domingo, 22 de outubro de 2017

A normalidade da anormalidade

Quando voltei a trabalhar no aeroporto levei um gozo daqueles. Eu não tinha whatsapp. Como é que podia ser?!?!?
Depois de gozarem bem o prato, dissesram-me que era importante eu ter essa aplicação, pois era uma forma recorrente de comunicação na empresa.
Então, lá vai a totó a uma loja, quero um telemóvel que possa levar a tal aplicação, mas quero um modelo simples, porque eu não percebo uma porra de tecnologia. A senhora riu-se comigo e lá me recomendou um telemóvel.
Depois de pagar uma fortuna (300 francos por um telemóvel é uma fortuna, bem... por um telemóvel, qualquer coisa acima dos 100 já é uma fortuna...), fui para casa instalar a coisa. Só faço merda com aquilo... mando mensagens para as pessoas erradas, não percebo nada dos bonecos e sei lá mais o qué. Mas se era preciso...

Só que... afinal... no check-in... o pessoal usa as  velhas mensagens. E o meu aplicativo está mais activo nos perdidos e achados. Mas... (olha adversativa)... o chat, que devia ser de trabalho, serve para quase tudo, menos para falar de trabalho. Mensagens parvas... todos os dias. Mas a coisa escalou de tal maneira que comecei a ter vergonha de abrir o meu whatsapp na rua. Aquela canalha usa a aplicação para enviar pornografia. Siiiiim... o chat com o nome da firma tem a maior utilidade para vídeos e mensagens pornográficos.

Não sou uma púdica, mas... não exageremos. Será que eles achariam piada se fossem as mulheres e as filhas deles a receber mensagens do género?! Eles acham mesmo que eu tenho que aceitar isso só porque de vez em quando (muito de vez em quando) aparece uma mensagem  de trabalho lá no meio?
Eu acho que não. Portanto... adeusinho... saí do grupo. Quem quiser falar comigo sobre trabalho que me mande uma mensagem, um email ou telefone...
Cambada de anormais!!!

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