sábado, 27 de fevereiro de 2010

Casa alta

No primeiro semestre de alemão, estivemos a falar dos diferentes tipos de construção, a distinguir um prédio de um arranha-céus (Hochhaus, casa alta), etc. e tal. A professora, nascida e criada aqui na cidade, disse que só existem 3 arranha-céus por cá. Deu-me vontade de rir. Mas é que de facto só existem 4 prédios grandes por aqui.
O hospital, que deve ter para aí 10 andares.
A Roter Turm (torre vermelha), com 90 metros, e que fica perto da estação de comboios, acho que pertence aos correios e no núcleo envolvente fica a minha faculdade. Lá em cima existe um bar e uma câmera que capta imagens da cidade em tempo real e 360 graus...
Outro, Sulzer Hochhaus, pertence a um velho italiano muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito rico (proprietário de 80% dos prédios da cidade). Há tempos teve que fazer obras para retirar amianto que havia por lá. Então como estava a mexer... resolveu meter-lhe mais uns andares. A maioria do material usado foi tranportado pelos elevadores!! Uma das coisas que eu gosto neste prédio é que, no Natal, as luzes ficam acesas de modo a fazer uma árvore de Natal em cada lado do edifício. :D
E o último já fica no subúrbio da cidade, só o vi ao longe e de fugida. Mas deve ser mais ou menos como o como o hospital.

Na primeira foto vê-se a Sulzer Hochhaus do lado esquerdo a Roter Turm do direito.
Na segunda vê-se o hospital, à direita.
As duas fotos são a sequência das outras cinco (nos dois posts, de cima para baixo é equivalente a "da esquerda para a esquerda"). Fazem assim o panorama da cidade que me abriga, a mim e aos restantes 99999 habitantes. Isto é... se já não aumentaram. Há relativamente pouco tempo era uma cidade com 100mil habitantes. Até fizeram uma festa à habitante número 100 mil...

Schmetterlinge fliegen - der Frühling kommt

Era o que dizia ontem no jornal. Se as borboletas (Schmetterling é um nome tãio para um animal tão bonito!!) voam, não sei, ainda não vi nenhuma. Mas que a Primavera está a chegar, está. Pois eu já vi umas flores naturais por aí. Naturais, quer dizer... eu não trabalho com flores de plástico na estufa, mas não são espontâneas...

Aproveitei o facto de ter a tarde livre e fui até à montanha. Coisa muito rara (estou aqui há quase 2 anos, passeei 2 vezes pela montanha, a de hoje e a outra foi quando fiz um passeio com a firma!!), mas lá fui... ainda há neve por derreter, as árvores ainda estão despidas e a erva ainda está amarela, queimada do gelo, mas não está aquele frio que corta. COnsegui andar de casaco aberto e sem gorro!!

Na passeata fui até Goldenberg, montanha dourada. Bonito, não? Não sei porque se chama assim, até porque não tem nada de especial que a distinga das outras montanhas. Mas eu gosto de lá ir porque consigo ter uma vista incrível sobre a cidade...

































Eu moro do lado de fora do lado esquerdo da primeira foto. :D

Na última foto, mais do lado esquerdo, pode ver-se a baixa da cidade: muitos telhados escuros com duas torres enormes da igreja mais importante da cidade que eu nunca consigo visitar porque está fechada ou com missa!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Scar tissue




É a primeira de que me lembro.

Depois lembro-me desta...





Sempre que olho para isto:















Não, não é tentaiva de suicído. Se fosse tinha que ser mais perto da mão, um corte a acompanhar os tendões e não a atravessar os músculos!!
Em sete ou oito dias de trabalho já me rebentei toda, ainda mais do que o ano passado nos primeiros dias. Neste momento, esta é a minha ferida preferida. A mais tramada é a que está entre a unha e cabeça do dedo indicador da mão direita!! Bué da cool. Não? Pois... não...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os últimos cartuchos...
























