo de aplicar (ainda estou a ver um homem com uma colher de pedreiro na mão a correr atrás de nós).
Enganar o Cegonha (alcunha feia que alguém deu ao porteiro) de forma ridícula para sair da escola sem ter autorização da minha mãe.
Sair da escola durante um furo, ir para casa de uma colega e chegar a casa a mentir descaradamente à mãe, dizendo que tinha estado a ajudar na esocla nova (a minha mãe descodificou a coisa em segundos!).
Rasgar a minha primeira negativa da vida. Era o último teste de matemática do ano, não era preciso mostrá-lo assinado. Desfi.lo em pedaços e espalhei-os pelos contentores da escola (não em apetecia mesmo nada levar umas palmadas da minha mãe).
Hoje em dia, as miúdas de 11 anos são presentes a tribunal por andarem a pilhar, a destruir propriedade alheia só porque sim.
Mas lá está... eu tenho 28 anos. Os meus 11 anos foram no século passado. Começo a sentir-me ultrapassada.
2 comentários:
Quero acreditar que não são «todas» as miúdas de 11 anos que actualmente pratiquem actos de vandalismo, Luísa, embora os disparates de juventude estejam a mudar aceleradamente para pior, podendo vir a deixar sérias marcas. Os meus disparates enquanto estudante de liceu foram idênticos aos que refere no post (como, por exemplo, tentar disfarçar alguma nota menos boa ou faltar durante um furo para ir comer os maravilhosos travesseiros da vila) e a minha filha mais velha é da idade da Luísa, concluo que durante umas décadas a coisa não agravou muito... Preocupo-me com as atitudes delinquentes deste século - chamemos as coisas pelo seu nome - mas quero acreditar que ainda haverá gente a dar uma falta às aulas de vez em quando ou a dizer que vai estudar para a biblioteca para ir namorar (esperemos):)
EU também gostaria de acreditar, Teresa, mas...
Quando vivia com as miúdas mais pequenas lá na residência, eu ouvia cada resposta... mas atribuía a coisa às vivências que elas, infelizmente, tinham tido (filhas de prostitutas, toxicodependetes, pais incógnitos), mas depois. QUando fiz o meu estágio!! Ia tendo uma coisa má com o que se via na escola! Só me pergunto: já não há inocência?
Lembro-me de uma colega no secundário dizer uma coisa que se adequa: os bebés nasciam com os olhos fechados, hoje em dia... vêm com eles arregalados!!
Oh! Brave new world... :s
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