quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos (des)aprender com os animais...

De todos os defensores de qualquer coisa, os que eu menos gosto são os dos animais.
Na minha humilde opinião, os defensores dos direitos dos animais são muito otários (peço desculpa à excepções, que espero que existam). De vez em quando aparecem com umas ideias... que eu pergunto-me se estarei a ouvir bem!!

Estava a fazer tempo para apanhar o comboio e resolvi ligar a televisão para ver as notícias. Como estavam a falar de um animal raro que eu não entendo, nem nunca entenderei, e que ocupa a televisão o tempo todo... achei mais interessante mudar para a RTP2 do que ouvir dizerem mais do mesmo sobre política (o tal animal!).
Estava a dar uma repetição do Sociedade Civil. Um programa que sempre achei interessante, com temáticas actuais, mas que, por vezes, tem uns convidados um tanto ou quanto duvidosos. Hoje o tema devia ser algo a ver com direitos dos animais ou animais de estimação. Só vi aquilo durante 3 ou 4 minutos, porque o comboio não espera. Mas, mesmo que tivesse tido mais tempo, teria mudado de canal!

Uma senhora dava uma ideia espectacular: um animal de bairro. Seria um animal de estimação comunitário, para toda a rua ou bairro. A pequena comunidade iria ter que se preocupar com o animal e, ao mesmo tempo, teria o prazer de conviver com o bicho. É muito cool!! Se as pessoas se organizarem, pode ser genial. Ganham todos:
o cão abandonado ganha casa, cuidados e um montão de amigos;
as crianças ganham um amigo de quatro patas e começam a estreitar o convívio com os animais (ainda há gente a pensar que o leite nasce no pacote, assim, tem que se começar por algum lado!);
os idosos ganham uma companhia valiosa que pode salvar vidas (o único cão que existiu na minha casa salvou a vida do meu avô que era velhote e caiu num sítio isolado);
e a comunidade em geral ganha o sentido de responsabilidade e a coesão óbvia que estas situações de partilha exigem.
Era uma sugestão da senhora, mas o animal não ouvia as coisas até ao fim e distorcia tudo.

Ele interrompeu com a ideia genial: e se o animal sofre maus tratos dos vizinhos que não gostam de animais? Oh! otário, qual é a parte de decisão em comum que não entendes? Se não há concenso, não há animal!
Depois vem com a teoria do animal violento que não convive ocm crianças. Quantas vezes se ouve falar de animais que atacam as crianças com que convivem toda a vida?!! Mas há mais!

A senhora contra argumentou com: o cão não seria assim tão perigoso para os conhecidos porque cresceria na rua. A besta pergunta indignadérrima: então vão pôr o cão na rua? Mas a animália tem que ser tão literal?!? Crescer na rua, ao cuidado da comunidade não será a dormir debaixo de um carro e a comer restos. Ele deve ter crescido num ermo, sem contexto social e não deve ter um velhinho que diga sobre ele: Oh! Era um bom pIqueno. Cresceu aqui na rua sem nos dar chatices! É que eu cresci numa rua, mas nunca dormi na rua, nem sequer a acampar! O que era proposto pela senhora era arranjar uma casota num sítio recolhido com acesso a todos os elementos da comunidade. Mas ele é como uma toupeira... não vê nada!

O iluminado, que diz estar a orientar dois mestrados sobre cães, diz que muita gente não sabe comunicar com os animais. É um facto! Pergunto-me quem é que sabe comunicar realmente com animais?!?! Eu não! Por isso não tenho nenhum em casa (isso e a proibição de animais no prédio). Mas, pelos vistos, o homem deve andar há muito tempo em contacto com os animais. Tanto que já se esqueceu como se fala com humanos! Haja pachorra!

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