Não sei como será o cortejo na sua totalidade, pois tanto este ano como o ano passado só vi alguns carros e grupos de mascarados, e no fim do percurso. Mas como noutro sítios também há o carro vassoura. Deve ser sempre o mesmo todos os anos e pertence à empresa de autocarros da cidade, não é muito bonito, mas eles marcaram a sua presença.

Não é um Carnaval como o de Torres ou o do Rio ou o de Veneza. Pode não ser o mais bonito, mas é o que eu tenho por aqui e não desgosto deste jogo de Entrudo. Porque Carnaval a sério... será a 14 de Agosto e não é chamado Carnaval de Verão.

E isso sim, bate muito recordes e mexe muito comigo!!...

Caretos futuristas?
























Um pouco, sim. Aquelas cabeças de alien...
Não sei se são novos por Winterthur, mas que me deixaram de boa aberta... deixaram. Prova de como a tradição pode ser mantida, mesmo sem ser o que era...

Mais máscaras
























Quando olho para a foto de cima, lembro-me muito dos Caretos de Podence por causa das cores dos fatos.
Na última, podemos ver a dimensão dos guizos que alguns dos grupos trazem presos à cintura. Também trazem um caneco de alumínio (não sei bem para quê), um saco com rebuçados que vão distribuíndo pelas crianças e confetis que vão atirando às pessoas ou mesmo esfregando e enfiando nas malas, no interior da roupa... onde calha, ora veja-se a segunda foto. A mão da moça está dentro da mala para tirar de lá a montanha de confetis que um mascarado lhe deu com tanto carinho e tantos abraços... :D


Só uma nota: as bruxas da imagem de baixo, tal como outros grupos, estiveram tal e qual por cá já no ano passado...

Narren/Máscaras





Cor e mais cor ao som de muita música...
























Pequenos e grandes, novos e velhos, eles e elas... um espanto de pinturas e indumentária...

Guggenmusic

foi uma nova palavra que aprendi no Domingo. Já a tinha visto antes, mas só no Domingo a procurei. A acreditar nisto, tem tudo a ver com o Fasnacht (Entrudo).

Apanhei o primeiro comboio que pude depois do trabalho, mas já só apanhei o fim do cortejo. Tem carros alegóricos, tem muita música e muitas máscaras como se pode ver nos diversos posts...






















O senhor que segura a bandeira indicava o caminho que cada grupo de mascarados, de músicos ou carros alegóricos deveria seguir no fim do cortejo. Veja-se a data da fundação da comissão. Já velhote, não? (sim, eu sei que o Carnaval de Torres é mais velho!)

Nas fotos seguintes temos dois carros com o que me pareceu o tema deste ano: a pirataria. O 33 1/3 deve ter um significado especial. Mas como a pirataria não é o meu departamento... não sei explicar... Repare-se nas datas que estão no segundo carro. Passeou por vários sítios nos últimos dias...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ajudem-me!!
















Há para aí um mês e meio, estava a ler um blog e apareceu a palavra "infelicidade". A pessoa que assina aquele blog costuma ser muito direita a escrever, tanto em ortografia, como em sintaxe como em vocabulário... e eu só pensava: "Ai! Ele passou-se!! Agora escreve infelicidade"?!?! Essa palavra não existe!" Quando a comecei a decompor por sufixos e prefixos e mais não sei o quê, pensei... "Acorda!! E nunca mais digas que és licenciada em português." :s

