terça-feira, 29 de março de 2011

Que contas?!?

Há uns anos trabalhei numa fábrica de fiação de algodão. Não se ganhava por aí além, mas... eu também só fazia o trabalho de férias. O que era certo eram os nossos direitos, férias, subsídio de desemprego, reforma... estavam lá os descontos e acrescentos que a lei exige. Mas a lei aqui é tão certa ou tão errada que resolveram investigar o director da empresa. O fisco caiu-lhe em cima porque ele tinha feito uma casa de um certo valor. Como os nossos ordenados não falhavam, os descontos também não, as vendas não estavam assim tão famosas e o ordenado dele não era de milionário... fazia confusão às finanças como é que ele tinha dinheiro para pagar tal obra. Resultado, o senhor viu tudo ser passado a pente fino só porque tinha herdado um montão de dinheiro em Itália... Pois é... se certos países tivessem finanças a funcionar como deve DE ser... não havia empresas de metro com dívidas com muitos zeros e à beira da falência... Já disse por aqui que não devia ver as notícias?!? Se não disse, cá fica: parece-me que eu não devia ver notícias...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Semana 13

Ein Buch sogleich nach dem Erwachen: eine aufregende Sache. Sei Shonagon

Um livro imediatamente depois do acordar: uma coisa emocionante (ou estimulante, ou excitante, a palavra dá para tudo... e eu não sei o que é que autora queria mesmo dizer).

são aos montes

Eu acho que sim

domingo, 27 de março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

(In)tranquilidade

Eu adoro o meu trabalho, mas ultimamente tenho sentido uma certa pressão. Não me é dirigida, porque eu sou uma boa empregada (já disse que no trabalho não sou modesta, mas sim honesta). No entanto, essa pressão que é feita sobre os lentos acaba por me afectar. Hoje foi um desses dias. Explodi a chorar (não tenho vergonha de chorar ou de dizer que choro). E uma vez mais fui surpreendida pelos meus colegas de trabalho, em especial pelo M., que esteve que tempos a falar comigo.
Uma mão que nos aperta o ombro pode fazer toda a diferença...
Tenho que ir dormir, mas queria partilhar este momento de tristeza/alegria/surpesa/bem-estar e desejar-vos uma coisa simples: muitas mãos que vos apertem o ombro quando mais precisarem.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Their explosions in the sky...















Mesmo à saída do trabalho vi como o céu estava rendado. A partir daí, não parei de olhar para o céu até chegar à paragem de autocarro. Pelo meio, fui fazendo cliques, cliques e mais cliques... :d

segunda-feira, 21 de março de 2011

Semana 12

Ein Leben ohne Bücher ist nicht lebenswert. Erasmus von Rotterdam

Uma vida sem livros não tem valor.

Brincos de princesa













Quando andava na escola primária, fazia brincos com uma parte dura da flor azul da foto de cima. Não sei como se chama, mas sei que é completamente espontânea em Portugal. POr aqui também se vê nos canteiros, mas não sei se é semeada. Na estufa parece que é... há dias a S. perguntou-me se eu conhecia a immer grün (sempre verde). Pensei que era algo extraordinário, afinal...
Mas esta não é planta para vender. Para vender são as que vêm nas fotos seguintes...
Erysimum, as amarelas já me eram familiares, as avermelhadas nem por isso.
O Doronicum. É muito engraçada, esta planta... está mortinha de sede, pensa-se que já não dá nada... damos-lhe um pouco de água e arrebita em coisa de minutos. Geil!!
E, por fim, a Lewisia, penso sempre em Leviosa, uma magia que a Hermione do Harry Potter aprendeu a fazer muito rapidamente. Pena elas não se levantarem e irem a voar até ao lixo, é que elas cheiram mal, têm as folhas sempre cheias de manchas e o raio das flores ficam enfiadas debaixo da terra e das folhas... :s








Charlie Brown

Parei para ver o mundo passar. Mas, Linus, ele não passa.

domingo, 20 de março de 2011

Não são heróis!

