domingo, 27 de março de 2016

Das culpas e das dores

Há quem defenda que o doze é um bom número porque doze eram os apóstolos. Há quem acredite que não se devem sentar treze pessoas a uma mesa, pois o primeiro a levantar-se é o primeiro a morrer.
Esta época pascal mostrou que o doze não é assim tão bom número e que o mal do número treze não é ser o primeiro a levantar-se, mas sjm ser, quase de certeza,  o único a usar cinto de segurança.

Só que antes de se culpar a numerologia, devemos culpar os humanos.
Antes de mais, os que estavam naquela maldita carrinha. Tirando as crianças, que fazem o que lhes mandam, todos os outros adultos podiam ter decidido não entrar na carrinha ao verem que era um carrinha adaptada, que era um único condutor, que era um condutor não credenciado (a experiência pode ser discutível).
Se for verdade que os bilhetes custam 350 francos, fizeram um mau negócio. Conheço uma empresa de autocaros de um português, credenciada, com muuuuuuitos anos de experiêcia (comecei a andar com eles muito antes de poder conduzir), que nunca implica com a quantidade de bagagem (têm condições para isso) e pedem 300 francos por uma viagem de ida e volta. E, marcando com tempo, os bilhetes de avião a partir de Basileia podem ser uma pechincha que compensa o bilhete de comboio até lá e o táxi do Porto até ao destino final.

Depois há que culpar os donos dessas carrinhas. Carregam e carregam e carregam e oferecem garantias e mais garantias e mais facilidades e mais comodidades. Mas... comcemos pelo mais básico: não há nada de confortável em fazer 2000km enfiado numa furgoneta sem janela, entalado entre montes de pessoas, sem possibilidade de esticar as pernas, nem de poder encostar a cabeça como deve ser.

Por fim, as autoridades. Quem deixa homologar uma alteração destas a uma carrinha?!?  Onde anda a polícia a fazer patrulha para não verem estas coisas?!?

E desta história ainda se pode tirar um ensinamento. Nunca viajar para fazer surpresa. A minha mãe fez-me isso jma vez e eu ia morrendo de emoção. Mas se fosse contactada pela polívia para me darem um notícia destas, quem precisaria de psiquiatria, seria eu.

Nunca devemos esquecer: coitados dos que ficam, porque os que foram já não sofrem...


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