segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sempre sou muito despachadinha

Cada vez que penso numa viagem que fiz a Itália...
Em menos de uma semana vi os meus planos serem alterados por forças que me eram superiores. Sem dizer a ninguém, procurei uma cidade relativamente grande (logo com hotéis) entre os meus dois destinos. Depois, inventando a mentira que queria muito parar em Tarento para passear, comprei o bilhete só até aí. Disse que seguiria ao fim do dia, mas a ideia era não preocupar ninguém e seguir viagem só no dia seguinte... mas ao procurar a cidade, claro que procurei hotéis. Em Tarento valeu-me uma corrida de táxi muito cara, em que tive que discutir com o taxista que não me queria levar pois era já ali (e era!), mas ainda sonho voltar lá só por causa do hotel...
Como se isso não bastasse, no regresso eu teria que dormir em Brindisi para apanhar o avião de manhã cedo. Andei de volta de hotéis. A minha colega disse-me para eu não gastar tanto e procurou-me um hostel. Quando cheguei à cidade, o taxista disse-me logo que não conhecia a rua. Conhecia uma parecida e mesmo assim, não conhecia nenhum hostel. No entanto levou-me lá. Como a rua era interditada a carros tive que ir a pé até à porta do suposto hostel. Quando cheguei lá e confirmei o que o taxista tinha dito... tooo late.... estava sozinha. É que o sul de Itália nas tardes de Verão... é um belo deserto!
Nem por isso houve problemas... pus-me a andar... a pé... com a mala atrás (eu sou uma betinha a viajar... viajo sempre de mala). Depois de passar pelo fim da via Ápia e respectiva escadaria que desce até ao Adriático, dei comigo na Corso Garibaldi... foi como encontrar um oásis. Eu sabia que ali havia um dos hotéis que eu tinha visto na net. Estava salva!!!

Esta aventura faz-me sempre sorrir e há dias veio-me à cabeça por causa de um turista de meia tigela que  e apareceu na loja a 2 minutos do fecho. Queria ajuda para encontrar hotéis na cidade. Pois o comboio atrasou-se e ele apanhou a porta do posto de turismo fechada.
Uma cliente ouviu e deu o nome de um hotel e respectiva rua e eu ajudei-o a ver no mapa. Depois tive que o mandar embora para fechar a loja, mas fiquei com o coração apertado. Iria ele conseguir seguir as minhas directrizes?!?!

Já no comboio percebi o quanto eu ando sensível a coisas que não me dizem respeito ou que não são dignas de preocupação.
Se eu me desenrasquei sozinha em Itália, como é que um tipo com um telemóvel todo XPTO não se consegue governar no cidade bastante acessível como Zurique?!???

Decididamente, preciso de férias...

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