Ultimamente só tenho escrito barbaridades. Além de gralhas parvas, encontram-se palavras soltas dentro de frases que não têm nada a ver com o assunto. E as repetições de palavras muito seguidas... um absurdo.
Isto tem várias explicações: eu sou péssima a escrver ao computador. Sou da liga da caneta e papel. Como escrevo a maior parte dos posts directamente no Blogger... a coisa corre mal. São palavras por apagar, esquecidas depois de uma frase reformulada, ou é a repetição exaustiva de um mesmo conector, é o uso de adversativas que até nem lá deviam estar....
Depois, como eu tenho passado muito tempo em contacto com o alemão... há coisas que já se baralham. Se soubessem como são a vírgulas colocadas por estas bandas!!! Por muito que eu não queira que o alemão se sobreponha... cerca de 90% do meu dia é passado a falar alemão, a ler alemão, a comprar em alemão, a trabalhar em alemão... e torna-se difícil.
Por fim, mesmo estando em contacto com a língua portuguesa através de livros que vou lendo e da internet... às vezes há asneiras que me entram pelos olhos e eu fico já na dúvida e tenho certezas erradas, que são um INFELICIDADE.

O meu pedido de ajuda é simples. Sempre que virem uma barbaridade, seja ela de pontuação, de ortografia, de sintaxe, ou de mais não sei o quê... BITTE!! deixem um comentário que eu vou lá corrigir.

Foto aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Manel é fixe!!

Ouvi há pouco que um senhor se tinha dedicado a fazer unhas de gel. Confesso que até nem é coisa de que eu gosto particularmente. Mas o facto de esse homem jovem preferir fazer um trabalho a deixar-se ficar sem trabalhar e a vadiar já é de louvar. Mas se pensarmos que é um "trabalho de mulher" é de bater palmas... de pé!!

Eu considero que há trabalhos para homens e para mulheres. Salvo raras excepções as mulheres não têm estrutura física para andar em cima de andaimes a carregar baldes de massa dias a fio. Por isso é que eu acho que há trabalhos para homens e mulheres. Simplesmente uma questão anatómica.
No entanto, há trabalhos que não precisam de anatomia para nada... estar sentado a atender telefones ou a pintar unhas... homem ou mulher, alto ou baixo... qualquer um faz isso, basta que tenha jeito e ignore os preconceitos.
Esse senhor Manuel, trabalha na Reboleira. Para quem gosta de unhas de gel... procurem-no, parece que ele é mesmo bom!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nas nuvens...

O A380 da Singapore Airlines é o maior avião de passageiros do mundo e no próximo més começa a viajar diariamente entre Zurique e Singapura.
Ontem andei numa secção do aeroporto que raramente frequento/limpo, quando vi lá uma miniatura do avião (um metro é uma miniatura de um bicho destes, não é?!?!) num suporte que tinha uns vídeos ilustrativos. Enquanto limpava o pó, fui deitando o olho às imagens e, literalmente, houve um momento em que o queixo me caiu e pensava: "qualquer dia gasto o meu ordenado de um mês para viajar neste avião!... Nem que gaste mais ainda!!".

E não é que estive a simular uma viagem de dois dias entre Zurique e Singapura?!?! e Não achei caro, tendo em conta a dimensão de tudo, viagem, avião, qualidade do serviço... quem sabe se eu não faço mesmo essa loucura um dia?!?!?


É tão grande que só pode aterrar numa zona do aeroporto e as pessoas só podem embarcar e desembarcar num dos portões. Tudo o resto é pequeno demais.
Não sei se o governo português quer um novo aeroporto para fazer aterrar um bicho destes, se quê... às vezes... quem sabe lá o que de lá virá?!?!? :D


Vejam o vídeo relativo à classe económica... é melhor que a classe VIP de algumas companhias europeias!!!!!!!!!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma boa filosofia


Männer muss man nehmen, wie sie sind, aber nur, wenn sie perfekt sind.

Nós devemos aceitar os homens como são, mas só quando eles são perfeitos.

Velhinha

Mais uma que sempre me agradou. A voz cava de um deles arrepia-me...
Há já uns dias que a queria encontrar, mas não me lembrava de nenhum nome (música e/ou cantores), até que me lembrei da flauta, que afinal não é flauta (die Flute), mas sim dilúvio (die Flut)...


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Depende da perspectiva



Numa eu sou i...

Numa de semelhanças entre as diferenças

Em relação ao Carnaval existem ainda outras tradições. Uma delas é para se comer. :D

Fasnachtschüechli, ou Merveilles de Carnaval, em francês, ou Fritelle di Carnevale, em italiano, uma língua tão fácil de entender que nos diz logo o que é.
Nunca associei nenhum tipo de comida ao Carnaval (foi sempre mais à Quarta-feira de Cinzas, em que não se comia carne lá em casa), mas há dias, em leituras pela blogosfera, acho que no Dias, percebi que em certas regiões de Portugal há "comida de Carnaval" e se tenho a coisa bem presente também é um doce frito.
Não sei como será o português, mas este é uma espécie de crepe duro frito, mas que não fica muito gorduroso, a massa não é doce, mas leva açúcar em pó por cima. Interessante, não?

















Agora só faltava aparecer alguém a dizer: Oh! é igual ao que a minha avó faz!! :D :D

Fasnacht

Eles têm máscaras de madeira, mais ou menos trabalhadas, mais ou menos bonitas, umas são seres estranhos, outros percebem-se ser representação de bruxas das mais terríveis; eles têm fatos com pelo de cabra ou de ovelha, ou outro animal qualquer, não sei bem; eles têm fatos com fitas, restos de tecido; eles têm guizos, muitos guizos; eles andam com campainhas de cabras; eles andam com paus e forquilhas nas mãos. Eles não são os Caretos.

Carnaval é tema que eu não domino, mas que acho muito interessante. Seja ele suíço, seja ele português, o Entrudo tem muito que se lhe diga.
Na terra das vacas, a abertura oficial das festividades (ou algo do género) é na minha cidade, a 11 do 11, às 11h11m. A maior força das festas é entre o Ano Novo e o dia de Carnaval, mas cá na cidade só acaba para a semana, na segunda.
Eles têm cor, eles têm música, máscaras, fatos. Vêm-se por aí muitas máscaras iguais a qualquer cortejo de Carnaval em Portugal, é o cowboy, o índio, o Spiderman, a princesa, o ano passado cá na cidade cheguei a ver dois namorados vestidos de boneco de neve e de boneca de neve. Eram tão fofos!!!
Mas pelo meio vêem-se pelos corsos carnavalescos esta espécie de Caretos. A primeira vez que eu vi uma foto de um mascarado foi numa publicidade ao cantão Wallis (não faço a mínima como de dirá em português). Fiquei surpreendida por me lembrar logo dos caretos. Quando o ano passado fui ver o corso carnavalesco ainda me surpreendi mais por ver que esses bonecos não estão presos só naquela região.

















































Fotos: as primeiras duas são grupos que se apresentaram em Carnavais passados (esta esteve bem!!), em Winterthur e em Basel (Basileia). Ver aqui e aqui.
As outras três são representações das máscaras típicas que me fazem lembrar os caretos. A primeira é do Carnaval daqui da cidade do ano passado. A segunda é um festejo do Entrudo em Einsiedeln, uma pequena localidade na Suíça Central. E a última é do Wallis, mas não em comemoração carnavalesca. Ver aqui, aqui e aqui.

Acho fascinante como é que apesar de haver uma distância de 1750km entre o Wallis e Podence, se pode encontrar algo semelhante. Cá acho que, em tempos muito remotos, os portugueses também dominaram aqui a região dos helvécios e deixaram cá a sua influência...
Ou então não, mas é Caranaval...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mary Ann

