quarta-feira, 27 de maio de 2015

Apeteceu-me falar de medidas

Estava a conversar sobre nem sei o quê e uma professora nojentinha meteu-se para me criticar.
 A Ana Luísa (siiiim, em Portugal quase ninguém me chama só Luísa) mede as outras pessoas por si?!? 
 Claro que meço. Vou medir por quem?!? Não sou perfeita, mas também não sou um monstro. Se vejo com os meus olhos e penso com a minha cabeça, se analiso o que me rodeia, vou medir as coisas pela medida do vizinho? Ou os padrões do povo Maori? Ou vou usar a bíblia? Ou a revista Maria?!?!

Ah porque nós devemos colocar-nos no lugar do outro. Não discuto. Mas vamos lá decompor a frase que nos coloca no lugar do outro:
se eu estivesse no lugar dele, faria...
Se é hipotético. Nós de fora achamos que faríamos de um modo, quando na realidade é só a razão a falar, esquecendo-nos que se estivéssemos no lugar do outro iríamos ter a emoção a juntar-se à equação. Ou seja... se estivéssemos, mas não estamos!!! 
Eu  é preciso mais do que esta palavra para provar que todos nós medimos o mundo à nossa volta por nós mesmos?!?!

Mas pronto... já passaram anos sobre essa conversa na faculdade. Se na altura achei a croma da professora uma enjoada e que não tinha razão em criticar-me, passados uns meses comprovei que além de enjoada é preconceituosa. Senhora professora doutorada deu um passo atrás, LITERALMENTE, quando lhe disse que trabalhava a fazer limpezas.

Assim, medindo-a por mim, ela, além de ter um 15 cm a menos na altura, tem zero em Humanidade, apesar de ser professora de Linguística. Assim, ela medida aos meus olhos, vale zero. Assim, posso estar errada, mas quem é que me pode criticar?!? Por muito que se ponham nos meus sapatos (adoro traduzir isto do inglês!), vão sempre pensar com as suas cabeças. Alguns pensarão com os seus pés, mas serão sempre os seus e não os meus!

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