Eu dei a ideia de subirmos ao cimo da torre do mosteiro, ideia que o meu irmão aprovou de imediato. O problema é que eu não contava que me desse para ter medo das alturas…
Para se aceder ao cimo da torre sobem-se umas escadinhas em caracol. Até certo ponto não houve problema, mas quando as paredes da escada se “abriram” em janelas rasgadas de alto a baixo… a coisa ganhou outra forma. Nunca tive problemas com as alturas, mas desta vez… cheguei lá a cima por umas escadas e obriguei o meu irmão a descer imediatamente na minha frente pelas outras. Eu ia por trás, sentada. Quer dizer que eu desci toda a parte aberta das escadas como se fosse uma criança. Sim arrastei, literalmente, o rabo pelas escadas a baixo.. E se a vista lá de cima era linda! Coitado do meu irmão que teve que descer a correr e coitada de mim que ia tendo um ataque cardíaco naquele dia…
Depois de estarmos em terra firme... o meu irmão aproveitou para gozar comigo e veio todo contente contar a aventura aos meus pais...
Foto 1: A fachada do mosteiro, onde tem uma representação, em baixo-relevo, por cima da porta principal, do Juízo Final. Muito interessante. Também se pode ver até onde eu fui (cheia de medo!). Apesar de se poder ir mais a cima, fomos até à varanda que está imediatamente a baixo da rede de protecção das obras. Apesar de se notar mal, podem ver-se as janelas que fazem parte do fossos das escadas em caracol (um de cada lado da torre).
Foto 2: Não sei bem se é azul muito escuro, se é mesmo preto, mas adorei o desenho do tecto gótico do mosteiro. Era giro até para ter em casa...
Foto 3: Mas o que eu gostei mesmo foi deste vitral: a "Dança da Morte". Segundo um postal que eu comprei, é do século XX, mas representa a morte na época da peste. É um facto... ninguém escapa, ricos e pobres, novos e velhos, feios e bonitos. Tem algumas cenas que acho mais engraçadas: na primeira linha, na segunda imagem a contar da esquerda, vemos a morte a tirar a mitra ao Papa ( é o Papa pelas cores vermelhas que ele traz); na penúltima linha na última imagem à direita, vemos a morte a apertar o epscoço a um homem; por fim, apesar de haver instrumentos musicais em todas as cenas, achei particular piada à primeira imagem da última linha, onde vemos a morte a tocar gaita de foles. (Eu sei que a imagem não é boa, mas a máquina e a fotófaga também não o são!!)
Foto 4: Nesta encontra-se um pormenor dos bancos do coro que estão junto ao altar. Também por lá há ursos, mas preferi colocar um pastor...
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