A última colega de quarto que eu tive na residência chama-se Ana Maria. Uma moça pacata, adorável, paciente e muito inteligente. Se bem que... eu digo-lhe que ela não é nada disso e e passo a vida a atazanar-lhe o juízo.
Uma das forma era chamar-lhe Maria Ana ou numa versão mais fashion, Mary Ann. A brincar, a coisa colou e eu escrevo-lhe sempre assim e chamo-a muitas vezes assim, pessoalmente ou por telefone, e ela também assina assim as cartas.
Hoje regressei à estufa (lentamente começa a haver trabalho, iuppiiiii!!!) e vi que houve mudanças. Os cacifos foram redistribuídos e os nomes, ao contrário do ano passado, já estavam colocados nas portas. Quando comecei a hesitar com o meu cacifo. Seria aquele ou não?
Não quis saber, coloquei as minhas tralhas lá dentro. Depois confirmei com o meu chefe, o cacifo com o nome LUISA ANA era o meu. O acento... é naquela, não existe no teclado alemão. Mas trocarem a ordem do nome?!?!














Eu cá acho que foi a Mary Ann que entrou em contacto com eles e deu a dica para eles me chatearem. Se assim for... estão com azar... é que aquilo é autocolante, eu descolei, cortei ao meio e colei na ordem correcta. :D

Não é pela folia, é pela diversão

A RTP resolve noticiar que a Madonna e mais não sei quem estiverem no Rio de Janeiro e apresentou umas imagens bem fraquinhas. A única coisa bonita de se ouvir na peça foi proferido por uma miúda em idade escolar. "Para vir tem que tê boa nota. Né? Eu passei e a minha mãe deixou eu vi!" Isto sim é que é exemplo...
Depois lá se falou de Torres Vedras.

Mas e... Ovar, a Dança dos Cus, os caretos, Alcobaça, os cabeçudos, Madeira, as matrafonas...

Quanto ao título do post, foi dito por um homem na peça da RTP sobre o Carnaval de Torres Vedras!

Bem... é Carnaval, ninguém lava a mal.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O preto é o novo vermelho

O dia dos namorados, o dia dos namorados... coitaditos! em 365 dias só têm um dia para eles?!?! Têm que fazer qualquer coisa ou esses ralcionamentos dão para o torto... Ou só sou eu a armar-me em parva! :P
Toda gente cede ao dia de São Valentim e eu até acho bem. Pode ser que o comércio se anime um pouco e a crise não afunde tanto. Isto sou eu a ser parva outra vez! :D
Bem, o que eu quero mesmo é mostrar a minha bola nova.
Fui tomar café e passei em frente a uma montra com coisas alusivas ao dia dos namorados. Observei com muita atenção, porque achei interessante haver tantos objectos para oferecer e ser tudo muito preto. Peluches pretos, caixas pretas, molduras pretas, só com pequenos toques de vermelho e branco com as mensagens do costume. Ao ver isso encontrei três bolas com neve (eu já tinha dito que aqui tudo serve para fazer destas bolas). Uma era com uns bonecos, outra tinha bonecos e a possibilidade de se pôr uma foto dos "pombinhos" lá dentro. E a terceira, a que eu comprei, acaba por ser um pouco universal. É uma palavra que se pode aplicar a quase todas as situações e lembra uma exposição itinerante do senhor Robert Indiana, que até já passou por Lisboa.

A minha mãe foi para Portugal e levou a máquina digital (que por acaso até é dela). Assim, tirei com o telemóvel e ficou um bocado "ranhosa". Mas aqui fica...














Dedico-a a todos os que, como eu, encalhados e todas encalhadas por vontade própria (acho que assim deixam de ser encalhados, não?).
E desejo que os que estão à procura de um amor percebam que mais importante do que sermos amados por alguém é ter amor-próprio e que por mais importante que possa ser a partilha da vida com o outro, o namoro (ou casamento) não é uma profissão.

Agora vou-me embora que o meu namorado espera-me para oito horas de amor intenso, isto é: trabalho no pior sítio do aeroporto num dia em que toda a gente chega para fazer férias a esquiar...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Numa de francês...

