Quando penso na minha adolescência... penso em como era uma bela de uma peste com professores e funcionários. Nunca levei ninguém à loucura, nem nada que se pareça, mas... ainda fui umas vezes ao CD (que agora é conselho executivo). A minhas actividade preferida era provocar os professores até ao ponto de quase rebentarem, mas nunca o ultrapassando, de modo a que eles ficassem danados, mas sem ponta por onde pegar. Um traste, eu sei...
A última que eu me lembro foi no secundário, chamei mentiroso, com as letras todas, ao professor de português. Ele tinha dito uma coisa num dia e no outro estava amudar o discurso... isso é ser o quê?? Claro que fui insubordinada, eu acho que era capaz de fazer uma participação de um aluno que me dissesse isso.
O otário (esta é uma opinião que se mantém desde a época) não fez nada e prosseguiu a aula.
E eu, com o tempo, aprendi a ter tento na língua e a ser mais suave com o que dizia. Até hoje.
Ontem, na aula de alemão, apanhei uma seca tão grande, tão grande, tão grande, mas tão grande... que pela primeira vez na vida consegui adormecer de tédio!!!!!
30 minutos para ler 3 páginas de regras e dicas para o exame final é muito tempo, não é? E ainda mais tempo é, se tivermos em conta que quase toda a gente já fez exames iguais, não é?
Eu, danada com a situação, nem olhei para as fotocópias que o professor me deu. Sim, puro despeito...
Hoje ele cobrou-me o facto de eu não ter olhado apra as cópias. E eu disse-lhe que não li porque não tive pachorra para mais regras e dicas, que achava que era uma perda de tempo gastar meia hora com coisas que toda a gente deve saber e que se não sabe é problema pessoal e não comunitário. Que não éramos crianças na escola primária que precisam que se explique tudo tim-tim por tim-tim. Que a aula foi langweilig (aborrecida). E rematei que tinha adormecido de tédio.
Como falei em alemão, a coisa saiu muito dura (eu não sei a língua corrente... quanto mais os eufemismos!!), mas não fui insubordinada (mal seria... com 27 anos andar a armar-me em adolecente parva).
Eu sei... eu não gostaria que me fizessem isso, mas... é o meu dinheiro e o meu tempo a arder!! Se é para dormir... fico na cama... se é para aprender palavras soltas... vou para a estufa e colo-me a um colega meu que me ensina palavras com a ajuda do italiano...
Se o professor ficou aborrecido não o demonstrou, mas as dicas e regras que ele levava para hoje... foram lidas e resumidas em muito menos tempo e eu já não dormi... :D
2 comentários:
Ser assertivo é algo que está a cair em desuso, mas que pode dar frutos. No caso que a Luísa aponta, a coisa parece ter resultado! Também não sou capaz de ficar calada quando as coisas incomodam e, não tendo pretensão de me armar em 'defensora pública', muitas das vezes isso até acontece com situações que não me envolvem directamente, mas que causam 'formigueiro'.
Nos tempos de liceu (ainda sou desse tempo), um reparo à professora de Física (cujas tiradas eram demasiado 'adolescentes' e despropositadas para uma professora) ainda acabou por trazer dissabores, mas fica-se de bem connosco, o que acaba sempre por vencer qualquer eventual retaliação:)
Olá Teresa!
Confesso que no fim de me calar fiquei um pouco atrapalhada. Pensei que ele me poderia achar um pouco pretensiosa ou algo do género. Mas quando o vi a despachar-se com o que não interessava e a demorar-se com o que importava... fiquei feliz por ter "tido a lata".
Quanto às retaliações... pode crer... quando nós libertamos o que nos vai na alma... não interessa muito o que vem depois... :D
Bom fim-de-semana!
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