O jornalista Paulo Dentinho estava em directo (sim, com /c/) na RTP. Mostrava em directo uma anti-aérea na Líbia e pedia ao operador de câmara de vídeo para desligar a luz da câmara. O José Rodrigues dos Santos dizia por trás que devia ser uma medida de segurança. Não sei se era ou não. Só sei que me revolta.
A situação naquele país era revoltante, depois de o povo se ter insgurgido, ficou ainda mais revoltante porque o doido varrido do ditador tem feito cada vez mais m****.
Mas o que me revolta mesmo, mesmo, é que façam directos só para mostrar bombas a rebentar, que mostrem imagens de pessoas feridas estendidas em sofrimento em camas de hospital. Ou seja, não acrescentam informação nenhuma, não nos dão uma boa nova e deixam-nos exaustos (e acredito que torne muitos insensíveis), só porque querem vender mais e mais...

O mundo precisa de saber o que se passa naquele país, sem dúvida. Mas... arriscarem a sua vida, colocando a vida de outros em perigo e receber ordenados chorudos?!? Não me parece que um jornalista de guerra, que o é por vontade própria e só me mostra o brilho das bombas, possa ser considerado um herói...

Por favor ou como assustar a minha mãe

A minha mãe é uma medricas de todo o tamanho. Muito facilmente se assusta com o que os filhos lhe dizem, nem que seja por sms! Mas desta vez exagerou!! Na Sexta, eu estava falida (no telemóvel) e só tinha dinheiro para mandar mensagens. Como precisava de falar com ela, foi o que fiz: Liga-me, por favor! Ia matando a mulher!

Quando queremos pedir alguma coisa, manda a boa-educação que se peça Por favor e que se diga Obrigada(o), mesmo que ainda não se tenha obtido o que se quer. Mas, dependendo do sítio onde se esteja, e dependendo da nossa óptica, o usos dessas duas coisinhas pode ser exagerado ou parco.

Quando cheguei cá, notei que toda a gente é muito educada e diz obrigado, por favor e usa o conjuntivo (a forma educada de pedir algo) a torto e a direito. Nos padrões portugueses, a coisa até que pode ser considerada excessiva. Mas eu comecei a sentir-me mal-educada, ainda que nunca ninguém me tenha dito nada!!! Então, comecei a dizer ainda mais vezes estas pequenas palavras, para ver se não fazia figura de ursa.
Com o hábito, além de o dizer em alemão também passei a dizer em português, para colegas, amigos e até para a minha mãe. Além de o dizer oralmente, passei a escrever até em pequena mensagens.

Como a minha mãe não está habituada a uma mensagem tão curta com um por favor pelo meio... pensou não sei o quê. Ligou-me esbaforida... primeiro que se acalmasse... porque é muito estranho dizeres por favbor numa sms curta... até porque eu sabia que estavas sem dinheiro... não era preciso dizeres por favor...

É uma pessoa bem-educada... quase que se mata outra de ataque cardíaco... e só por causa de contrastes culturais. Lindo!!

Tenho que comprar um destes

Sempre gostei do 206. Como diria o meu irmão: carro de gajas. Mas com uma publicidade destas... acho que até me convenciam (se eu quisesse comprar um carro!).


Beijos e abraços

Sou um tanto ou quanto alérgica a beijos e abraços. Acho que são coisas para serem dadas com sentido e não por dá-cá-aquela-palha!
Dou beijinhos quando me apresentam uma pessoa, dou beijinhos e abraços quando não vejo uma pessoa amiga há muito tempo. E já chega!!! Gosto pouco de demonstrações de afecto em excesso, não provam rigorosamente nada!!
Mas, de vez em quando, também sou capaz de dar muuuuitos beijos e abraços para reconfortar uma pessoa, mesmoq ue ela não seja a minha melhor amiga. Foi o que se passou na passada Sexta-feira. Uma colega do trabalho está com um problema muito grave e desatou a chorar à minha frente logo pela manhã. No meu instinto, agarrei-me a ela e comecei a dar-lhe miminhos e a tentar consolá-la da melhor forma que pude (venham cá consolar uma pessoa em alemão!!!!).

Depois de ela se ter acalmado, e com o decorrer do dia, pus-me a pensar se não teria abusado... Não sei... alemães e suíços são um bocadinhoooo menos calorosos que os portugueses e eu, apesar de ser das tugas mais frias que conheço... consigo ser muito expansiva em comparação aos meus colegas...
É daquelas coisas que só se pensa depois e que espero que não ela não tenha achado que eu sou uma abusada...

quinta-feira, 17 de março de 2011

(Nicht) lustig!

Há tempos, o S. pediu-me que lhe desse uma frase em português para traduzir. Eu, de pura sacanagem, disse-lhe que queria a tradução da frase, mas também a tradução do sentido de de Espanha nem bom vento, nem bom casamento. O moço, filho de italianos, nascido e criado na Suíça... não atingiu nada. Lá lhe expliquei tudo e ele disse: Oh! Como querias que eu soubesse isso?!?

Mas esta brincadeira reflecte-se todos os dias, em novos contextos. Ontem ou anteontem, li no jornal uma piada seca (as minhas preferidas!) e fartei-me de rir. Mas acho que me ri mais porque a traduzi mentalmente.

Diz a baleia para o atum:
- Que devemos fazer, peixe?
Diz o atum pra a baleia:
- Tu tens a escolha, peixe?

Não tem piada (nicht lustig) nenhuma. Mas com contexto linguístico até tem a sua piada...

Sagt der Wahlfisch (baleia) zum Thunfisch (atum):
- Was sollen vir tun (fazer), Fisch (peixe)?
Sagt der Thunfisch zum Wahlfisch:
- Du hast die Wahl (escolha), Fisch!

terça-feira, 15 de março de 2011

Quê?!?! 'tou baralhada...

As flores são taxadas a 23%, aqui também têm a taxa de luxo, a diferença é de 15% (ganham os utentes suíços).
Os utensílios e outros equipamentos exclusivamente ou principalmente destinados ao combate e detecção de incêndios também subiram para esta taxa tão gira. Mas o golfe, esse desporto praticado por tanta gente, fica a 6%.

Só me pergunto, de que sector é que o estado aceitou os argumentos, desportivo ou automóvel.



Nem sei qual das coisas é pior... se o vídeo, se o conteúdo do vídeo...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bestanden

Ainda não tinha dito isto a ninguém em terras lusas... Amanhã recomeço as aulas!!
Outra notícia... tchã tchã tchã... há dias recebi o resultado da prova de alemão e... tchã tchã tchã... passei (bestanden). Não é a melhor nota do mundo, mas... tendo em conta que praticamente não estudei nada, já é muito bom!!
E o melhor de tudo isso é que acho que já não me falta nenhuma papelada para me candidatar ao ensino de português por estas bandas.
Gott sei Dank!! Que é como quem diz, graças a Deus!!

Semana 11

Man muss mit Besessenheit geboren worden sein, um gute Literatur zu machen. Gustave Flaubert

É preciso nascer com a obsessão por fazer boa literatura.

É uma borbulha, não é um O!

Pela primeira vez, estou aborrecida, para não dizer uma palavra começada por F, com a minha vida na estufa.
Há lá uma gaja que pensava que era o papa da estufa. Este ano foi promovida a qualquer coisa mais do que era na época passada. Então, agora pensa que é Deus. Fala com uma superioridade, controla tudo e todos, que nunca pensei que fosse possível numa sub-sub-chefe. Eu sei que o mundo é uma porra, que as pessoas e os locais de trabalho não são perfeitos. Mas... este podia ser um bocadinho melhor do que a generalidade...
Farta da rainha do Sabá, fui falar com o chefe, que por sua vez foi falar com ela, que por sua vez quis falar comigo. Falámos os três. Ela negou tudo. Como seria de esperar (se não o fizesse, seria louca!!). Mas... mesmo ela negando, toda a gente se queixa. A diferença é que não se queixam ao chefe. Ou seja, em vez de trabalhar com pessoas, trabalho com ratos. Outra coisa que eu sei que existe em todo o lado, mas... que também podia não existir no meu paraído florido!!
No fim da reunião ficou tudo muito calmo, como se nada fosse.
Quer dizer, só se for para eles. É que eles pensam que eu tenho um O, de otária, na testa. Mas estão muito enganados!! É que é só uma borbulha de uma crise de acne tardio que me deu há dias!!