Frases de engate

Já ouvi muita coisa. Umas são ordinárias, outras são engraçadas, outras são pirosas... há de tudo...
Mas a conversa que eu tive hoje com um gajo qualquer que me apareceu na estação de comboios... nem sei como a catalogar.
Um negro, quase de certeza da zona da linha do Equador porque era mesmo muito escuro*, começou por entrar na sala de espera e perguntar-me em inglês (como é que ele sabia se eu falava inglês?!?) se estava tudo bem. Eu fingi que não ouvi. Não sou muito amante de conversas de 2 segundos antes de apanhar um comboio. Mas ele fingiu que eu não respondi à pergunta que eu fingi que não ouvi e continuou. Quando é que não me pergunta se eu sou africana.
Sim... a forma do meu rosto e a minha tez indicam que eu sou uma fugitiva de uma comunidade berbere.
Se me perguntassem se era turca... até nem me fazia muita confusão, consigo passar por turca, dependendo da zona da Turqia que eu escolhesse. Mas a Turquia não é da África, pois não? Não me ofendeu perguntarem-me se era de África, o que é ofensivo é a pessoa fazer perguntas parvas. Era como perguntar a um chinês se é descendente de samis.
Mesmo estando eu a dar poucas respostas e do modo mais lacónico possível, ele continuou a insistir em encontrar-se comigo (já estava eu a sair da sala de espera) e a pedir-me o email. Só faltou levantar-se e vir atrás de mim para insistir na história...


* Faço esta explicação que é para se perceber que não foi um suíço bem branco que quando vê uma pessoa um bocadinho mais morena pensa logo que é do Norte de África...

Schminken ou a arte de irritar as empregadas de limpeza


















Tenho cá para mim que as maiores consumidoras de maquilhagem do mundo (em números absolutos) são as suíças.

Às 7h da manhã, ainda eu não tenho os olhos para procurar as moedas para o meu café, já anda esta cambada toda pintada. Devem levantar-se às 4h da manhã para se maquilharem e pentearem como se fossem para a gala do ano. Desque que o "estuque" da cara esteja perfeito, não importa se a roupa está sebosa (vê-se disso por cá!). Eu vejo-me e desejo-me para lavar a cara e pôr um creme às 6h da manhã, havia de ser lindo se tivesse que me maquilhar!!
Mas esta coisa da maquilhagem deve ser mesmo muito importante, porque até para a estufa vão maquilhadas. Sim... se me vou encher de terra e pó, qual é o interesse de pintar os olhos?!? Mas pronto... não interfere comigo.

No entanto, quando é o trabalho no aeroporto... a coisa já muda de figura, já interfere comigo!
As garotas usam malas gigantescas porque levam o creme, a base, o pó, o blush, o baton, o gloss, a escova do cabelo e, imagine-se!, o perfume. E depois são capazes de estar 3 quartos de hora a monopolizar um lavatório.

Este fim-de-semana tive vontade de correr com umas com o cabo da esfregona. Limpei sete cabines e dois lavatórios a fundo, ou seja, de forma demorada, e suas excelências não desamparavam a loja. Eu queria limpar o resto do espelho e o terceiro lavatório e elas... aproximavam-se, afastavam-se, miravam-se, remiravam-se... e eu ali, impotente a ver o chão acabado de limpar a ser todo embalhadocado...

Uma coisa é certa, já não se pode dizer que as suíças são descuidadas e que só calçam meias com sandálias (que atem é bem confortável) mas... haja pachorra para esta canalhada armada em top-model de trazer por casa!

Foto: aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Choquem-se, tal como eu me choquei...

porque só com o choque é que poderemos acordar para a realidade...














Foto descoberta: aqui, seguimento da história: aqui.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Há o Dada de Zurique...

...velhinho, com quase um século. E há um mais moderno, que está "diante das portas" de Luzern (detesto o nome em português, Lucerna).



Gostei ...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cheguei

Já foi há dois dias, mas deu-me a preguiça...
O voo foi calminho, quase sem turbulência (segundo a minha mãe, a turbulência é só para ela) e à chegada, fui prendada com uma luz linda sobre as montanhas nevadas...