quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Verenaschlucht

Ou garganta/desfiladeiro da Verena.

Fica a poucos minutos do centro da cidade de Solothurn (a terra dos 11!). Mas vale a pena caminhar por um pseudo-desfiladeiro cheio de curiosidades até chegarmos ao eremitério de Santa Verena. 


Aquela zona é uma zona de reflexão e oração. Há vária estatuária e sinalética de cariz religioso católico (nesta terra é importante mencionar isto, pois a cada esquina muda a religião. :) )
No começo de um dos percursos encontramos esta pequena capela. E daqui para a frente é só olhar para os lados para ver as milhentas curiosidades que um percurso tão pequeno tem...

 

Chegando à zona do eremitério encontramos três edifícios. Com a sorte que eu tive, a capela de Santa Verena estava fechada para restauro. Para a próxima...
E em buracos na rocha encontramos várias cenas da vida de Cristo.



Esta capela minúscula está protegida com alarme. Quando me aproximei do janelo da porta, percebi logo por que razão...

 

Como eu disse, o caminho é cheio de coisas curiosas. 

Temos a estátua de Santa Verena. Uma das santas mais veneradas na Suíça, desde o século V. Os símbolos dela são um jarro de água e um pente. Símbolos que representam o seu interesse por pobres e leprosos.


A pedra calcária, como sabemos é muito porosa e facilmente encontramos buracos. Nesta zona é ver a quantidade de buracos com velas.  Deve ser interessante passar ali de noite, cheio de luzinha em todo o lado. No entanto, um dos buracos deixou-me intrigada... Um anjo, os restos de uma vela e uma pedra pintada como se fosse uma runa. A partir desse momento comecei a perguntar-me se as velas seriam de cunho religioso católico ou cunho pagão... :D 


E como se não bastasse tudo o que foi dito, encontramos também um enorme memorial a céu aberto...
Placas presas à rocha ou inscrições feitas directamente na rocha. Há homenagem a várias individualidades da cidade. Presidentes da junta são uns quantos. Mas achei piada especial a estes dois exemplares.
A pedra coberta de musgo é uma homenagem ao geólogo Amanz Gressly. Não é da cidade, mas é de Bärschwil, que pertence ao cantão de Solothurn. 

E na placa está declarado que aquele bloco errático está protegido como património nacional. E graças a esta placa fiquei a saber que um bloco errático é um calhau gigante que foi movido por glaciares e que não é do mesmo tipo de pedras que as que estão nas redondezas.  



Uma outra razão para voltar a Solothurn foi este relógio. Há uns anos, quando lá fui, ainda não sabia que o número 11 era muito importante para a cidade. E sei que tenho que voltar com calma para ver esses onzes todos... No entanto... este relógio, pendurado num edifício de estrutura bem banal... bem... é diferente q.b.... Ele funciona e o boneco mexe-se às 11h, 12h, 17h e 18h. No entanto... eu gostava era de perceber como se contam as horas ali... pois a hora a que eu tirei a foto eram mesmo as 14 horas. A sério... como passará das 11h para as 13h? E como é que se sabe que são 11h30 3 não 12h30? 
Esta obra feita em 1999 por Paul Gugelmann e Bruno Aschwanden é... intrigante. No mínimo! :)





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