quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Um belo dia de Sol

Cascatas, gargantas, ravinas... há uma a cada esquina. Então pusémon-nos a Andeer (trocadilho mesmo bom com o nome da primeira paragem. Só que não. 🙈)


Como sempre, uma aldeia perdida no meio dos Alpes com pequenas particularidades. Andeer pertence ao cantão Graubünden, o cantão do reto romanche. Por isso... os nomes das ruas são tão divertidos. Mesmo sem a mó, percebe-se muito bem que Via da Mulegn é Rua do Moinho... 😁

Mas a que eu mais gostei foi a da placa: numa ponte coberta encontramos esta delícia... Primeiro, não sei o que é aquele 113, aquilo é uma ponte e não uma casa. Em segundo, aquela placa de 1856... Conduzir e anda a cavalo só era permitido a passo. Caso contrário poderiam pagar uma multa de 1 a 5 francos...  lembra a tal música... it's all about the money, money... 😂😂

Achei piada à casa com a fonte na frente, mas também aos janelos nas traseiras da mesma...



Mas seguimos caminho para a garganta do Roffla (Rofflaschlucht), uma das muitas "bocas" que alimentam o Hinterrhein, que por sua vez mais alimentar o Rhein (Reno). O espaço é agradável e vale os 4 francos da entrada. No entanto... a história por trás deste ponto turístico... é muito mais interessante:
O senhor Christian Pitschen-Melchior emigrou para os States para procurar uma vida melhor. Na sua aventura além mar, visitou as cataratas de Niagara e achou que poderia fazer o mesmo à porta de sua casa. Como as saudades apertavam, decidiu-se a regressar à sua terra natal. Determinado a criar um ponto de turismo, escavou com as suas mãos, e com a ajuda de 8000 pequenas explosões de dinamite, o acesso à queda de água. Segundo a placa informativa, essa empreitada durou 7anos. E pronto desde o início do século que aquela zona tem um ponto turístico sugerido pelas quedas de água mais famosas da América do Norte.
Para aceder ao museu e à queda de água, temos que entrar no restaurante que pertence há família há muitos e muitos anos. Pois antes de ser conhecida pela queda de água, aquela casa já era ponto de apoio a quem atravessava os Alpes de Norte para Sul e vice-versa.






Quando íamos a caminho do Roffla, tivemos muito tempo parados na estrada. Ouvíamos barulho, mas como havia uma curva não se percebia o que era. Quando nos deixaram passar, ficámos baralhados pois não havia nada de extraordinário que nos parecesse justificação para parar tanto tempo.
Quando voltámos para cima, voltámos a ficar parados, mas aí ficámos de camarote para este espectáculo. Vários homens presos a cordas limpam a encosta. As pedras soltas que podem ser um perigo para quem passa, são deitadas a baixo antes que aconteça alguma tragédia... prevenidos os meus amigos, hein?!? 😊


E parámos na terra da capela Sistina dos Alpes: Zillis. A Igreja de St. Martin é do século XII e é muito simples no que diz respeito a paredes e altar. No entanto, o tecto tem um trabalho de pintura muito interessante. São retábulos com imagens variadas: cenas da bíblia e santos misturam-se com seres mitológicos. Não tenho fotografias porque é proibido, mas há imagens na internet. 



E daqui seguimos para  Viamala, mas não aconteceu nada de novo por lá que valha a pena registar... 😀

Sem comentários: