domingo, 25 de janeiro de 2015

Manias de pseudo-realeza

No quiosque, como seria de esperar em sítios onde se cruzam muitas pessoas, de muitos credos e culturas há histórias de partir o côco a rir e de ficar com lágrima no canto do olho.
Hoje conto uma que já se passou há um tempo, mas que me faz rir como se fosse no primeiro momento.

Certos jornais que vendemos são os impressos na hora. Ficam em tamanho A3 e só são impressos por encomenda ou momento em que o cliente chega à loja e vê que não há o que quer.

Uma inglesa completamente snob, com manias de rainha, disse que não queria nenhum dos jornais ingleses apresentados. Eram todos de má qualidade, disse ela. E que vou eu fazer?!?!? Se a maioria dos clientes só quer aquilo é aquilo que temos... no fim do rosário dela apresentei-lhe a hipótese de imprimir. Que não! Então tenha um bom dia, despedi-me eu. Passado uns minutos, eis que volta sua highness. Ah afinal quero imprimir. O que é que tem?!. Mostrei-lhe e ela lá se decidiu por qualquer coisa que supostamente tinha  mais qualidade. Disse-lhe que tinha que aguardar. Ela aceitou e eu virei-me para outro cliente.

Mas nem no segundo ia e já estava ela a torrar-me a paciência... Back in my country,começa ela, in England, acrescenta, como se eu não tivesse  percebido pelo sotaque... xiiiiiiiii o que virá por aí????, pensei eu.

Pois bem, no país dela, a Inglaterra, parece haver uma lei que obriga a que se tenha uma cadeira em qualquer estabelecimento em que um cliente tenha que esperar um pouco. So... where is the chair?!?!

Eu tentei argumentar que era estrangeira e não conhecia as leis suíças. Como não funcionou, usei o argumento infalível: sou nova aqui. Mas acreditam que nem isso funcionou?!?!

Eu estava desesperada para que o jornal acabasse de imprimir, pois além de estar farta de a aturar estava quase a responder-lhe torto!!!

Quando finalmente me livrei do encosto comentei com a chefe. A resposta dela foi genial: que vá para o lounge da estação (tem que se pagar para lá estar!!!).

Com esta me fiquei e percebi que apesar de se dizer por estas bandas que o cliente é rei (equivalente ao nosso: o cliente tem sempre razão) a minha chefe não liga a monarcas, mesmo que venham de verdadeiras monarquias... :D

Sem comentários: