quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

StreetArt

Esta foto tem, com toda a certeza, mais de cinco anos. A minha mãe tirou a foto com uma máquina analógica num tempo em que a incineradora da cidade tinha umas dimensões mais reduzidas.  Hoje em dia, este parque de estacionamento desapareceu para fazer parte da zona de entradas e saídas de camiões.
A linha de comboio (não se vê o chão, mas está lá o sinal de trânsito que confirma a existência de uma linha de comboios) ainda se mantém em pleno funcionamento. Vagões-contentores entram e saem da incineradora todos os dias.
A Briner, uma empresa que prepara ferro para as construção civil, ainda está no activo. Já lá andei a limpar e percebi que eles amarram ferro que mais tarde vai ser colocado em escadas, placas, paredes de betão armado. Como trabalham com ferro, o espaço estava permanentemente imundo, mas não me meteu nojo, se os homens tinham as mãos sujas de ferrugem era normal que sujassem os lavatórios. Também descobri por lá que os comandos de uma grua mandam um calor insuportável e são pesados para burro. Percebi com isso que um gruista sofre bastante mais do que com o stress da precisão do seu trabalho (eu admiro gente que trabalha com gruas, empilhadoras e coisas que exigem mais atenção do que se pensa).

Uma outra diferença em relação ao antes desta foto e ao depois dos dias de hoje é o grafiti. Aquela parede é pintada por artistas há... anos... É um mural enorme que a cada ano (pelo menos uma vez) é renovado. Já lá vi umas coisas bem interessantes. Outras nem por isso. Mas começando do começo e, como já disse noutro post, correndo o risco de me repetir, vou colocando aqui os grafitis daquela parede.

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