sábado, 28 de junho de 2014

Não é para ter pena...

Mas eu sou buuuuuuuuuuurra!!! Há pouco coisa de mês e meio a minha mãe veio-me com a canção do bandido sobre uma mulher da minha terra. Que a coitada estava mal e precisava de apoio com questões de papéis e trabalho e tudo o que lhe tinham dito a ela. E eu, otária, e apesar de ter vindo mais cedo para casa por estar doente, lá peguei no telefone e dispus-me a ajudar a mulher que eu nunca tinha visto mais gorda.

Eu já gastei em telefone o suficiente para ir a Portugal num bilhete de última hora numa companhia aérea decente. Mandei emails para gente que nem sei quem é. Pedi descaradamente ajuda a gente com quem não tenho assim tanta confiança. Explico-lhe as coisas de tal maneira que até uma criança de seis anos conseguiria resolver. E faço isso segundo a máxima: fazer o bem sem olhar a quem.

Pois eu ando há um mês a falar para um surdo-mudo que habita na Patagónia (assim não me lê os lábios)... porque se não é isso estou a falar para a pessoa mais atrasada e descarada do mundo. No fim de eu batalhar e dizer vezes sem conta que ela precisava de um contrato, para depois pedir os papéis de residência deste cantão, para depois conseguir uma casa (o caso dela é este, pode haver casos diferentes, não sei) ela diz-me na maior descontração do mundo: eu não sabia que tinha que mudar os papéis de residência.

Já há tempos me disse: tu não sabes o que se encontra a fazer limpezas. Eu que há aaaaaaaaaaaaaanos trabalho a limpar?!? Eu é que não sei?!?!

Hoje vinha no comboio para casa e fartei-me de chorar. Estou farta de a ver a fazer asneiras e adverti-a que ela se pode tramar. A resposta dela: se é para me ajudares tudo bem, se é para me enervares não quero. Ela faz merda atrás de merda e depois dá-me uma resposta destas?!?!? Eu não a conhecia, ofereci-me, tenho tido uma paciência vinda de não de onde e levo com uma destas?!?!

Eu não tenho emenda... juro e juro e juro e só depois de Abril do ano passado (a última vez que disse que não ajudava mais ninguém) já ajudei mais uma portuguesa que a minha mãe encontrou no supermercado, dois italianos, um rapaz da minha terra, um amigo desse rapaz (que eu nunca cheguei a ver ao vivo e a cores) e esta...

Decididamente... eu preciso de uma tareia, porque não dá para ter pena de uma otária como eu....

Sem comentários: