Frase incisiva que ilustra a força deste tema da Isabel Silvestre. Obrigada pelo reavivar da memória, Luísa. Certas situações são trágicas ao longo do ano mas, na presente época ganham, para quem não é directamente afectado por elas, ainda maior dramatismo, é como se as desigualdades ficassem ainda mais marcantes... E no meu modesto entender, o Natal não deveria significar isso... De há uns tempos a esta parte, fico particularmente nostálgica nesta quadra, ao contrário dos natais mágicos e despreocupados da infância.
Sabe, Teresa, eu acho que a nostalgia também faz parte do Natal. Se assim não fosse, não teríamos tradições, rituais de Natal... Os cheiros e sabores que fazemos questão que se repitam. Até os filmes que repetem vezes sem conta na TV... A nostalgia pode ser aconchegante e se virmos bem, o Natal do hemisfério Norte é no Inverno, quando nos embrulhamos mais, nos aproximamos mais do calor de uma lareira, em que tentamos viver com mais aconchego, literal e metafórico. Quando releio ou revejo (em qualquer formato, desenhos animados, BD do tio PAtinhas, livro "a sério") "A Christamas Carol" do Charles Dickens, eu sinto-me nostálgica nos Invernos passados e realizada, como se fosse a minha vida, na reviravolta depois do Scrooge acordar. É nostalgia (e talvez magia) a funcionar, não?
É certo, se virmos a nostalgia por esse prisma e aí, sim, concordo. Por outro lado, custa sentir algumas ausências, ficam mais marcantes nesta altura... Essa é a parte difícil do Natal, tão bem retratada naquele poema 'Natal à beira rio' de David Mourão-Ferreira, a trazer tantas memórias que gostaríamos de ver convertidas em persenças que tanto nos marcaram e agora limitam-se a recordações. Nestes dias festivos lembro lugares que antigamente, na enorme mesa de família, se encontravam preenchidos, embora haja descendência e as gerações mais novas perpetuem os risos infantis:)
Entendo-a, Teresa. Como tenho uma família muito pequena e não sou de me afeiçoar muito Às pessoas, não sinto essa nostalgia nesta época. Mas sei que no futuro, quer eu queira, quer não,também sentirei essa nostalgia própria da época.
4 comentários:
Frase incisiva que ilustra a força deste tema da Isabel Silvestre. Obrigada pelo reavivar da memória, Luísa. Certas situações são trágicas ao longo do ano mas, na presente época ganham, para quem não é directamente afectado por elas, ainda maior dramatismo, é como se as desigualdades ficassem ainda mais marcantes... E no meu modesto entender, o Natal não deveria significar isso... De há uns tempos a esta parte, fico particularmente nostálgica nesta quadra, ao contrário dos natais mágicos e despreocupados da infância.
Sabe, Teresa, eu acho que a nostalgia também faz parte do Natal. Se assim não fosse, não teríamos tradições, rituais de Natal... Os cheiros e sabores que fazemos questão que se repitam. Até os filmes que repetem vezes sem conta na TV...
A nostalgia pode ser aconchegante e se virmos bem, o Natal do hemisfério Norte é no Inverno, quando nos embrulhamos mais, nos aproximamos mais do calor de uma lareira, em que tentamos viver com mais aconchego, literal e metafórico. Quando releio ou revejo (em qualquer formato, desenhos animados, BD do tio PAtinhas, livro "a sério") "A Christamas Carol" do Charles Dickens, eu sinto-me nostálgica nos Invernos passados e realizada, como se fosse a minha vida, na reviravolta depois do Scrooge acordar. É nostalgia (e talvez magia) a funcionar, não?
É certo, se virmos a nostalgia por esse prisma e aí, sim, concordo. Por outro lado, custa sentir algumas ausências, ficam mais marcantes nesta altura... Essa é a parte difícil do Natal, tão bem retratada naquele poema 'Natal à beira rio' de David Mourão-Ferreira, a trazer tantas memórias que gostaríamos de ver convertidas em persenças que tanto nos marcaram e agora limitam-se a recordações. Nestes dias festivos lembro lugares que antigamente, na enorme mesa de família, se encontravam preenchidos, embora haja descendência e as gerações mais novas perpetuem os risos infantis:)
Entendo-a, Teresa. Como tenho uma família muito pequena e não sou de me afeiçoar muito Às pessoas, não sinto essa nostalgia nesta época. Mas sei que no futuro, quer eu queira, quer não,também sentirei essa nostalgia própria da época.
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