domingo, 10 de janeiro de 2010

Pior que licenciatura ao Domingo...














Se eu tivesse no meu currículo, universitário ou mesmo anterior, uma professora ou um professor que fotografasse a sua intimidade e a expusesse para toda a gente ver, eu acho que rasgava o meu diploma.
Não me vou armar em puritana, porque sexo... toda a gente faz, fez ou quer fazer. Orgasmos, uns maiores, outros menores, toda a gente tem, teve ou quer ter. Taras com máquinas de fotografar ou de filmar durante o sexo também as há. Mas... daí a ver isso passado para o papel, a ser pendurado em paredes, publicitado como se fosse uma exposição de Velázquez... isso é que já me faz confusão, muita confusão.

Imagem: Vénus olhando-se ao espelho

7 comentários:

Luisa disse...

Luísa,

Se, se está a referir à Clara Pinto Correia, também considero indecoroso. Como é que o próprio marido a fotografa, e depois a expõe? O apelido que ela transporta, merecia melhor, se o pai ainda fosse vivo, morreria de desgosto.


Beijinho e boa semana

Luisa

Luísa disse...

É, não é?
Independentemente do sobrenome... qualquer pai ou avô se passaria com esta situação. O que me intriga, ainda mais do que a ascendência, é a questão da descendência... como é que ela olha para os filhos no fim de ver as imagens a circular por todo o lado? Como é que ela quer que os filhos, os sobrinhos etc. e tal saiam à rua sem se sentirem ridículos?
Se fosse a minha mãe, eu renegava-a sem qualquer hesitação... Eu não acredito que vim de Paris no bico de uma cegonha (até porque o meu bolo de baptismo foi em forma de uma árvore sem direito a cegonhas...), até acho saudável os pais (meus ou de qualquer outra pessoa) devem ter intimidade e estar bem consigo, mas... não preciso saber os pormenores sórdidos...

Luísa disse...

Ah! Já estava a esquecer...
Ogrigada pela visita e uma boa semana para si também!

teresa disse...

Em relação à 'exposição' (no sentido literal) da 'senhora', citaria um boneco humorístico (dos tempos em que tinha humor): 'não havia nexexidade'... 'Credos!'... Parece que estou a brincar mas o post até me lembrou a reacção do meu pai quando começou na TV nacional o 'Big Brother' (e ele não voltou a ver o programa, pois tinha sensibilidade ética/estética)... e aí nem estavam em causa figuras com tão grandes responsabilidades éticas e profissionais :0(

Luísa disse...

Do Big Brother só vi a primeira edição até Outubro porque depois entrei na faculdade e praticamente não via TV e a que via era melhor. :D
Mas eu cá tenho para mim que o Big Brother (mesmo o dos famosos) é uma brincadeira de meninos comparado com isto.
Nunca pensei que se chegasse a este ponto em Portugal. Considero-me uma mente aberta, mas para isto... intimidade não é isso mesmo: intimidade?!?!

teresa disse...

Também defendo que a intimidade (e a privacidade) são dos principais valores a serem prezados... mas pelos vistos, para alguns (espero que ainda em número considerável na ausência de estatísticas)... Quanto ao 'choque' do meu pai após uns minutos de 'Big Brother' foi ter pensado: «o que seria chegar ao emprego e ouvir um colega meu dizer a outro 'vi a tua filha/filho na tv em cenas íntimas e, pelos vistos, transmissíveis...'.

Luísa disse...

Nem mais! Mesmo que não conhecesse ninguém... no fututo poderia cruzar-me com algum deles e seria sempre estranho.
Além disso só a ideia de viver num mundo orwelliano, mesmo que de livre vontade, assusta-me imenso...