domingo, 6 de dezembro de 2015

Eu tenho duas chefes...

Que em nada são iguais, mas tenho a certrza de qual eu gosto mais...

Eu não sei se já falei da senhora H., se me repito, peço desculpa.
A senhora H. é a minha chefe na loja. 61 anos feitos, gorda, com cabelo grisalho e escorrido, cortado pouco abaixo da orelha. No primeiro dia que a vi ia tendo um ataque cardíaco. Uma cara amarrada... depois a nossa entrevista de trabalho ainda me deixou mais assustada: não demorou dez minutos, ela queria saber se eu falava inglês, se eu aceitava aquele ordenado e se podia experimentar o trabalho no dia seguinte. Assustada lá entrei no dia seguinte às 6 da manhã. A mulhr bufava, dizia palavrões, resmungava. Embora não fosse para mim, eu sentia-me numa situação muito bizarra... de repente, vira-se vamos fumar um cigarro. Não sabia se eu fumava ou não, mas íamos... depois, mais descansada com o efeito da nicotina, pediu-me desculpa pelo mau humor. Estava com problemas em casa (o irmão morreu com cancro cerca de duas semanas depois) e tinha havido muitos problemas com algumas empregadas (uma delas tinha-se despedido e tudo), o sub-chefe estava doente e ela estava com falta de pessoal...
Mas em pouco tempo percebi que é uma boa mulher. Tem  cara amarrada, mas sabe sorrir e tem bom humor. Sim, pragueja como um carroceiro, mas nuna deu uma má palavra aos funcionários. Consegue colocar os empregados no sítio, é exigente, mas dá-nos as folgas quando queremos/precisamos quase sem pestanejar. Mas como tudo o que é bom para mim, acabou depressa. Ela demitiu-se e vai sair em Março. Em substituição, vem a senhora M., uma chefe de outra loja que levou reesttuturação administrativa, mas que nós já conhecíamos. No prmeiro momento, ficámos relativamente aliviados por a conhecermos. Ao fim de uns dias... todos já percebemos que o nosso pesadelo mal acabou de começar.

Mas para mim, a coisa tornou-se bastante séria esta semana. E o mais engraçado é que eu pensei que estava tudo bem. Até chegar hoje ao trabalho. A B. e a L. fazem-me sinal para me apressar para chegar ao pé delas. Perguntam-me o que se tinha passado comigo e com a senhora M. e eu fico a olhar para elas, visto que não se tinha passado nada.  Mas depois lá pensei melhor e comecei a juntar peças e encontrei algo que talvez seja o problema dela: eu não faço conversa. Principalmente às 6h da manhã. Não tenho pachorra para conversa da treta tão cedo e ainda para mais se estiver a meio da contagem dos jornais. Assim, quando ela perguntou como estava, respondi-lhe rapidamente que estava bem. Ah. Não soou muito bem. Como dizem os brasileiros, "me erra", que detesto maternalismos baratos...
 Passadas umas horas, andava eu a estudar umas prateleiras que queria mudar (mesmo mexer na estrutura da estante) e lá vem ela perguntar novamente como eu estava. Oh pá... não me chateiem!!!! Adoro conversar, mas é quando não tenho mais nada para fazer. Ah. Você está mais quieta do que o habitual. Quê?!?! Eu toda suadinha de andar de um lado para o outro e ela diz-me que estou quieta?!? Eu dise-lhe estava normal. E que se ela achava que eu estava diferente, a Segunda chama-se Segunda e a Terça chama-se Terça, são dois dias, iguais, as diferentes...
Mais tarde, estivemos muito bem a falar de Portugal, eu até perdi o comboio por causa disso. Assim... não entendo que raio justificou ela ter espalhado por todos os trabalhadores que eu não tinha estado bem.

É só doidos ou quê?!?!

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