sábado, 25 de abril de 2015

del cano... huuum... tão boa!

Por dois ou três motivos diferentes, eu costumo ter uma garrafa de água de uma marca que não vendemos no quiosque. Hoje esqueci-me dela e tive que usar uma garrafa de reserva. Quando ficou vazia fui enchê-la na torneira do lavatório.

Num momento livre que tive tentei saciar a minha sede. Mas... a garrafa tinha desaparecido. Perguntei por ela à minha colega e... ah. Era tua? Eu disse à senhora H. que não era de ninguém. Gerou-se o pânico. Será que a mulher a tinha posto no frigorífico dos clientes?!?! Fui ver, não estava lá.

Depois lembrei-me que tinha vendido uma garrafa que não me parecia muito fria. Será?!? pensei sei eu.

Fui falar com a chefe... sim... ela tinna posto a garrafa para venda. Ou seja.. eu vendi água do cano numa garrafa que já tinha sido lambuzada por mim pela módica quantia de 3.5 francos...
Sei que saiu cara...oooops.... sorry!

terça-feira, 21 de abril de 2015

come muito queijo...

Estou a caminho do trabalho e vou cá a pensar se não me sai mais um como no Domingo passado.
De manhã cedo, um avô resolveu roubar um  jornal. Uma funcionária de uma loja ao lado viu e avisou-me. Fui atrás do velho e perguntei-lhe se queria pagar. Ao que ele respondeu:  ah sim. É que eu esqueci-me de pagar.

Haja pouca vergonha na cara. Um avô?!?!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sempre sou muito despachadinha

Cada vez que penso numa viagem que fiz a Itália...
Em menos de uma semana vi os meus planos serem alterados por forças que me eram superiores. Sem dizer a ninguém, procurei uma cidade relativamente grande (logo com hotéis) entre os meus dois destinos. Depois, inventando a mentira que queria muito parar em Tarento para passear, comprei o bilhete só até aí. Disse que seguiria ao fim do dia, mas a ideia era não preocupar ninguém e seguir viagem só no dia seguinte... mas ao procurar a cidade, claro que procurei hotéis. Em Tarento valeu-me uma corrida de táxi muito cara, em que tive que discutir com o taxista que não me queria levar pois era já ali (e era!), mas ainda sonho voltar lá só por causa do hotel...
Como se isso não bastasse, no regresso eu teria que dormir em Brindisi para apanhar o avião de manhã cedo. Andei de volta de hotéis. A minha colega disse-me para eu não gastar tanto e procurou-me um hostel. Quando cheguei à cidade, o taxista disse-me logo que não conhecia a rua. Conhecia uma parecida e mesmo assim, não conhecia nenhum hostel. No entanto levou-me lá. Como a rua era interditada a carros tive que ir a pé até à porta do suposto hostel. Quando cheguei lá e confirmei o que o taxista tinha dito... tooo late.... estava sozinha. É que o sul de Itália nas tardes de Verão... é um belo deserto!
Nem por isso houve problemas... pus-me a andar... a pé... com a mala atrás (eu sou uma betinha a viajar... viajo sempre de mala). Depois de passar pelo fim da via Ápia e respectiva escadaria que desce até ao Adriático, dei comigo na Corso Garibaldi... foi como encontrar um oásis. Eu sabia que ali havia um dos hotéis que eu tinha visto na net. Estava salva!!!

Esta aventura faz-me sempre sorrir e há dias veio-me à cabeça por causa de um turista de meia tigela que  e apareceu na loja a 2 minutos do fecho. Queria ajuda para encontrar hotéis na cidade. Pois o comboio atrasou-se e ele apanhou a porta do posto de turismo fechada.
Uma cliente ouviu e deu o nome de um hotel e respectiva rua e eu ajudei-o a ver no mapa. Depois tive que o mandar embora para fechar a loja, mas fiquei com o coração apertado. Iria ele conseguir seguir as minhas directrizes?!?!

Já no comboio percebi o quanto eu ando sensível a coisas que não me dizem respeito ou que não são dignas de preocupação.
Se eu me desenrasquei sozinha em Itália, como é que um tipo com um telemóvel todo XPTO não se consegue governar no cidade bastante acessível como Zurique?!???

Decididamente, preciso de férias...

O nada no tudo

"If you wait until you can do everything to everybody, instead of doing something for someone, you will end up doing nothing for nobody."

Alguém  disse isso e eu gostei...

Os truques da caixa mágica

Eu já aqui mencionei o meu gosto por publicidade. Em toda a minha vida só me deixei levar duas vezes pelas campanhas de dois produtos e fiquei satisfeita por me ter deixado levar. Agora vejo publicidade em todo o lado, mas desenvolvi um filtro forte e não há quem me apanhe nas malhas do marketing. Talvez por causa desse filtro ache fascinante ver o que um publicista vai buscar para vender os seus produtos.

Assim, um dos meus hobbies televisivos é decompor os anúncios e ver quais as mensagens veladas que existem por lá.

Ainda que não me lembre de ver publicidade do género em Portugal, pelos registos encontrados em blogs como Os dias que voam, fumar era porreiro. Tornava as pessoas elegantes e interessantes. Entretanto o cigarro foi banido de (quase) todo o lado e as pessoas tornaram-se inteligentes, charmosas e interessantes pelo consumo de milhentos outros artigos e produtos.

Mas, na minha perspectiva de """"analista"""" publicitária, acho que há por aí muita gente a fazer publicidade que, das duas uma, devia dedicar-se a arrumar carros ou precisa de terapia profunda com urgência.

Se é mau fazer passar a mensagem declarada que um cigarro torna a pessoa interessante, a minha pergunta é: não é pior fazer passar pelas entrelinhas que um telemóvel serve para resolver os conflitos de irmãs mimadas?!?! Não será um crime numa mesma publicidade a criança pequena ter um robot que tanto resolve o cubo de Rubik como faz os trabalhos de casa de  matemática?! Ou ainda, não é grave que a criança apareça com um amigo de lata?!? Sim o Spielberg fez um ET. Mas se bem se lembram, o ET queria ligar para casa, pois além de estar ameaçado na Terra, também sentia saudades da mãe ET.

Também achei interessante (ou então não) quando começaram a mostrar o gordinho do grupo a encomendar pizza com muitos ingredientes extra e quando parou os amigos riem de forma condescendente e ainda lhe passam a mão pela cabeça. Não podia ser uma mulher magricela a pedir uma pizza gigante?!? Ou só os gordos é que comem como alarves?!? Ou só os que comem como alarves é que são gordos?!?!

Não sei... lentamente até a publicidade me parece desumanizada. Se antes era desumanizada porque tinha o propósito de vender gelo a esquimós e o fazia a todo o custo, hoje em dia nem isso faz convenientemente. E o que mais me choca é que as publicidades a produtos que supostamente unem (computadores, telemóveis, etc.) parecem ser os que têm as publicidades que mais afastam as pessoas.

Sinceramente, tenho que me dedicar mais aos cálcios que fazem milagres ou ficar-me pelas máquinas de lavar com raios laser...