terça-feira, 8 de março de 2011

Um dia em cheio

Logo de manhã o patrão faz a reunião em alemão de gente só por minha causa.
Depois a chefe manda-me ensinar uma novata a fazer um trabalho difícil e importante (que por acaso eu detesto e faço sempre a praguejar, porque acho que é demasiada importância para uma coisa tão pouca).
Mais tarde o J. diz-me que eu ando sempre feliz com o trabalho, que nem é muito normal, mas que é muito bom eu ser assim. E acrescenta que lhe fiz falta no outro trabalho (este meu colega tinha-me convidado para trabalhar num circo no Inverno, mas, por motivos de saúde, tive que dizer que não).
Depois do trabalho, a caminho do autocarro, um outro colega pergunta-me se vou a uma festa. Depois de me admirar com tal pergunta, ele esclarece: É que estás sexy! (eu, como sempre, ia com uma roupa bem banal!!!!!)

E pronto... o meu ego não pode aumentar mais hoje!! :D:D:D:D:D
Boa semana!! ;)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Semana 10

Das wahre Leben, das einzige von uns wahrhaft gelegte Leben, ist die Literatur. Marcel Proust

A verdadeira vida, a única verdadeiramente por nós vivida, é a literatura.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Prescrição médica

As autarquias não deviam ser obrigadas a subornar os médicos para irem para o interior.
Os médicos devem ser destacados, tal e qual como se passa com outras profissões. Se alguns médicos aprendessem a ser humildes... muita coisa estaria de melhor saúde
neste país.

Isto foi por causa de mais uma notícia que eu acabei de ouvir nas notícias (falta de médicos no Sardoal). Vou mas é dormir. Assim não escuto mais nada que me tire o sono (a sério que tenho um sono agitado sempre que vejo notícias; por isso o faço tão raras vezes); assim não tenho mais vontade de bater em alguém (não vá eu ter um ataque de sonambolismo e ataco a minha mãe a dormir); e assim também descanso de mais um dia óptimo.


Notícia de última hora, num zapping a correr: perto de Coimbra há uma aldeia que tem uma moeda própria, as Granjas, e faz trocas comercias à antiga. Uma pessoa leva, por exemplo, batatas e recebe uma "nota comercial" que vai trocar por massa, ou um corte de cabelo, ou uma viagem ao médico...

Parece que a ideia veio da França, no entanto, não interessa de onde veio, mas, sim!!, para onde vai. E eu espero que seja para a melhoria do bem estar de, ao menos, algumas pessoas.

Vá lá... pode ser que eu afinal não tenha pesadelos esta noite!

Quantos zeros leva mil milhões?!?

Eu uso a electricidade para tudo e mais alguma coisa: secar a roupa (uma máquina de projecção de ar dentro de uma sala que existe na cave, ou não há roupa que seque por aqui), cozinhar (eu acho que nesta terra não há fogões a gás), o computador, mesmo gastando pouco, está horas a trabalhar para o boneco...
A minha conta de electricidade vem de dois em dois meses e eu pago à volta de 100 euros.

Quanto custam dois meses de electricidade num país três vezes maior que a Suíça e com mais recursos naturais (até acesso mais rápido às energias não renováveis) que esta ilha?

A empresa das energias e dos recursos e dos raios que os partam teve lucros de mil milhões de euros. Com a ajuda do Zé Despidinho (o Povinho já lá vai). Depois são os 62 milhões da companhia aérea...

E depois vêm dizer que estamos em crise?!?! Ora... eles que vão para a p*#%& que os pariu!!

Com estas revoltas no Magrebe... ninguém se inspira?!?

Decididamente, tenho que deixar de ver as notícias. Dá-me sempre vontade de bater em alguém...

terça-feira, 1 de março de 2011

Não ligo nada ao futebol

Eles ganham fortunas para correr atrás da bola. Se não ganham no campo, azar o deles. E também não gosto dos exageros das pessoas (e das instituições "não futebolísticas") à volta deste tema.
No entanto, acho que esta publicicdade foi muito bem feita. ;)